Capítulo 9 - Lembranças

41 2 40
                                    

Depois de alguns segundos encarando os olhos, Davina se cansou e, mesmo permanecendo com a mão direita mirando a arma na direção de Laura, com a esquerda lançou uma adaga na direção da mesma. Laura conseguiu desviar, mas a adaga acertou o ombro de Iago.

- Argh, desgraçada! - reclamou ele, segurando o braço com a adaga.

- Não se aproximem de mim, senão eu atiro! - ordenou Davina.

- Eu já disse que não queremos brigar! - disse Samuel.

- Por quê vieram atrapalhar o nosso piquenique?

- "Nosso"? Como assim "nosso"? Não tem mais ninguém aqui além de nós! - disse Laura, confusa.

- Vocês não! Eu não chamei vocês para o piquenique. Tô falando deles! - bufou Davina, mostrando seus dois bonecos fantoches - Não liguem para eles ok? Tá tudo bem, já estão indo embora e a gente poderá voltar ao piquenique!

LUCAS: Sem problemas!

ANA: Ah que bom, tava tão legal!

Chocada, Laura baixou a arma.

- Como é que você faz um piquenique no meio da floresta à noite? - indagou Samuel.

- E por acaso piquenique tem horário para acontecer? - rebateu Davina.

- Não mas, é muita loucura ficar à essa hora no meio de uma floresta fazendo um lanche.

- Principalmente com dois bonecos - concordou Denis.

- ELES NÃO SÃO BONECOS! SÃO MEUS AMIGOS!!

- Dá pra pararem de gritar e me ajudar com essa adaga no ombro? - reclamou Iago, segurando o braço,

- Temos que levar você para o hospital! - disse Denis.

- Como vamos para o hospital se o carro tá sem combustível? - bufou Laura.

- Estou tentando pedir educadamente para essa louca, mas ela não colabora! - reclamou Samuel.

- Me chamou de quê?? - Davina irritou-se, se levantando novamente e colocando a arma no pescoço dele.

- Uma mulher que conversa com dois fantoches no meio da floresta à noite é o quê? 

- Ora seu...

Quando Davina ia atirar, Laura se mexeu e conseguiu desviar o revólver para o outro lado da floresta, com o tiro indo para o alto, assustando os pássaros que saíram voando.

- Solta! - ordenou Davina.

-  Solta você! - repetiu Laura.

Não querendo ceder, Davina chutou a perna direita de Laura para desequilibrá-la. Como a mesma não esperava por isso, acabou funcionando e ela deu uma fraquejada que permitiu que Davina a controlasse, agarrando seu pescoço com um braço e apontando a arma para a cabeça dela com a outra.

- NÃO MATE A MINHA IRMÃ! - gritou Lunna, tentando se aproximar.

Davina apontou a arma para Lunna, que recuou. Além disso, Laura também fez um sinal para que ela se acalmasse e parasse.

- Qual é moça? Acredite em nós, viemos na paz! - suspirou Denis.

- É, só queremos ajuda para conseguir gasolina pro nosso carro! - disse Samuel.

- E por acaso isso aqui é um posto de gasolina? Eu tenho cara de frentista? - debochou Davina, sem soltar Laura.

- Não mas, você não teria nenhum galão de gasolina sobrando para nos ajudar a reabastecer nosso carro?

Liga da PazOnde histórias criam vida. Descubra agora