tied hearts | charles leclerc

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OLIVIA SINCLAIR

       Meu jantar sozinha em um restaurante a beira da praia tinha sido melhor do que eu realmente achei que seria. Estava esperando que fosse ser algo totalmente melancólico já que Charles mal estava falado comigo desde o último acontecimento e se recusou a sair, mas foi exatamente o contrário: Calmo e relaxante. Consegui saborear os pratos que pedi e fui muito bem recebida por todos os funcionários, que fizeram questão de me fazer se sentir em casa. Tinha sido muito bom.

Adentrei no elevador subindo direto para o quarto em que estávamos ficando e comecei a me preparar mentalmente para ter que lidar com Charles novamente. Já sabia que toda essa viagem seria um grande desastre, mas já que estava aqui não poderia fazer nada a não ser aproveitar. O lugar era lindo e todos os pontos turísticos eram incríveis. Com ou sem Charles eu iria usufruir de tudo o que pudesse, afinal já estava quase tudo pago. Seria uma lástima desperdiçar uma chance dessas.

Abri a porta do quarto adentrando no mesmo e sentindo meu corpo se arrepiar com o contato do ambiente gelado devido a baixa temperatura do ar-condicionado. Fiz uma careta me virando para trancar a porta com uma das cópias da chave e ouvi passos se aproximando. Respirei fundo e senti meu Charles passar seus braços por minha cintura e pressionar seu contra o meu, vindo a me abraçar de uma forma forte.

- O que está fazendo? — Murmurei baixo quase vindo a tossir em busca de mais ar para meus pulmões.

Tentei me desvincilhar de seus braços e o senti deitar a cabeça em meu ombro e resmungar alguma coisa.

- Não quero que vá embora nunca. — Charles choramingou me abraçando ainda mais forte e pude sentir o cheiro do álcool. Estava bêbado.

- O que você bebeu? — Perguntei tentando me virar de frente para o mesmo, mas sem sucesso. Seria inútil medir com forças com Charles. - Eu posso me virar?

- Whiskey, champagne, e qualquer outra bebida que encontrei. — Ele fala dando uma risada em seguida e vira meu corpo pra si, mantendo suas mãos em minha cintura. - Melhor?

Suspirei pesadamente e o senti me puxar para mais perto, fazendo meu corpo ir de encontro ao seu e voltando a me apertar. Afastei alguns fios de cabelo do meu rosto e senti seus dedos deixarem carícias em minha cintura.

- Por que bebeu tanto assim? — Perguntei voltando a tentar me afastar e o ouvi falar alguma coisa em francês. Odiava quando fazia isso. Não entendia francês.

- Eu não tinha o que fazer. — Charles disse dando de ombros e passos os braços pela minha cintura, me deixando mais próxima dele. - Por que está tentando se afastar?

- Você está me apertando... — Falei quase num sussurro e o ouvi rir baixo passando a me olhar. Seus olhos estavam caídos e meio vermelhos devido a grande quantidade de álcool que havia bebido.

- Essa é a intenção. — Ele foi caminhando para trás ainda me abraçando, até se sentar na cama, me puxando para sentar em seu colo. - O que estava fazendo esse tempo todo? Estou com saudades.

O olhei arqueando as sobrancelhas e ele abriu um sorriso mostrando suas covinhas.

- Não deveria ter bebido tanto. — Voltei a falar negando com a cabeça e Charles deitou a cabeça na curvatura do meu pescoço.

- Eu sei. Já estou arrependido. — Ele fala e seu tom de voz já estava mais baixo, imagino que tenha seus olhos fechados. - O que vamos fazer? Estou cheio de energia.

- Cheio de energia? Você está quase dormindo. — Retruquei de volta e seus lábios deixaram um beijinho em meu pescoço. O senti me abraçar mais pela cintura e fiz uma careta. - Não vou para lugar algum.