Tudo o Que Eu Realmente Queria

Minha

Hope entrou na cozinha, cada passo ecoando no silêncio da manhã. Ela foi até a geladeira e abriu-a, olhando para ela. Depois de alguns segundos ela fechou sem pegar nada. Suspirando, ela apoiou as mãos na ilha, sem vê-la, com a mente perdida nas lembranças dos sonhos que a assombraram a noite toda.

Sonhos alimentados por um beijo.

Um beijo que ela jurou que podia sentir até agora.

Ela fechou os olhos, mas isso só tornou as lembranças mais claras. Depois que Josie fugiu ontem, ela debateu se deveria ou não ir atrás dela, mas não sabia se isso melhoraria ou pioraria as coisas. E ela não tinha ideia do que poderia ter dito se a alcançasse de qualquer maneira. Então naquela noite ela correu como um lobo, mas nem isso diminuiu sua inquietação, o sonho também não veio e quando aconteceu só piorou as coisas, porque nos sonhos dela, Josie não fugiu, ela não fugiu, não a deixou ir.

Ela expirou com força. Josie não era a primeira pessoa que ela queria, mas agora era pior do que nunca. Ela nunca teve intimidade com ninguém, seus relacionamentos anteriores não haviam atingido o nível físico. Mas agora que ela descobriu essa parte, ela não conseguia parar de pensar nisso.

No início, foi fácil ignorar, porque ela disse a si mesma que não sentia o mesmo por Josie. E quando ela lhe contou sobre os bebês, seu foco mudou para eles e ela não pensou muito nisso. Então seus sentimentos por ela mudaram e ela fez o possível para negá-los, para focar apenas no que Josie precisava, mas isso não impediu os sonhos que apareciam à noite. Os que sussurravam como era bom tocar e ser tocado.

Deus, como ela queria tocá-la.

O som da madeira rangendo entre suas mãos a fez perceber o quão firmemente ela estava segurando a ilha e ela a soltou antes que pudesse causar algum dano real.

Tudo mudou agora. Ela não podia fingir que era apenas sua amiga, apenas a garota que teve a sorte de estar com ela quando algumas lesmas diminuíram suas inibições causando tudo isso. Até agora, ela havia lutado para manter o que sentia escondido dela, de si mesma, convencida de que Josie Saltzman nunca se interessaria por Hope Mikaelson. Mas agora ela sabia que a morena sentia algo por ela e não a deixaria fingir que nada havia acontecido. Elas teriam que conversar sobre isso.

Ela se virou para ir para seu quarto quando o som de passos familiares a alcançou. Ela estava nervosa em vê-la novamente.

"Oi" Ela cumprimenta a morena.

"Ei"

"Josie... eu"

"Não, Hope" ela interrompeu "ontem, não deveria ter acontecido."

"Não, você não pode dizer isso, porque eu não consigo tirar isso da minha cabeça" ela se aproximou dela "Eu não consigo dormir pensando em como você se sentiu, como é o seu gosto e eu quero te beijar de novo. E tenho que me lembrar de todos os motivos pelos quais isso não deveria acontecer novamente, mas não consigo encontrar nenhum."

"Nem mesmo agora?" seus olhos se encontraram.

O sorriso de Josie foi a última coisa que ela viu, antes de fechar os olhos e encontrar os lábios com os dela. Os braços da morena envolveram seu pescoço puxando-a para mais perto, Hope sorriu ao sentir a pequena protuberância onde os bebês estavam contra ela. Ela deixou seu mundo encolher mais uma vez para apenas a mulher à sua frente e as coisas maravilhosas que sua boca estava fazendo com a dela. Mas elas ainda precisavam conversar, ela tinha que contar mais alguma coisa.

"Espere"

"Para que?"

Ela adora o som de irritação em sua voz. Ela pega as mãos.