Capítulo 16 - Confronto final

11 2 28
                                    

- Um brinde à vitória do Lino! - riu um dos capangas, abrindo uma lata de cerveja reunido com um grupo na sala e todos brindaram.

- AO LINO!! - todos disseram.

O barulho chamou a atenção do vilão.

- O que estão fazendo? - perguntou ele.

- Comemorando sua vitória! 

- Mas ainda não venci, falta conseguir tomar todas as favelas do Brasil! - respondeu ele.

- Sim, mas o senhor já conseguiu o dinheiro suficiente para dominar tudo, é impossível o senhor perder, então já vamos comemorar antecipadamente. Vem, senta aqui com a gente!

- Tá bom, mas não vamos celebrar muito, preciso estar bem para amanhã cedo partirmos de volta à cidade e eu poder conquistar todas as favelas!

O rapaz assentiu e continuou tomando a cerveja.

A tarde foi caindo cada vez mais, o sexteto seguia se aproximando com a van para a tal fazenda aonde Lino estava escondido.

- Será que estamos indo na direção certa? Não sabia que era tão longe assim - reclamou Denis.

- Estamos sim, essa é a BR que leva para lá - concordou Laura.

- Lunna, o que diz nessa placa aí na frente? É para entrar já? 

Lunna suspirou, dando de ombros.

- Eu não sei, pergunta pra Laura - disse ela.

- Não, a placa não diz nada sobre nenhuma entrada - confirmou Laura.

- Como assim não sabe? Por acaso tu não sabe ler? - reclamou Iago.

Envergonhada, Lunna confessou:

- Eu tenho dislexia! 

O resto do grupo, menos Laura, ficaram atônitos.

- Mas isso tem tratamento, por quê não fez? - questionou Davina.

- Meu pai não quis pagar! Ele até tentou me levar pra adoção quando descobriu! 

- Por quê nunca contou pra gente? - quis saber Samuel.

- Como se isso fosse algo fácil de contar, né?

Todos ficaram em silêncio por uns instantes, sem falar nada durante alguns minutos, até que avistaram uma placa com o nome exato do local onde ficava a tal fazenda em que Lino estava escondido. Laura virou a direita pegando uma estrada de terra e logo percebeu que o carro estava correndo sérios riscos, já que era bem baixo e a rua era cheia de solavancos, buracos e pedras; a SUV vermelha delas passaria por ali tranquilamente, mas aquele carro sofreria bastante e estava realmente sofrendo para se manter por lá, mas ela não desistiria.

Após alguns minutos capengando pela estrada, eles avistaram uma portinhola branca, que dava acesso à tal fazenda, mas estava fechada.

- Como vamos destrancar ela sem a chave? - perguntou Samuel.

- Não vamos - respondeu Laura, sem desacelerar o carro.

- O quê? Como assim?

Mas Laura ignorou e continuou pisando fundo, ao perceber o que a garota faria, Samuel fechou os olhos. Davina percebeu isso e riu:

- Medroso! - zombou.

Mas Samuel não teve tempo de ficar irritado, pois logo ouviu-se o estrondo do choque da frente do carro com a portinhola. O impacto foi tão grande que a mesma foi aberta com muita facilidade, a frente do carro estava destruída, mas eles estavam bem e para Laura, era o que importava. 

Liga da PazOnde histórias criam vida. Descubra agora