Enquanto eu mergulhava em pensamentos sobre o que o “eu” representa para mim mesmo, eu pensei em deixar por escrito o que se passa nessa cabecinha perturbada, como uma espécie de exercício tanto para escrita como para mente e também para servir como inspiração para quem ousar ler os pensamentos desse que vos fala.
Desde os primórdios, não só da humanidade como de toda a vida existente, prevalece a sobrevivência como maior característica, a evolução das espécies em prol da adaptação ao que vivemos, mas não é a maneira científica que quero abordar, e sim filosófica e espiritual.
O ser humano é um bicho singular, ao pensar e isso pode ser uma benção ou uma maldição, pois estamos sujeitos a nós mesmos em ações e pensamentos, criando um caos eterno nesse plano em que habitamos, energias convergindo sem parar, de todos os tipos, se transformando o tempo inteiro e interferindo em nossas vidas.
E aí que tá a coisa, o ser humano é em teoria livre, pensamos o que quisermos e fazemos quase tudo o que queremos, pois a sociedade impõe sobre nós que temos um limite de ações para se fazer, dizendo o que é certo ou errado, do bem ou do mal, criando uma amarra para seres que foram criados em meio a liberdade.
Tudo que foi sendo imposto pela sociedade é artificial, todos esses conceitos sobre certo e errado, bom ou ruim, até de monogamia e poligamia, é tudo artificial, além da verdadeira natureza, se pararmos para pensar, a maldade é algo apenas humano, não existe na natureza de fato, os animais agem por instinto, é sobre sobreviver e não sobre aquilo ser bom ou ruim para outro ser.
Com tudo isso sendo completamente subjetivo de qualquer maneira, o que fiz de “errado”, pode ser errado para você, mas não para mim, e o que você fez de “certo”, pode ser para você e não para mim, como uma forma de controlar e colocar nós em amarras e nos forçar a fazer o que para algo maior, pode ser a coisa “correta” a se fazer.
Enquanto eles dizem “faça isso”, “faça aquilo” e não “faça o que você bem entender”, o ser humano estará completamente fadado às correntes da sociedade e consequentemente à tristeza de ter que viver aquilo que não é de sua natureza, criando assim uma eterna hierarquia entre servos e suseranos.
Mas, ainda, sim, existem coisas que não deveriam acontecer, de fato, contrariando a mim mesmo, tomarei como exemplo (e o pior dos exemplos) o cara do bigodinho, aquele mesmo que você está pensando, veja que ele tirou a vida de milhões de pessoas tanto figurativamente como literalmente, para ele, aquilo era o certo, mas para nós, não intolerantes, não faz sentido algum. E aí que está o limite que não deveria ser imposto, mas sim absorvido, nós somos livres para fazer o que bem entendermos, mas por que prejudicar o outro? Por que odiar o próximo se estamos em igualdade?
Não devemos interferir negativamente na vida de ninguém, pois “cada um com seu cada qual”, entende o ponto em que quero chegar? Prezar pela liberdade do próximo é prezar pela nossa própria liberdade, é ela que deve moldar a sociedade na totalidade, não algo que nos prenda para não fazermos, como diz a frase “a liberdade do outro estende a minha ao infinito.”
Então, com conceitos artificiais, o ser humano continua preso a si, criando um ódio por si próprio e pelos outros, consequentemente, e amor e ódio são uma linha tênue, mas o ódio prevalece num lugar tão corrompido por nós mesmos que esquecemos do amor.
Prezo pelo amor ao próximo, o ato de amar é uma virtude, não existe dor, não existe guerra, não existe desentendimento, existe apenas o saudável, aquilo que nos faz bem. Associado a isso está o ódio, o qual é tudo que parece prevalecer na humanidade.
É questão de harmonia olhar para o mesmo lado, para e além de nós, com o pensamento de que vivemos em unidade, simultaneamente, paralelos em possibilidade.
E aí eu te pergunto, faz sentido ou estou ficando louco?
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Mentiras de um falso sacerdote
Non-FictionNão sei como descrever, é só o meu jeito de ver a vida...