Capítulo 102

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Observando o duque Marsetta agarrando sua cabeça e reclamando de dor, Charelize de repente pensou que queria retribuir o que ouvi dele em minha vida. Ela queria saber o quão difícil era para ela se sentir assim. Quando ela pensou no passado, ela não tinha nada além de lembranças terríveis.

A primeira coisa que ela fez foi confessar que sofria de insônia. Já fazia muito tempo que ela nem se lembrava em que noite tudo começou.

Talvez chocado ao saber que ela nunca dormiu confortavelmente por um momento porque tinha medo de morrer, o duque Marsetta baixou a voz, evitando o olhar dela. Ele chorou, implorando para que ela parasse.

Charelize então continuou. Ela explicou por que desistiu da espada, por que escolheu a Faculdade de Ciências Políticas e por que trabalhou tanto para se tornar uma pequena duquesa. Depois que ela disse tudo, ela se sentiu aliviada.

O duque Marsetta segurou a gaiola com uma das mãos e a outra estendeu a mão para Charelize. Ela não tinha nenhuma simpatia. Charelize simplesmente o deixou gritando para trás. Assim como o duque Marsetta havia feito com ela nos velhos tempos, agora era hora de abandoná-lo.

Na prisão de Helsen, o grito do duque Marsetta, chamando seu nome, ecoou. Logo, sua voz desapareceu como se ele tivesse perdido as forças. O duque Marsetta relembrou o passado com os olhos fechados.

"Você me matou mentalmente. Eu morri na sua frente de novo e de novo. Foram... muitos para contar."

As palavras de Charelize de que ela morreu a cada momento na frente dele ficaram gravadas em seu coração. A voz dela naquele momento soou em seus ouvidos. O rosto de uma criança lutando para conter o choro brilhou em seus olhos.

"Pai! Por favor me abrace!"

Ele viu a pequena Charelize, cuja altura ainda não chegava à cintura. Ele empurrou aquela criança, que teve muita coragem de pedir um abraço. Nem uma vez ele foi um pai para ela.

Seu coração apertou e ele reclamou de dor. Foi um arrependimento amargo, não saber quando isso terminaria. Um tempo que nunca mais voltaria.

* * *

Charelize podia ouvir o choro do duque Marsetta claramente. Ficou gravado em sua memória porque ela parou de andar no momento em que ouviu. Antes que as lembranças agradáveis ​​desaparecessem, ela foi para a vila de sua mãe. Ao chegar lá, seu coração doeu ao lembrar que não conseguiu enterrá-la até o fim.

"Mãe."

"..."

Os mortos ficaram em silêncio. Saber disso a deixou ainda mais triste. Ela perdeu o dia em que era sua mãe novamente e passou um tempo com ela. Charelize pegou um dos lilases na mão e cheirou-o. Cheirava exatamente como a mãe dela.

"Já faz um tempo desde que mudei minha mãe para cá. Tentei vir várias vezes, mas depois de saber que mamãe morreu por minha causa, não consegui. Eu apenas pensei que tive sorte de poder dizer adeus de forma diferente da última vez..."

"..."

"...Se eu tivesse conhecido a mamãe antes, você poderia ter ficado comigo por muito tempo... Por que fiquei longe da mamãe? Me arrependo toda vez que descubro os rastros que você deixou para mim."

"..."

"Está quase acabando agora. Elogio... Você pode me dar? Foi... foi tão difícil para mim chegar tão longe. Lona e Lari. Eles morreram... Não estou feliz por ter feito o papai se sentir assim... Sinto muito pela mamãe. Sou uma filha feia para mamãe até o fim."

Charelize não conseguiu conter as lágrimas. As últimas palavras que ouviu de sua mãe pareceram ressoar em seus ouvidos.

"...Mãe. Os dois motivos pelos quais você gostou da primavera... Você disse que foi porque eu nasci e você pôde passar seu último momento comigo. Lá, farei com que os lilases floresçam na primavera da Mãe. Eu te amo mãe. Sério... sinto muito a sua falta.

Your Regrets Are LateWhere stories live. Discover now