3. Melhor besteira da vida

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Levo meus cabelos para trás com as duas mãos na cabeça e, logo em seguida, saio em disparada para o meu quarto, onde fecho a porta com pressa. Será que enlouqueci de vez? Só pode ser isso. Como pude beijar a minha irmã? Caramba, isso ultrapassa todos os limites do bom senso. Acho que isso se configura como loucura. Nesse momento, ando de um lado para o outro, completamente perturbado com esse emaranhado de sentimentos. Sakura está me deixando doido, como pode isso? Como pode uma mulher mexer comigo dessa forma? Minha mente é um turbilhão de pensamentos conflitantes, cada um mais perturbador do que o outro.

"Sasuke," diz a voz dela da porta, e nesse instante eu paraliso. Quando ela surge me olhando intensamente, sinto-me extremamente sujo diante dela, sinto que essa sensação não sairá de mim nem com reza brava. Ela está ali, vulnerável, com uma expressão que mistura confusão e determinação. "Sobre o que acabou de acontecer, eu quero dizer que eu-..."

"Não fale disso, Sakura. Não... nunca mais toque nesse assunto," digo o mais sério possível, tomado por um sentimento conflitante. O que seria de mim se outros soubessem? Certamente, eu seria condenado pela opinião pública. A simples ideia de alguém descobrir me aterroriza. A vergonha e o medo de julgamento se misturam, criando um nó em meu estômago.

"Você me deixa confusa, excitada, culpada," diz ela, e eu não posso negar o desejo que sinto de tê-la. Mas Sakura é, de longe, o tipo de mulher com quem eu sairia; gosto de mulheres responsáveis, do tipo cabeça. Ela é totalmente o oposto disso. Meu complexo de irmã parece até praga rogada. Sinto-me impotente diante desses sentimentos contraditórios. Como posso desejar alguém que deveria ser intocável?

"Não somos animais." Minha fala soa meio retórica; o que eu mais queria era ouvir ela dizer que sim, só para validar o que estou prestes a fazer nesse momento. Ponho as mãos nos quadris, impaciente, olhando para ela de cima. "Vem cá." Faço um gesto de mão, chamando Sakura para mais perto, e ela vem sem hesitar, ficando perto o bastante para que eu sinta novamente o perfume doce que exala dela. Esse aroma familiar que sempre me trouxe conforto agora só aumenta meu desejo.

A determinação em meu rosto faz Sakura se excitar; sei disso porque é impossível não notar os sinais: a respiração pesada, a pulsação acelerada, a maneira desejosa com que ela me olha... Parece perdida na própria excitação. Ponho minhas mãos grandes, com veias saltadas, sobre o fecho de seu short, abrindo o botão e trazendo junto a calcinha. Sinto com os dedos e está bem melada, como eu pensei. Beijo sua boca enquanto ela tira um pé de cada vez, e jogo as duas peças sobre uma cadeira. Cada toque, cada movimento é uma mistura de desejo e culpa, um ciclo vicioso do qual não consigo escapar.

"Que boceta deliciosa a sua..." digo, sem conseguir parar de tocá-la com os dedos. "Senta ali." Indiquei com um aceno, e Sakura, como a garota safada que é, deixou os joelhos meio entreabertos enquanto eu me masturbo contra o seu rostinho lindo, fazendo a cabeça roçar em seus lábios. A visão dela, tão vulnerável e entregue, é quase mais do que posso suportar.

"Sou virgem," ela diz, e tenho que admitir que nunca gostei de mulheres virgens; prefiro as experientes. Mas Sakura parece ser a exceção. Algo nela, talvez a combinação de inocência e provocação, me atrai de uma forma que nunca experimentei antes.

"Podemos cuidar disso." Minha voz saiu mais mansa do que pensei ser possível, estou completamente mergulhado nesse tesão... Minha mente grita para parar, mas meu corpo não consegue obedecer. Estou preso entre o que é certo e o que meu coração deseja desesperadamente.

Quando me posicionei entre as pernas de Sakura foi maravilhoso, a minha vontade era de nunca mais sair de cima, e nem de dentro dela, pois era como mergulhar em um abraço quentinho cheio de aconchego, nas penetrações que se seguiram ela me expulsou e me senti traído. A dor em seus olhos misturada ao prazer me confunde ainda mais.

"Que foi?" perguntei, frustrado. Minha mente gira, tentando entender onde errei. A frustração e o desejo me deixam à beira do desespero.

"Você foi muito rápido, idiota," ela disse, irritada comigo. Suas palavras me cortam, mas sei que ela está certa. Meu desejo me cegou para sua necessidade de gentileza e paciência.

"Eu não queria te machucar. Vai embora, Sakura," disse, passando a palma da mão na parte alta da minha testa. Eu estava excitado demais e lutando para me conter. Ela pega as peças de roupa, extremamente brava comigo, e passa pela porta do quarto, pisando duro. Seu andar determinado e os olhos brilhando de raiva são a última coisa que vejo antes da porta se fechar com força.

Eu permaneço, tentando processar o que acabou de acontecer. Meu corpo ainda está em chamas, e minha mente está um caos. Sento na cama, com a cabeça entre as mãos, tentando encontrar algum tipo de clareza. Mas só consigo pensar na expressão de Sakura ao sair do quarto, misturando raiva e desejo. Esse desejo proibido que sinto por ela é como um veneno que se espalha lentamente, envenenando minha alma. Merda. Como vou lidar com isso daqui para frente? A culpa e o desejo se misturam, me deixando em um estado de confusão e angústia.


Pecados inocentes (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora