𝐂apitulo 𝟓 ‐ 𝐌aldito 𝐏evertido!

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Já era tarde da noite quando Jisung entrou em seu apartamento como uma tempestade, batendo a porta com força e soltando um grunhido de frustração. Ele chutou os sapatos para longe e largou a bolsa no sofá, dirigindo-se direto para a cozinha em busca de algo que pudesse acalmar seus nervos. Christopher, que estava sentado na sala, levantou o olhar do livro que estava lendo e arqueou uma sobrancelha.

— O que aconteceu agora? – perguntou Christopher, deixando de lado o livro.

— Aquele idiota apareceu na loja de novo! – O pequeno Han explodiu, pegando uma lata de cerveja da geladeira e abrindo-a com um estalo. Ele tomou grandes goles, como se a bebida pudesse apagar sua frustração. – E conseguiu quebrar um par de algemas! Algema de pluma, Christopher!

— Não foi você que disse que ele era maravilhoso?

O australiano riu, observando a feição irritada do menor e as bochechas avermelhadas apenas pela cerveja.

— Não ria! Foi horrível! – Jisung disse, jogando-se no sofá ao lado do amigo, com um olhar carrancudo. — Como alguém tão bonito daquela forma pode ser um tremendo pervertido?!! Ele é um completo cabeça de vento e ainda teve a audácia de me chamar para jantar!!! Como se eu fosse aceitar um convite de um estranho que quebra algemas na minha frente!

Christopher continuou rindo, secando as lágrimas que se formavam nos cantos dos olhos.

— Desculpa, Jisung, mas isso é hilário! – disse ele, ainda achando a situação engraçada. – Você realmente atrai os tipos mais estranhos.

— Não ajuda! – Jisung retrucou, tomando outro gole da cerveja e começando a esfregar o rosto com frustração. — Eu só quero esquecer essa noite, e aquele tapado.

— Vá dormir Jisung. – O australiano disse tomando a latinha da mao do garoto e virou todo o restante da bebida amarga. — E espero que tenha sonhos melhores.

Jisung resmungou algo incompreensível e foi para o quarto, jogando-se na cama com uma expressão de desânimo. Ele fechou os olhos, descansando seu corpo, pois ainda teria que tomar banho. Ele suspirou e deixou que seu corpo se aquecesse nos cobertores grossos.

Deixando-se levar pela sonolência, não demorou muito para que o garoto estivesse sonhando com coisas abstratas e bizarras. No entanto, uma névoa pairou sobre seu sonho. Confuso, o menor encarava ao redor tentando compreender aonde exatamente estava. Apertando os olhos, ele percebeu que se tratava da sala de funcionários de onde trabalhava. Porém ele não estava sozinho.

Changbin estava lá, mas não como na vida real. Ele estava seminu, em seu peitoral vestia um harness preto com metal, resaltando totalmente o peitoral estufado que tinha, os mesmos que Jisung tinha visto nas prateleiras da loja e vendido para alguém no mesmo dia.

O rapaz se aproximava lentamente, um sorriso predatório nos lábios. Jisung, incapaz de desviar o olhar, sentia seu coração disparar e suas pernas tremerem. O ar ao redor parecia pesado, carregado com um desejo fulminante.

— Eu vi como você me olhava na loja, Jisung – disse Changbin, sua voz rouca e baixa, como um ronronar. – Não precisa esconder seus desejos de mim.

Antes que Jisung pudesse responder, Changbin estava diante dele, tão próximo que ele podia sentir o calor emanando do corpo musculoso. As mãos de Changbin deslizaram pela cintura do garoto, puxando-o para mais perto. O Han sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando os lábios do rapaz roçaram seu pescoço, distribuindo beijos suaves que se transformavam em mordidas gentis.

— Changbin... – Jisung tentou falar, mas sua voz saiu como um gemido sufocado.

Changbin riu suavemente, o som vibrando contra a pele sensível de Jisung.

— Shhh, apenas aproveite.

Os dedos de Changbin se moveram habilidosamente, explorando cada centímetro do corpo de Jisung, provocando suspiros e gemidos a cada toque. Jisung se sentia perdido em um turbilhão de sensações, seu corpo respondendo automaticamente a cada estímulo. Porém, ao olhar para baixo, notou que estava desprovido de suas roupas, assustado ele encarou o rapaz que ainda sorria enquanto tocava em seu corpo. Quando sentiu as mãos pesadas separarem sua bunda e algo roçando em sua entrada, ele pode sentir seu coração sair pela boca.

Como poderia chamar aquele cara de pervertido, sendo que era ele quem estava tendo sonhos eróticos com ele?!

Changbin se inclinou, seus lábios quase tocando o ouvido de Jisung enquanto sussurrava:

— Está gostando, Jisung?

A voz dele estava coberta de desejo e dominação, cada palavra enviando ondas de calor pelo corpo de Jisung, que se arrepiava por interior ao ser tocado de forma tão depravada. Ele tentou responder, mas apenas um gemido trêmulo escapou de seus lábios. Sentia-se preso em um dilema: uma parte dele ansiava por mais daqueles toques quentes e rígidos, enquanto outra parte estava apavorada e assustada com tudo o que estava acontecendo.

Changbin não esperou por uma resposta. Seis dedos invadiram o traseiro de Jisung enquanfo que a outra mao segurava o corpo do garoto com mais firmeza, seus toques duros provocavam arrepios e gemidos cada vez mais altos. Jisung se arqueou contra ele, perdido nas sensações avassaladoras.

De repente, Changbin parou, o calor de seu corpo desaparecendo. Jisung ofegava suado e com o coração batendo aceleradoem seu peito. O pequeno Han piscou, tentando se situar. Ele estava de volta ao seu quarto, as imagens do sonho ainda vívidas em sua mente. Ele levou as mãos ao rosto, sentindo as bochechas ardendo de vergonha e excitação.

— Que droga... – murmurou para si mesmo, sentindo o corpo todo ainda pulsar com a intensidade do sonho. Ao espiar entre as brechas de seus dedos, podia muito bem ver o volume em meio às suas pernas e a mancha que se formou em sua calça. – Droga... droga... Droga!

Levantou-se rapidamente e de forma desajeitada, tentando acalmar seus nervos. Decidiu tomar logo o seu banho, na esperança de que a água fria ajudasse a esfriar seus pensamentos e sua excitação. Contudo, enquanto a água escorria sobre seu corpo, ele não conseguia parar de pensar em Changbin, nas mãos que o agarraram tão firme, os dedos o invadindo sem preparo algum, a forma que marcava seu corpo com mordida e beijos. Céus! Por culpa de um pervertido, Han Jisung estava duro! Maldito seja aquele pervertido! Maldito seja Seo Changbin!

𝐒𝖾𝗑 𝐒𝗁𝗈𝗉 • B𝗂𝗇s𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora