Descendentes Escola e Segredos: Ally e o Mistério Maluco

Com Rapidez

"Eu precisava que o Sr. Thumpkins se apressasse. Eu tinha que voltar para Auradon antes que o Coelho Branco causasse mais danos!"

O Sr. Thumpkins estava certo. Ele consertou o relógio em tempo recorde. Não que Ally tivesse algo com que comparar isso. Ela nunca tinha visto um relojoeiro consertar um relógio antes, mas ele certamente parecia estar se movendo rápido. Antes que Ally pudesse piscar, ele tirou o vidro e estava mexendo lá dentro com um monte de pequenas ferramentas que Ally nunca tinha visto antes. Então ele foi até o outro lado de sua oficina e ligou uma máquina barulhenta que rapidamente cortou um novo pedaço de vidro de uma folha maior.
Assim que o vidro foi cortado, ele o prendeu na frente do relógio com um clique e entregou o dispositivo fixo para Ally. "Aí está você! Bom como novo!"
Ally imediatamente pressionou o relógio contra o ouvido e ouviu. Um momento depois, ela ouviu: tique-taque, tique-taque. Ela deu um suspiro de alívio. "Você fez isso! Você o trouxe de volta à vida!
O relojoeiro sorriu. "Belo batimento cardíaco forte, também está lá. Um relógio muito bom. Eu adoraria saber quem fez isso.
Ally riu. "Eu te disse. Sr. Weiden!
O relojoeiro pareceu confuso por um momento. "Huh. OK. Bem, se você descobrir quem fez o relógio, me avise, ok?
Ally apenas balançou a cabeça. Ela estava começando a entender o que os outros alunos de Auradon sentiam por ela. Este homem definitivamente vivia em um planeta próprio. Na verdade, todas as pessoas desta cidade fizeram isso.
"Oh! Quase esqueci", disse o Sr. Thumpkins, pegando o relógio de bolso de volta de Ally. Ele olhou para um das centenas de relógios na parede e começou a dar corda no relógio de bolso dela para a hora correta. Então ele devolveu. "Ai está. Tudo sincronizado.
Ally olhou para os ponteiros do lindo relógio de bolso dourado de sua mãe. O ponteiro das horas estava apontado para os cinco e o ponteiro dos minutos estava apontado para...
"Farofa!" Ally praguejou, olhando para Jane com pânico nos olhos. "São quase cinco e meia! O show começa em uma hora e meia! Temos de ir!"
As meninas agradeceram profusamente ao Sr. Thumpkins antes de sair correndo pela cidade, subir de volta na bicicleta e começar a longa jornada de volta para Auradon Prep.
Talvez fosse porque eles estavam com pressa. Ou talvez fosse porque eles tiveram mais de duas horas de treino no caminho para Tweedleton, mas a viagem de volta para a Auradon Prep foi muito mais fácil. Ally sentou-se no banco da frente e dirigiu. Ela não fez uma única reclamação sobre a falta de esforço de Jane nas costas. E Jane pedalou rápida e furiosamente, sem mencionar nenhuma vez as habilidades de direção de Ally.
Ally percebeu como era muito mais agradável o passeio quando os dois não estavam brigando. Na verdade, ela chegou ao ponto de pensar que toda a viagem de campo tinha sido divertida. Peculiar, mas divertido. E ela estava feliz por Jane ter acidentalmente transformado aquele pepino em uma bicicleta tandem em vez de uma bicicleta normal. Ela estava feliz por Jane ter aparecido. A aventura teria sido bastante solitária sem a amiga.
Quando eles voltaram para a escola, Ally os conduziu em direção à casa de chá, passando pelo campo de torneio, mas ela parou bruscamente a bicicleta quando viu a catástrofe que estava diante deles.
Bolos de chá gelados!
Ally imediatamente pulou da moto e correu até a beira do campo do torneio para avaliar os danos. Ao examinar o chão, ela viu que todo o campo estava coberto de buracos. Era como se alguém tivesse ido lá com uma pá e cavado mil pequenas crateras na grama. Cada buraco não era mais largo que o pé de Ally, mas a soma de todos os buracos era bastante desastrosa.
