O pássaro que sente saudade

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Wanderer percebe em como esses últimos dias, Kazuha parecia estranho. Ele sempre foi alguém tão calmo que até assustava um pouco. A ansiedade não parecia algo que estava constante com o Kaedehara. Alguma coisa aconteceu ou vai acontecer.

Mas isso não é da conta de Wanderer, ele não tem motivos para se intrometer na vida de outras pessoas desse jeito. Não é esse o intuito de estar aqui viajando com a Frota Crux.

Wanderer estava no estoque, ele foi enviado para guardar os novos barris de comida e anotar os que estavam acabando para Beidou. O andarilho percebeu que deixou de estar sozinho naquele cômodo, mas não levantou a guarda. É tão fácil saber que ele está por perto.

— Kuni, posso falar com você por um momento?

Wanderer esperava por isso, mesmo que ele não se importasse com o que estava acontecendo na vida das outras pessoas, Kazuha queria que ele soubesse. Ele sempre explicava a situação para o Wanderer, como se ele tivesse o direito de saber o que estava a acontecendo.

Mas ele não tentou fazer com que Kazuha parasse com isso, pelo que ele aprendeu, esse parece ser um jeito de Kazuha ser próximos as outras pessoas. Quase como Nahida que gostava de passear com o Wanderer na cidade de sumeru e conversar sobre o que viram por lá.

— Diga. — De qualquer forma, o boneco já estava no final do trabalho. Ele poderia dar esse pouco de atenção para o Kaedehara.

Wanderer virou para ele, encostando em um dos barris e olhando para o seu rosto. Kazuha parecia morder o interior na bochecha, uma expressão tristonha.

— Eu vou ter que viajar de última hora.

— Tudo bem, para onde? — Era só isso? Wanderer achou que era algo mais pesado ou preocupante, pelo jeito que Kazuha estava agindo. Mas, tudo bem. Não é como se o andarilho tivesse pertences especiais para montar uma mala enorme.

— Eu tenho que ir para Inazuma.

Ah, esse é o problema.

Wanderer não pode ir com ele.

Nahida finalmente sente total confiança em Wanderer para deixá-lo explorar Teyvat sozinho, sem nehuma vigilância sua. Mas mesmo assim, ele se proíbe em por um pé no terrítorio da nação electro. Ele se sente melhor em ficar o máximo longe desse lugar, e grato que esteja separado dos outros em uma ilha. Wanderer não admite, mas sente medo em se encontrar com ela.

— Eu sei que você tem assuntos não resolvidos, e depois do que me contou, não me sinto feliz em pedir que vá comigo.

Wanderer juntou as sobrancelhas, nada dizendo, apenas encarando o samurai errante.

— A situação parece urgente, me querem o mais rápido possível. — Kazuha tirou um pedaço de papel entre as mangas e entregou para o companheiro.

— Esse será meu endereço em Inazuma, então, escreva para mim? Ou eu sentirei saudades.

Wanderer pegou o pedaço de papel, lendo o endereço. Escrever uma carta para matar saudade? Isso é algo tão bobo. Ele sente que não pracisava fazer algo idiota como isso, não é como se Kazuha morresse por não receber algumas cartas.

— Não irei.

— Tudo bem. — Kazuha sorriu, era como se Kazuha soubesse que mesmo dizendo isso, ele receberia pelo menos poucas cartas.

— Eu voltarei em alguns dias, partirei em poucas horas.

— Quantos dias?

— Ah... Não sei ao certo. É uma investigação, pode demorar bastante.

Pássaro de Madeira Aprende VoarOnde histórias criam vida. Descubra agora