Mais que colegas

molho de tomate

Rey deixou o taxi, carregava sua mala e para em frente à casa Y, começou, ela se sentia prestes a correr uma maratona, porém, com a certeza que chegaria ao final dela; seus olhos estavam um pouco inchados já que havia despejado algumas lágrimas traiçoeiras dentro do carro, feliz por ter chegado, mas com saudades enormes de sua família no Texas.

Ela se avaliava pela milésima vez antes de passar pelo portão fosco de cor preta, aparentemente, observou em como era um lugar simples e bonito, havia um pequeno jardim logo na entrada com a grama verdejante, também na proximidade, havia uma árvore que trazia uma boa sombra, ela determinou que ali seria um ótimo lugar para suas futuras leituras; não havia garagem, pois como ao lado já era o Campus, não havia necessidade para tal espaço.

A casa era tingida de branco perolado com janelas altas com detalhes em preto, trazendo modernidade ao ambiente. Rey já havia recebido a chave pelo correio há duas semanas. Respirando fundo e contando até 5, ela deu vários passos, abriu o portão, trouxe a mala para dentro, encostou o portão e andou até a porta com os pés firmes, está porta certamente dá duas de mim, disse Rey ao analisar a porta alta de cor também preta; assim que se adentrou, arrastou a mala para o canto, olhou para o ambiente interno da casa, era o clássico conceito aberto, que interligava a cozinha e a sala, tudo em um modelo escandinavo para deixar o ambiente claro e aconchegante, em alguns poucos metros à sua frente, estava a escadaria que dava para o segundo andar, Rey apanhou sua mala afim de ir ao seu devido quarto e pensar na nas adaptações que faria à ele, mas antes de prosseguir, ouviu barulhos vindo da cozinha, mais precisamente da despensa, curiosa do jeito que era, ela deixou de lado a mala e foi se certificar, droga, ouviu o murmúrio.

-... Com licença.. Está tudo bem? - Diz ela ao se aproximar mais e notar um homem ali que abaixado estava, o mesmo possuía cabelos negros que se estendiam até o ombro, por um instante ela pensou em até recuar por causa de sua robustez, mas toda sua percepção mudou quando viu a prova do crime no chão, molho de tomate esparramado, ao ver a cena, seu cérebro entrou em curto, tendo a necessidade de apanhar algo logo pra limpar aquela sujeira, o homem olhou para trás em espanto.

- Poxa garota! Você me assustou! - Diz ele enquanto a encarava. - Está perdida princesa? - Rey franziu o cenho pelo apelido.

- Eu... Acabei de chegar aqui, sou a nova estudante do programa YouHereNow.

-Hn, então você participou desse programa idiota para bolsistas? Parabéns. - Rey se conteve para não ser rude, não queria fazer inimigos logo no primeiro dia. - Sei que pareço hipócrita, afinal estou aqui também, mas.. Era isso ou nada.

-... Enfim, você.. Vai limpar isso, não vai? - Ele se levanta já farto daquele assunto.

- Ah não, outra maluca por limpeza... - Como ele é muito alto, pensou Rey ao vê-lo agora, o rapaz saiu parcialmente da despensa e olhou para a escada.

- Aí Armitage!! Não vai ter macarrão hoje, o molho foi todo pro chão!! - Rey colocou as mãos no ouvido pela intensidade sua voz.

Você derrubou o molho de novo Solo!! Você me paga!!

Muito bem, primeira impressão, dois bagunceiros na mesma casa, pensou ela, Rey não poderia estar mais nervosa, bagunceiros e barulhentos, tudo o que não queria.

- O-Ok.. Melhor eu me retirar. - Rey deu passos para longe do homem e foi apanhar sua mala para ir logo ao seu quarto.

Rey

Poderia já considerar uma lástima meu primeiro dia por aqui, era como ser iludida, uma fachada espetacular de uma casa que prometia conforto e silêncio, a própria casa dos sonhos, mas que quando se entra pela porta à dentro descobre que se trata de um show de horrores. Enquanto subia as escadas, podia ouvir os gritos do ogro brutamonte e o outro rapaz que o havia respondido pelo molho derrubado, não demorou para que eu o visse também, um rapaz também alto, pele mais pálida que o gasparzinho e os cabelos de fogo.