Ally avistou Mal parado no centro do campo, examinando os danos com as mãos nos quadris. Ally se aproximou cuidadosamente, andando na ponta dos pés para evitar torcer o tornozelo em um dos buracos rasos.
"O que aconteceu?" Ally perguntou sem fôlego.
"Não sei!" Mal gritou, parecendo extremamente agitado e estressado. "Tudo estava definido e pronto. A banda estava prestes a chegar. Entrei para jantar, voltei e encontrei isto! Ela abriu bem os braços. "EU não entendo quem faria isso! E como devo consertar isso? Não consigo preencher todos esses buracos a tempo. Não há como fazer o show aqui!"
"Está tudo bem", disse Ally, tentando confortá-la. "Ainda podemos sentar aqui. Ficaremos um pouco desequilibrados. Ela tentou fazer uma piada, mas Mal não riu. Na verdade, ela mal olhou para Ally.
"Sim", MAL respondeu amargamente. "Podemos ficar sentados nisso, mas os Talking Dragons não podem brincar com isso."
Mal apontou para o lado oposto do campo do torneio e Ally seguiu a direção de seu dedo com medo no estômago. O palco que Mal passou dias montando para o show daquela noite estava agora inclinado em um ângulo estranho. Parecia que tantos buracos haviam sido cavados ao redor que o chão abaixo do palco cedeu. O palco estava literalmente afundando no campo.
O primeiro pensamento que passou pela mente de Ally foi: Chegamos tarde demais. O Coelho Branco deve ter feito isso antes do Sr. Thumpkins consertar o relógio. Se tivéssemos pedalado mais rápido ou discutido menos ou saído mais cedo...
Mal soltou um suspiro frustrado. "Agora a banda está fazendo as malas. Eles vão embora em breve e minha grande surpresa para Ben está arruinada. Eu não posso acreditar nisso."
Ally mordeu o lábio, sem saber o que fazer. Ela nunca tinha visto Mal tão chateado antes. Ally olhou para a estrada, onde um grupo de caras carregava instrumentos e equipamentos em uma van. Escrito na lateral da van estavam as palavras TALKING DRAGONS.
"Sabe", disse Ally, tentando manter a voz leve, "Talking Dragons é um anagrama para 'uma cegonha pendurada'".
Ela esperava que o jogo de palavras animasse Mal, do jeito que sempre animava Ally quando ela estava chateada ou desanimada. Mas não pareceu funcionar. Mal apenas bufou e começou a se afastar.
E foi então que Ally percebeu que havia realmente falhado. Ela queria tanto evitar isso. Ela queria consertar tudo. Mas ela era muito lenta. Tarde demais. Ela puxou o relógio de bolso do bolso e olhou para ele. Eram seis e meia.
Uau, Ally pensou. Ela e Jane realmente voltaram em tempo recorde. Eles levaram duas horas para chegar a Tweedleton, mas apenas uma hora para voltar. Ela sabia que era apenas uma hora, porque quando o Sr. Thumpkins avançou o relógio para sincronizar a hora, ele acertou cinco e meia.
Cinco e meia?
As sobrancelhas de Ally se ergueram e ela perseguiu Mal, que já estava na metade do campo cheio de crateras. "Mal!" ela disse com urgência.
Mal parou e virou-se para encarar Ally. "O que?" ela retrucou.
Quando você disse que entrou?
"Era hora do jantar", disse Mal. "O jantar é sempre às seis."
"E o campo parecia normal quando você saiu?"
"Sim", disse Mal, cada vez mais impaciente. "Perfeitamente normal. Por que?"
Mas Ally não respondeu. Sua mente estava muito ocupada cambaleando.
Não funcionou.
Consertamos o relógio, mas o Coelho Branco ainda está por aí. Isso é provavelmente por que ele cavou todos esses buracos. Ele ainda está tentando voltar para casa, no País das Maravilhas.
"Ally?" Mal disse, interrompendo os pensamentos de Ally. Ela parecia um pouco desconfiada. "Você sabe algo sobre isso?"
Mas, mais uma vez, Ally não respondeu. Ela saiu correndo, contornando cuidadosamente os buracos na grama até chegar a Jane, que estava esperando com a bicicleta.
"Não funcionou", disse ela a Jane, sem fôlego.
