Super Mario e Princesa Peach

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“Pronto. Eu sou o Super Mario e você é a Princesa Peach.”
- Sam, Death Stranding

E como minha cabecinha não para, mais uma reflexão esquisita sobre coisas da vida, dessa vez, a bola da vez é esse tal de relacionamento (senti até um calafrio ao escrever essa palavra), mas, relacionamento é uma palavra bem subjetiva, temos relaç...

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E como minha cabecinha não para, mais uma reflexão esquisita sobre coisas da vida, dessa vez, a bola da vez é esse tal de relacionamento (senti até um calafrio ao escrever essa palavra), mas, relacionamento é uma palavra bem subjetiva, temos relações de vários tipos, amoroso, materno, paterno, fraterno, etc. O tema central é o amoroso (esse é o que me dá medo!!!), mas vou começar abordando os familiares primeiro, pois faz parte do conjunto impregnado na palavra “relação”.

Então, família é um assunto complexo, minha mãe costuma dizer que o que compõe uma família é o sangue, que são os únicos que devemos confiar nessa vida, eu já não acredito nisso, pra mim, o sangue é só uma ligação de uma geração com a outra, uma relação familiar se constrói a base de amor por parte de todos, aquela expressão “pai é quem cria”, sabe? Se aquele que te criou, te deu carinho e amor foi quem te colocou no mundo, é uma mera formalidade, pois ele quis. Parece até que tô falando o óbvio, eu sei, mas é que parece que é obrigatório estarmos conectados com aqueles que não escolhemos ter, criar laços não é fácil como parece e ter isso com pessoas que as vezes pensam tão diferente de nós, chega a ser complicado. Eu não sou uma pessoa muito próxima do meu pai, é um laço muito complicado por causa de muitos acontecimentos nesses meus quase 24 anos de vida, eu o considero meu pai, sou grato por tudo o que ele fez por mim, tá é um laço frágil que pode se romper a qualquer momento, isso é esquisito. Então, como eu estava dizendo (terminei viajando mas não vou apagar), parece até que é obrigatório estarmos conectados, ajudar e estar ali pela pessoa só porque ela é sangue do nosso sangue, claro que isso é uma imposição e eu não culpo minha família por achar isso, está enraizado na sociedade de qualquer maneira, eu penso que temos o direito de fazer o que bem entendermos, e se queremos estar ali, seja porque escolhemos e não por causa do sangue que corre em nossas veias.

Agora falando de relações fraternais, os tais amigos, amigos, de verdade, são a família que nós escolhemos ter durante a vida, aqueles que estão lá por nós e nós estamos lá por ele, podem até ser a relação mais genuína que podemos ter, eu não tenho muito do que falar sobre não. Mas eu acho engraçado, quando o laço é forte, não existe tempo ou desavença que separe as pessoas, isso é algo muito bonito de se enxergar, não é sobre o tempo, a frequência ou coisa do tipo, e sim sobre a conexão que se cria, sobre o entendimento em relação ao outro, isso é o mais genuíno da coisa, entender o próximo, de maneira saudável e natural, enfim, como previamente dito, me falta algo pra falar sobre isso.

“Amamos tantas vezes e em tantas vidas, as vezes acertamos”
- Cosmic, Avenged Sevenfold

E por fim, relacionamento amorosos (cruzes!!! chega deu um arrepio), esses são de longe os mais complexos de se entender, são também os mais marcantes e bonitos, mas também os mais dolorosos quando acabam

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E por fim, relacionamento amorosos (cruzes!!! chega deu um arrepio), esses são de longe os mais complexos de se entender, são também os mais marcantes e bonitos, mas também os mais dolorosos quando acabam. Por muito tempo eu carreguei uma frase da minha primeira namorada sobre o que era um relacionamento, que a partir daquele momento, deixava de ser “eu e você” e passava a ser “nós”, isso fez muito sentido pra mim naquele momento e por vários anos também, até eu mudar a percepção de como as coisas realmente funcionam. Papeando na terapia com meu psicólogo, começamos a falar sobre isso e como as pessoas costumam colocar os seus relacionamentos em um pedestal, como se a personalidade dela se tornasse o que elas tem, faria até sentido, se um namoro ou casamento, fosse uma união de duas almas de fato, como se elas se tornassem uma só, mas não é desse jeito que funciona, quando a pessoa entra na sua vida desse jeito, ela não vem pra subtrair ou se fundir com você, e sim pra somar, é uma espécie de aprendizado e compartilhamento de experiências passadas e consequentemente futuras com a pessoa em si. Não é sobre viver a vida em prol daquilo, é conviver com aquilo, está ali, e é isso, mas não é algo como “está ali, ok”, e sim como aquilo pode agregar pra você e pra pessoa que está ao seu lado. Não posso dizer que as pessoas tem uma visão errada sobre relacionamento, até porque não vejo que exista um certo e errado, ainda mais nesse ponto, mas é que a vida está além de uma pessoa estar com você, ela tem a vida dela e você a sua. E é desse jeito que as coisas se desgastam tão rapidamente, é tão sobre aquilo, que tudo que era pra se viver durante a vida, é vivido em alguns meses, acabando com tudo que aquilo podia gerar.

E daí vem a referência do Super Mario e Princesa Peach, a existência do Mario é baseada unicamente em salvar a Peach e a existência da Peach se baseia unicamente em ser salva pelo Mario. É simples, é clichê, brega e cringe, mas é a pura verdade. Existe mais que o Mario e existe mais que a Peach, tem o Luigi, Toad, Yoshi, Daisy, Pauline e vários outros, ou seja, é mais do que um para o outro, é sobre a construção individual de cada um, porém juntos, e o Bowser? Também deveria deixar de viver em prol de sequestrar a Peach.

Enfim, eu não poderia usar um exemplo mais aleatório que esse, mas foi de longe uma das coisas mais divertidas que eu já pensei em escrever e eu não me arrependo de nada, então pra finalizar, não seja atingido pelo barril que o Donkey Kong joga em você, é só pular pra chegar na próxima fase.

E aí, eu me pergunto, aonde eu estava com a cabeça?

P.S: Nintendo, é só uma menção, por favor, não me processe.

Mentiras de um falso sacerdoteOnde histórias criam vida. Descubra agora