Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ela não sabia dizer exatamente o que poderia tê-la acordado naquela manhã fria de outubro. Joel é sempre tão silencioso e furtivo quando se levanta para a patrulha, preocupado em acordá-la e roubar mais algumas horas de sono. Mas hoje ele não precisaria se preocupar com isso, porque ela acordou antes dele. Um estalo que a faz abrir os olhos e encarei o teto branco e imaculado do quarto compartilhado.
Miller ainda estava dormindo, mas ela sabia que logo ele acordaria. Ele não precisa de despertador, é quase como um instinto.
Outra coisa que é como um instinto para ele é abraçá-la. Segurá-la com tanta força que poderia ser sufocante se você pensasse bem. Mas você gosta. Joel está com o rosto afundado na corva do pescoço, sua respiração tranquila e quente praticamente beijando sua pele, aquecendo-a. Ele não pode evitar de envolvê-la dessa maneira todas as noites, como se precisasse protegê-la de algo, mesmo que não exista nenhum perigo atrás dos grandes muros de Jackson. Resquícios de uma outra vida, uma vida selvagem e cheia de medo a qual ele precisou enfrentar durante vinte anos.
Hoje é diferente. Quando você desliza seus dedos pelos fios macios e crescidos de seus cabelos grisalhos, Joel solta um zumbido baixinho de satisfação durante o sono. Os cabelos... é definitivamente um ponto fraco. Os cachos prateados que ele detesta por esquentar demais, por bagunçar demais. Joel já falou mais de uma vez se sentir como um urso desgrenhado, mas ele os mantém longos, pois sabe o quanto ela gosta. Ele quer agradá-la, deixá-la feliz, porque isso é o que o deixa feliz. Quando sua garota o observa com aquele olhar de devoção, brinca com os cachos suavemente ou até quando os puxa violentamente quando ele a está fodendo com força suficiente para provocar dores na manhã seguinte. Seus cabelos longos é uma sútil prova do amor dele por ela, algo muito significativo que ele faz por ela dentre todas as outras coisas, e que não precisa ser dito
- Você deveria estar dormindo.
A voz dele é grossa e rouca. Ainda sonolenta também. Joel não se mexe, permanece no mesmo lugar, mas suas mãos apertam-se levemente você.
- Eu sei - Ri suavemente e desliza novamente as mãos pelos cabelos dele. - Não sei... eu só acordei.
Ele finalmente ergueu a cabeça, seus grandes olhos castanhos de cachorrinho a encaram com preocupação.
- Você está se sentindo bem? - Perguntou.
- Estou, esta tudo bem, Joey - Disse, usando seu apelido carinhoso. O homem inclinou-se em sua direção, beijando-a suavemente nos lábios.
- Você está certa disso? Perguntou mais uma vez entre seus lábios macios.
- Certamente - Afirma, retribuindo seu beijo. Mas talvez não estivesse tão certa assim. Ela pode não saber o que a acordou, mas uma sensação estranha em seu peito era desconfortável. Algo pequeno, fácil de ser ignorado, mas aínda assim estava alí.
Ele continuou beijando-a, nunca se cansava, nunca estava satisfeito. Tantos anos sem conseguir sentir qualquer tipo de satisfação em estar perto de alguém que não fosse do tipo carnal, agora ele havia se tornado um homem desesperado por afeto. Joel as vezes resmunga que se tornou um velho mole, talvez isso seja verdade, Ellie adora lembrá-lo sobre isso, mas no fundo ele gosta, pois sabe que foram vocês duas que o deixaram assim, suas garotas.
