- Um brinde à vitória do Lino! - riu um dos capangas, abrindo uma lata de cerveja reunido com um grupo na sala e todos brindaram.
- AO LINO!! - todos disseram.
O barulho chamou a atenção do vilão.
- O que estão fazendo? - perguntou ele.
- Comemorando sua vitória!
- Mas ainda não venci, falta conseguir tomar todas as favelas do Brasil! - respondeu ele.
- Sim, mas o senhor já conseguiu o dinheiro suficiente para dominar tudo, é impossível o senhor perder, então já vamos comemorar antecipadamente. Vem, senta aqui com a gente!
- Tá bom, mas não vamos celebrar muito, preciso estar bem para amanhã cedo partirmos de volta à cidade e eu poder conquistar todas as favelas!
O rapaz assentiu e continuou tomando a cerveja.
A tarde foi caindo cada vez mais, o sexteto seguia se aproximando com a van para a tal fazenda aonde Lino estava escondido.
- Será que estamos indo na direção certa? Não sabia que era tão longe assim - reclamou Denis.
- Estamos sim, essa é a BR que leva para lá - concordou Laura.
- Lunna, o que diz nessa placa aí na frente? É para entrar já?
Lunna suspirou, dando de ombros.
- Eu não sei, pergunta pra Laura - disse ela.
- Não, a placa não diz nada sobre nenhuma entrada - confirmou Laura.
- Como assim não sabe? Por acaso tu não sabe ler? - reclamou Iago.
Envergonhada, Lunna confessou:
- Eu tenho dislexia!
O resto do grupo, menos Laura, ficaram atônitos.
- Mas isso tem tratamento, por quê não fez? - questionou Davina.
- Meu pai não quis pagar! Ele até tentou me levar pra adoção quando descobriu!
- Por quê nunca contou pra gente? - quis saber Samuel.
- Como se isso fosse algo fácil de contar, né?
Todos ficaram em silêncio por uns instantes, sem falar nada durante alguns minutos, até que avistaram uma placa com o nome exato do local onde ficava a tal fazenda em que Lino estava escondido. Laura virou a direita pegando uma estrada de terra e logo percebeu que o carro estava correndo sérios riscos, já que era bem baixo e a rua era cheia de solavancos, buracos e pedras; a SUV vermelha delas passaria por ali tranquilamente, mas aquele carro sofreria bastante e estava realmente sofrendo para se manter por lá, mas ela não desistiria.
Após alguns minutos capengando pela estrada, eles avistaram uma portinhola branca, que dava acesso à tal fazenda, mas estava fechada.
- Como vamos destrancar ela sem a chave? - perguntou Samuel.
- Não vamos - respondeu Laura, sem desacelerar o carro.
- O quê? Como assim?
Mas Laura ignorou e continuou pisando fundo, ao perceber o que a garota faria, Samuel fechou os olhos. Davina percebeu isso e riu:
- Medroso! - zombou.
Mas Samuel não teve tempo de ficar irritado, pois logo ouviu-se o estrondo do choque da frente do carro com a portinhola. O impacto foi tão grande que a mesma foi aberta com muita facilidade, a frente do carro estava destruída, mas eles estavam bem e para Laura, era o que importava.
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Liga da Paz
AksiDuas filhas de um mafioso, Laura e Lunna, acabam de ficar órfãs e vão em busca de vingança. No caminho, acabam esbarrando em Samuel, um homem rico injustamente preso que está foragido após escapar da prisão. Em uma tentativa de provar sua inocência...