"O que você quer dizer com não funcionou?"
Ally gesticulou para o campo. "O Coelho Branco fez isso" ela lutou para pegá-lo sua respiração "depois que o Sr. Thumpkins consertou o relógio. Não o mandamos para casa. Ele ainda está aqui.
Jane esfregou os olhos, claramente tentando entender aquilo. "Eu não entendo. Se consertar o relógio não o mandou para casa, o que o fará?
Ally balançou a cabeça. "Não sei. Eu pensei..." Seus olhos se encheram de lágrimas. Ela tinha feito isso de novo. Ela tinha feito a suposição errada. Ela chegou à conclusão errada. "Eu errei", ela soluçou. "Estou sempre bagunçando tudo. Não consigo acertar nada."
Ela esperava que Jane a repreendesse novamente. Para dizer que ela era uma péssima detetive e que deveria passar os dias assando bolos e servindo chá. Mas Jane não disse nada disso. Em vez disso, ela colocou a mão gentilmente no ombro de Ally e disse: "Não, isso não é verdade. Você consegue fazer isso. Eu acredito em você. Se alguém pode descobrir isso, é você. Você é o melhor detetive que conheço.
Ally fungou. "Eu sou o único detetive que você conhece."
Jane deu uma risadinha. "Isso é verdade. Mas mesmo que eu conhecesse cem detetives, você provavelmente ainda seria o melhor."
"Não. Não, eu não faria isso. Não consigo nem resolver um único mistério! Eu simplesmente continuo interpretando mal as pistas."
"Mas é isso que o torna interessante!" Jane disse. "Porque você vê as coisas de forma diferente. Você olha o mundo de forma diferente. É como se fosse seu superpoder."
"Mas que bem isso me traz agora?" Ally perguntou. "O show está arruinado. O Coelho Branco ainda está por aí e não sei como mandá-lo de volta."
"Bem", disse Jane, "vamos apenas desacelerar e pensar sobre isso de forma lógica. Você quebrou o relógio e isso deixou o Coelho Branco sair. O que mais poderia enviar ele para casa?"
Ally bufou e ergueu as mãos. "Não sei! Achei que consertar o relógio resolveria. Mas talvez tenha sido o relojoeiro errado. Talvez o relojoeiro original da música tenha que consertar. Aquele que trancou o Coelho Branco no País das Maravilhas em primeiro lugar. Aquela pessoa, Sr. Deiwen.
"Senhor. Weiden", corrigiu Jane.
Ally balançou a cabeça e olhou para Jane como se ela estivesse fora de foco. "O que você está falando?"
"O nome na parte de trás do relógio", esclareceu Jane. "É o Sr. Weiden. Não o Sr. Deiwen. Você confundiu as letras.
Ally puxou o relógio do bolso novamente. "Não, eu não fiz. Olha, está escrito... Mas ela parou quando percebeu que Jane estava certa. Lá estava, gravado bem atrás.
SR. WEIDEN
Ally reorganizou as letras, como sempre fazia. Só que desta vez ela fez isso inconscientemente.
"Viu," Jane disse, apertando os ombros de Ally. "Eu te disse. Você vê o mundo de forma diferente. Você até vê as palavras de maneira diferente."
"Sim, mas..." A frase de Ally foi interrompida por um suspiro alto. Veio de seus próprios lábios. Ela cobriu a boca com as mãos enquanto olhava para o relógio, ainda preso nas mãos.
"Jane!" Ally gritou, fazendo com que Jane parecesse um pouco assustada por um momento. "O que?"
Ally agarrou o braço de Jane e apertou-o. "JANE!"
"O QUE?" Jane repetiu.
"Você é um génio!"
Jane parecia confusa. "Eu sou?"
"Veja as palavras de forma diferente", Ally repetiu o comentário anterior de Jane. "De curso! Como eu não percebi isso antes? Passo a maior parte do dia reorganizando cartas."
Jane ainda não parecia estar entendendo. "O que você está falando?"
Ally ergueu o relógio. " 'Senhor. Weiden' não é o nome do relojoeiro. Não é um nome. Então Ally deu o maior sorriso que já havia sorrido e disse: "É um anagrama!"