pensamentos de Charlotte part2

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No ponto de vista de Engfa:

Engfa corre pelo aeroporto, seu coração batendo freneticamente no peito. Ela verifica o relógio mais uma vez, amaldiçoando o trânsito que a fez atrasar. Sua mente está cheia de pensamentos sobre Charlotte, e a promessa que fez de voltar o mais rápido possível. Engfa se esforça para alcançar o portão de embarque, carregando sua mala de mão e tentando não derrubar o café que comprou rapidamente na cafeteria do aeroporto.

Ao chegar ao portão, ofegante, ela vê o letreiro informando que o portão está fechado. "Não, por favor," ela murmura, correndo até o balcão de atendimento.

"Desculpe, senhorita. O embarque já foi encerrado," diz a atendente com um olhar apologético.

"Por favor, não há alguma maneira de eu entrar? Eu realmente preciso pegar este voo," Engfa implora, sentindo a frustração e a tristeza se acumularem.

A atendente balança a cabeça, mostrando empatia mas mantendo-se firme. "Sinto muito, mas as portas já estão fechadas. Você pode tentar remarcar para o próximo voo."

Engfa suspira profundamente, sentindo o desânimo tomar conta. Ela se afasta do balcão, procurando um lugar para se sentar e processar o que aconteceu. Sentada em uma cadeira perto da janela, ela observa os aviões taxiando na pista, suas mentes ainda girando com a notícia que tem que dar a seu chefe, e as preocupações com Charlotte.

De repente, um burburinho toma conta da área do terminal. Engfa olha ao redor, vendo pessoas se reunirem em torno das telas de TV suspensas nas paredes. Curiosa, ela se aproxima para ver o que está acontecendo. A tela mostra imagens de um avião submerso em um rio, com helicópteros de resgate pairando acima e equipes de emergência trabalhando freneticamente.

"Um avião da rota 123 para Londres caiu no rio logo após a decolagem," anuncia o repórter. "Não se sabe ainda o número exato de vítimas ou sobreviventes. As autoridades estão no local conduzindo as operações de resgate."

O mundo de Engfa para. Ela reconhece o número do voo. Era o avião que ela deveria ter pegado. Um arrepio percorre sua espinha e seu corpo treme enquanto ela se senta, tentando compreender a magnitude do que acabou de acontecer. A confusão e o alívio misturam-se com a culpa. Se tivesse chegado a tempo, estaria naquele avião.

Ela pega seu celular com mãos trêmulas e, quase por instinto, disca o número de Charlotte. A chamada vai direto para o correio de voz, então ela deixa uma mensagem, sua voz cheia de emoção.

"Charlotte, é Engfa. Eu... eu perdi meu voo. Não acredito no que aconteceu. O avião caiu. Eu estou bem, mas... por favor, ligue para mim assim que puder. Eu preciso ouvir sua voz. Eu sinto tanto sua falta."

Desligando o telefone, Engfa se sente à deriva, as emoções rodopiando dentro dela. Ela pensa em como a vida é frágil e imprevisível, e em como as coisas poderiam ter sido muito diferentes se ela tivesse embarcado naquele avião.

Enquanto espera por uma resposta de Charlotte, Engfa tenta acalmar seus nervos. Ela sabe que precisará informar ao chefe sobre a situação e tentar remarcar seu voo, mas, por enquanto, tudo o que ela quer é ouvir a voz de Charlotte e sentir um pouco de conforto em meio ao caos.

Engfa respira fundo, tentando se acalmar. Ela se dirige ao balcão de atendimento novamente, desta vez com a intenção de remarcar seu voo para Londres para amanhã. Ela precisa ver Charlotte, sentir o conforto de sua presença, e processar o que acabou de acontecer.

CHARLOTTE

Charlotte estava deitada em sua cama, tentando se concentrar , mas seus pensamentos continuavam a vagar para Engfa. Ela se perguntou como Engfa estava se sentindo naquele momento, a caminho de Londres, e se ela já tinha pousado com segurança. A inquietação em seu coração não parecia diminuir, e ela suspirou profundamente,  olhando para a janela, onde a luz do sol começava a desaparecer.

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