Safe and Sound | Javier Peña

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• Javier Peña (Narcos)
• Smut
• 2449 palavras.

• Javier Peña (Narcos)• Smut• 2449 palavras

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— Não! – Mierda, não mesmo. Nem por cima da porra do meu cadáver.

Eu revirei os olhos pela reação exagerada de meu colega de trabalho. E ainda me surpreendem que os comentários sexistas que rolam pelo escritório sejam questionando o controle emocional feminino. Tomei um gole do café forte em minha caneca, antes de colocá-la de volta na mesa com muita calma, ainda ouvindo as maldições e os bufos de Javier.

— Você não tem poder de decisão aqui, Peña – Falei, finalmente. Ele virou rapidamente o rosto em minha direção e me fitou como um falcão com seu par de olhos escuros. Neste momento estavam tão pretos que pareciam carvão. Ignorei o alerta vermelho estampado em seu rosto e acrescentei: – Eu sou uma agente exatamente como você, na verdade, eu tenho um treinamento melhor que o seu.

— E vai usá-lo para que? Para se prostituir para Escobar e a porra dos sicários dele?!

Ok, agora eu precisei respirar bem fundo. Antes que eu abrisse a boca, porém, Murphy que pode não ser um poço de sabedoria, mas pelo menos tem o mínimo da noção, colocou a mão no ombro de Javier.

— Cuidado com as palavras, Peña. A arma dela está perto o suficiente.

Peña no entanto não moveu seu olhar do meu. Nossa sala não é tão grande, um espaço apertado com três mesas e armários com muita papelada espalhada. A tensão se instalou no cômodo e poderia até mesmo ser cortada por uma faca. Me levantei.

— E se eu fizer? – Questionei entre dentes. – Foi você quem começou a usar esse método, deveria estar orgulhoso.

Sua mandíbula se apertou, ele estava ainda mais furioso. Meu nome saiu como um sussurro raivoso através de seus lábios cerrados.

— Você não vai fazer isso.

— Não pode me impedir, nem tem autoridade para isso. Já tenho autorização para me infiltrar no próximo encontro do Cartel, e eu vou.

Não esperei que ele me respondesse, eu não aguentaria me conter por muito mais tempo e caso ele dissesse algo pior, não garando que não aceitaria um soco na porra do nariz dele. Deixei o escritório e em seguida caminhei com passos firmes através dos corredores da embaixada até sair pelas portas da frente e me deparar com a noite quente com ar úmido Colombiana.

Acendi um cigarro no caminho para o meu carro, sentindo toda aquela raiva pronta para explodir além do meu peito. Eu queria voltar lá e gritar com ele. Esfregar na cara dele que quem se prostitui é ele. Que quem está a cada noite com alguém diferente em sua cama é ele.

Acontece que eu não posso fazer isso. Não posso me dar ao luxo de explodir como um homem faria. Gritar maldições, socar a mesa e quebrar coisas... uma mulher fazendo essas coisas é inadmissível. Eu seria vista como estérica, descontrolada e com toda certeza seria até excluída do caso. Eles podem alegar que eu não sou capaz de manter o controle em campo. Mas isso é simplesmente insuportável. Guardar tudo dentro de mim, respirar fundo e manter a calma é exaustivo. Está me destruindo de dentro para fora.

COOL, SLUTTY DADDY | IMAGINES PEDRO PASCAL Onde histórias criam vida. Descubra agora