Capítulo 01

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C'era una volta una gatta
Che aveva una macchia nera sul muso
E una vecchia soffitta vicino al mare
Con una finestra a un passo dal cielo blu

—Gino Paoli, La Gatta..

Assim que recebo a notícia, meu coração se parte mais uma vez

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Assim que recebo a notícia, meu coração se parte mais uma vez. Lágrimas rolam pelo meu rosto. Olho para Lorenzo, que está devastado no chão do hospital. Me junto a ele e abraço o mesmo, procurando um pouco de conforto em meio ao caos.

— Me diz que é mentira Ren. Me diz, por favor. — Digo suplicando no meio do abraço, implorando para o que está acontecendo não seja real, e sim um pesadelo. — Por favor...

As pessoas vêm e vão, mas essa nunca deveria ter partido. Eu a amava tanto, e saber que agora nunca mais verei seu rosto novamente me dói o coração.

As pessoas passam ao redor de nós, olhando e julgando. Eu não me importo, pois a única coisa que me importava de verdade não está mais aqui.

E me dói muito ter de dizer isso, e vai me doer ainda mais ao vê-la naquele caixão.

Eu não pude fazer nada para ajudá-la, eu não consegui me despedir. Vou viver com isso para sempre, pois não consegui me desculpar.

Ele não consegue me responder, de tanta dor que está sentindo dentro do peito. Afinal, era uma parte dele. Afinal, era da família dele. Afinal, era tudo o que ele tinha.

Afinal, era tudo o que nós tínhamos...

Mas as vezes isso era para acontecer, já tava escrito.  O que nós queremos não conta. Eu só gostaria que as coisas fossem diferentes.

Se isso não tivesse acontecido, tudo teria tomado um rumo diferente. Se ela tivesse descoberto mais cedo.. Se eu conseguisse a ajudar, talvez ela ainda estaria aqui...

São tantos "e se..." que eu até me perco nos pensamentos..

Três meses antes ...

Acordo com o som do despertador tocando, extremamente alto e sem um pingo de dó aos meus ouvidos.

Abro os olhos lentamente e vejo que dormi com a janela aberta, pois os raios de sol atravessam a cortina, deixando uma cor suave iluminar o quarto.

Sento-me na cama e espreguiço-me, calço minhas pantufas e vou na janela para fechá-la.

Quando chego perto dela, avisto uma sombra pulando a janela. Já é a quarta vez na semana que vejo um menino diferente na casa dos vizinhos.

Fico observando o menino cair nas roseiras que tem embaixo da janela dela, mais um idiota que ela enganou.

Olho para a janela assim que a vejo me olhando e suplicando para que eu não conte a ninguém. Faz um sinal com o dedo indicador em cima da boca, dizendo para eu ficar quieta.

Um amor de verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora