Capítulo 02

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A little bit of weed mixed with some hard liquor
Some vodka that'll jump-start my heart quicker
Than a shock when I get shocked at the hospital
By the doctor when I'm not co-operating
When I'm rocking the table while he's operating.

— Eminem, Without me..

— Mamãe, onde você está? — gritei, percorrendo cada cômodo da casa

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— Mamãe, onde você está? — gritei, percorrendo cada cômodo da casa. Meu coração batia descontrolado, e o silêncio que se espalhava pelos corredores aumentava minha angústia.

Lembrei-me do quintal, onde minha mãe costumava passar horas cuidando das plantas. Com uma esperança frágil, abri a porta dos fundos, tentando abafar o medo crescente dentro de mim.

Assim que girei a maçaneta e coloquei o pé para fora, tudo ficou negro. O mundo ao meu redor sumiu, e um silêncio ensurdecedor tomou conta.

Senti mãos ásperas e fortes me agarrando. Antes que eu pudesse reagir, fui arrastado para dentro de um veículo. O motor roncou, e em pânico, comecei a gritar por minha mãe. Meu desespero foi respondido com socos brutais, cada impacto causando uma nova onda de dor até que a escuridão me envolveu.

Quando recuperei a consciência, uma luz intensa cegou meus olhos. O capuz foi arrancado de minha cabeça, revelando um ambiente sombrio e frio. Uma figura encapuzada, com olhos frios e calculistas, segurava uma faca que refletia a luz de forma ameaçadora.

— Olá, meu amor — disse a figura, com uma voz carregada de sarcasmo e maldade.

Meu corpo tremia descontroladamente, o medo me paralisando por completo.

— Quantos anos você tem? — perguntou, aproximando-se lentamente, a faca brilhando à luz.

— Cinco — respondi, a voz quase inaudível, trêmula de pavor.

— Já é grandinho, né? — Assenti, engolindo em seco. — Então está pronto para o nosso show.

Uma luz vermelha se acendeu, lançando sombras sinistras ao nosso redor..

Acordo rapidamente, ofegante e totalmente suado por conta do pesadelo. Isso aconteceu quando eu era pequeno, mas me assombra todos os dias.

Sinto pequenos braços se enroscando no meu pescoço. Valentina. Aperto-a em meus braços, não querendo soltá-la mais.

— Tá tudo bem maninho? — ela pergunta com sua doce voz, me olhando com os olhos preocupados, já que estou tendo muitos pesadelos ultimamente.

— Tá sim maninha. — Solto-me do abraço e olho meu celular em cima da mesa de cabeceira. 06:10. — Vai tomar banho e se arrumar que o maninho vai fazer o café da manhã, tá bom?

Um amor de verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora