7- Heart is beating loud and she doesn't want it to stop

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OI GENTE, comentem se esta bom e tal... vou tentar postar mais frequentemente e to fazendo  capitulos mais longos, o que demora um pouquinho

vamos la.

POV Hande

O treino de hoje estava particularmente animado, mas eu estava tentando ao máximo manter a compostura. Cada vez que Tijana se aproximava, meu coração acelerava e o "gay panic" tomava conta de mim. Seu sorriso, sua voz suave e o jeito natural como liderava a equipe me deixavam sem fôlego.

Durante um intervalo, Ipek, nossa querida social media manager, fez um anúncio inesperado.

— Meninas, preciso contar uma coisa para vocês — disse ela, com um olhar misto de emoção e tristeza. — Vou deixar o Eczacıbaşı. Recebi uma proposta para trabalhar com o time de futebol do Galatasaray, e decidi aceitar.

O vestiário ficou em silêncio por um momento, todos absorvendo a notícia. Ipek fazia parte da história do nosso time. Ela capturava nossos momentos mais preciosos e era uma grande amiga para todas nós. Senti um nó na garganta ao pensar em sua partida.

— Ipek, você é uma parte tão importante desse time. Vai ser difícil sem você — disse, tentando segurar as lágrimas.

— Vou sentir falta de todos vocês também — respondeu Ipek, sorrindo. — Mas estou animada com esse novo desafio.

Decidimos organizar uma festa de despedida para Ipek. Queríamos mostrar a ela o quanto ela significava para nós. Naquela noite, todas as meninas do time se reuniram, e o ambiente estava cheio de risadas e memórias.

Tijana estava especialmente deslumbrante naquela noite. Ela tinha uma ingenuidade e uma doçura que me cativavam cada vez mais. Tentava manter meu nervosismo sob controle, mas era difícil. Havia um vídeo recente que Ipek postara, onde eu estava assoprando a sopa de Tijana. O vídeo viralizou, e as pessoas achavam nossas interações muito fofas. Enquanto todos viam isso como algo adorável, eu quase morria de vergonha por estar tão perto dela.

— Não posso acreditar que você vai nos deixar, Ipek — disse Tijana, abraçando-a. — Quem vai capturar nossos melhores momentos agora?

— Tenho certeza de que vocês vão encontrar alguém incrível. E vou sempre acompanhar vocês, mesmo de longe — respondeu Ipek, com os olhos brilhando.

Todas as meninas do time deixaram presentes para Ipek. Cada presente era um símbolo do carinho e da gratidão que sentíamos por ela. Quando foi minha vez, entreguei-lhe um álbum de fotos com os melhores momentos que ela havia capturado ao longo dos anos.

— Ipek, isso é para você. Obrigada por tudo. Você é parte da nossa história — disse, com um sorriso melancólico.

— Hande, isso é maravilhoso. Vou guardar com muito carinho — respondeu ela, emocionada.

Simge, sempre brincalhona, percebeu meu olhar fixo em Tijana durante a festa.

— Hande, você está babando pela Tica de novo — sussurrou ela, rindo.

— Não consigo evitar, Simge. Ela é simplesmente... — não consegui terminar a frase, mas meu olhar dizia tudo.

Simge riu, mas seu olhar ficou sério por um momento.

— Será que ela nunca vai perceber? — perguntei, mais para mim mesma do que para Simge.

— Quem sabe, Hande. Às vezes, as coisas acontecem quando menos esperamos — disse Simge, dando-me um tapinha no ombro.

A noite foi cheia de emoções misturadas. Estávamos felizes por Ipek e seu novo caminho, mas tristes por vê-la partir. E, claro, meu coração continuava a bater mais rápido sempre que Tijana estava por perto. Cada momento ao lado dela era uma mistura de alegria e tortura, sabendo que, por enquanto, eu só poderia admirar de longe.

Enquanto a festa continuava, observei Tijana rindo e conversando com as outras meninas. Ela tinha um jeito tão especial, tão autêntico. E mesmo que meu coração doesse, estava grata por esses momentos, por fazer parte da história do Eczacıbaşı ao lado dela e de todas as minhas amigas.

No final da festa, quando nos despedimos de Ipek, senti um peso no coração, mas também uma esperança silenciosa de que, um dia, talvez, Tijana pudesse perceber o que realmente sentia por ela. Até lá, continuaria a ser a amiga alegre e contagiante que todos conheciam, mantendo meu segredo guardado no fundo do coração.

Depois de um treino intenso, Tijana me convidou para tomar um café. Ela parecia um pouco abatida, mencionando que Djordje havia voltado para a Sérvia e que ela estava se sentindo sozinha. Queria passar um tempo com suas amigas e, por algum motivo, escolheu logo a mim. Péssima ideia, Tijana, pensei, tentando controlar o turbilhão de emoções que sempre sentia perto dela. Mas, claro, aceitei o convite com um sorriso solícito.

Depois de tomarmos um café próximo ao clube, Tijana sugeriu irmos até sua casa. Senti um frio na espinha ao pensar em estar sozinha com ela, mas tentei parecer natural. Não me lembrava de ter ido à sua casa antes, e a curiosidade se misturava com a ansiedade.

Ao entrar, notei várias fotos pela casa. Havia muitas dela com Djordje, seus irmãos e até mesmo seu sobrinho, que vestia uma camisa do Eczacıbaşı com o número 3 estampado nas costas, uma clara homenagem a ela. Era um ambiente acolhedor e cheio de memórias, o que só aumentava minha admiração por Tijana.

Estava começando a fazer frio em Istambul, e percebi que havia esquecido meu casaco no clube. Estava sentindo um arrepio leve quando Tijana começou a me contar histórias sobre sua infância. Não me lembro de ter rido tanto em tanto tempo. Suas histórias eram engraçadas e cativantes, e minhas bochechas doíam de tanto rir.

Horas se passaram e nem percebemos. Quando chegou a hora de ir, senti o frio intensificar e abracei meu corpo involuntariamente. Tijana notou e, sem hesitar, foi até seu quarto buscar um casaco para mim. Quando ela voltou e me entregou, senti seu cheiro inebriante no tecido.

— Aqui, vista isso. Não quero que você pegue um resfriado — disse ela, com aquele sorriso carinhoso.

— Obrigada, Tica — respondi, tentando não demonstrar o quanto seu gesto me afetava.

Quando ela colocou o casaco em mim, uma onda de eletricidade correu pelo meu corpo. Era impossível que ela não tivesse sentido também. Seus olhos se fixaram nos meus, e por um momento, o tempo pareceu parar. Algo no ar entre nós estava diferente, mais intenso.

— Você está bem? — Tijana perguntou, sua voz suave, mas com um tom de curiosidade.

— Sim, só... estou com frio — menti, sentindo meu coração bater mais rápido.

Ela continuou me olhando por mais alguns segundos, como se estivesse tentando decifrar algo. Então, para minha surpresa, ela deu um passo à frente e me envolveu em um abraço.

— Sabe, Hande, estou realmente feliz por você estar aqui comigo hoje — disse ela, sua voz quase um sussurro.

Senti meu corpo inteiro relaxar e, ao mesmo tempo, uma tensão indescritível me dominar. Retribuí o abraço, tentando manter a calma.

— Eu também, Tica. Sempre gosto de passar tempo com você — respondi, minha voz saindo mais suave do que eu pretendia.

Quando nos separamos, seu olhar ainda estava fixo no meu, e senti que algo havia mudado. Não sabia exatamente o que, mas aquele momento entre nós era diferente de qualquer outro que havíamos compartilhado antes.

— Bom, acho que está na hora de eu ir — disse, tentando quebrar a tensão.

— Claro, eu te levo até a porta — respondeu Tijana, ainda com aquele olhar enigmático.

Enquanto caminhávamos até a porta, eu não podia deixar de pensar no que acabara de acontecer. Havia algo no ar, algo que não podia ser ignorado. Será que Tijana finalmente começava a perceber meus sentimentos? Ou era apenas minha imaginação?

Despedimo-nos com um abraço, e quando ela fechou a porta atrás de mim, senti uma mistura de esperança e medo. Algo estava mudando entre nós, e eu não sabia ao certo como lidar com isso. Mas, por enquanto, guardaria aquele momento como um tesouro, um pequeno raio de esperança em meio à incerteza dos meus sentimentos por Tijana Boskovic.

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