08 ━━━ This Can Still Happen

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24 de maio de 2024
UPPER EAST SIDE
15:34 P.M

— Como você entrou aqui? — Peyton bufou ao ver Emílio Martinez parado na porta de seu apartamento na Primeira Avenida do Upper East Side.

— O porteiro me conhece, ou esqueceu que namoramos desde os doze anos?

— Namorávamos — Peyton corrigiu, a irritação evidente em sua voz. — Diga logo o que você quer, estou estudando. Não posso perder tempo com você.

— Eu sou perda de tempo para você? — Emílio indagou, magoado.

— Agora é! — Peyton exclamou, sua voz carregada de convicção e raiva. — Diga logo o que quer, Emílio. Não tenho todo o tempo do mundo — ela resmungou, revirando os olhos com impaciência.

— Eu quero conversar com você, Pey...

— Não me chame assim. Para você, é Peyton! — Emílio suspirou profundamente, desviando o olhar. Peyton, com a mão firme na porta, sentia a impaciência crescer ao ver seu ex-namorado tentando se redimir. Para ela, não existia perdão para a traição. Aquilo era mais do que uma simples infidelidade; era a destruição de sua confiança, amor e amizade com Emílio. — Se não vai falar nada, é melhor ir embora! — Ela resmungou novamente, bufando com frustração.

— Espera, me deixa pelo menos falar, por favor... — suplicou Emílio. Um momento de silêncio se fez enquanto Peyton avaliava se isso realmente valia a pena ou se ele diria mais do mesmo. Ela já havia escutado seus milhares de pedidos de desculpa, mas não se importava com nenhum deles.

— Falar o quê? Que sente muito? Perdeu seu tempo então! — E quando Peyton ia fechar a porta em sua cara, Emílio a segurou, entrando à força.

— Você vai me escutar sim! — berrou ele, batendo a porta com força após entrar. Peyton se assustou, dando passos para trás ao ver a mudança repentina na expressão de Emílio, que passara de alguém aparentemente arrependido para alguém agressivo. — Há semanas você tem me evitado, mal conversamos direito quando terminamos, eu nem ao menos pude me explicar direito!

— Emílio, não tem explicação pro que você fez. Você me traiu, quer explicar o quê? — Peyton berrou de volta, chateada com toda a imposição de Emílio. — Vai me dizer que foi um engano? Que você não estava gostando daquele monte de mulher seminua ao seu redor? Por favor, eu não sou idiota e nem tenho tempo pra perder escutando ladainha, então faça o favor de ir embora!

Ela cruzou os braços, tentando manter a compostura, mas a dor e a raiva borbulhavam dentro dela, a traição ainda fresca em sua memória. Emílio, por um momento, pareceu perceber o impacto de suas ações, seu rosto suavizando ligeiramente.

— Peyton, eu sei que errei. Sei que te machuquei de uma maneira que talvez nunca consiga reparar. Mas eu preciso que você saiba que foi só diversão para mim. Eu estava perdido, confuso... — começou ele, mas Peyton ergueu a mão, interrompendo-o.

— Perdido e confuso? Isso é desculpa para destruir o que tínhamos? Eu confiava em você, Emílio. Você quebrou essa confiança. E agora você quer que eu acredite que está arrependido? — As lágrimas ameaçavam cair, mas Peyton se manteve firme, decidida a não deixar que ele visse o quanto ainda a afetava. — Por favor, só vá embora.

— Não até você me escutar — insistiu Emílio, dando alguns passos em sua direção. Peyton recuava a cada avanço dele, sentindo-se encurralada. — Não se afasta, por favor... Eu me sinto até um monstro.

— Você é um monstro! — Peyton afirmou com grande ênfase. — Você agrediu Andrew sem motivo nenhum e ainda por cima me chamou de vadia. De vadia! Você poderia ter dito qualquer coisa sobre mim, menos isso. O que eu mais tive por você foi respeito e fidelidade.

End Game ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora