31. Quer Beber Comigo?

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Lee Minho




— O que eu tenho na cabeça? Você e esse seu travesseiro batendo nela. Tem como parar de me agredir e ouvir o que eu tenho a dizer? — Grunhi ao que ele acertou meu nariz em cheio, me dando uma vontade imensa de espirrar. 

— O que tem para explicar? Você a provocou! Tudo que eu quero é paz, mas você parece amar tirar de mim! — Bateu em meu traseiro, me fazendo cair de frente na cama. — O que vai fazer para consertar essa burrada? Hum? Que ideia foi essa? — Bateu no meio das minhas costas e eu me virei rapidamente, conseguindo segurar uma das pontas do travesseiro antes que atingisse minhas coxas. — Solta! Eu preciso tirar toda essa raiva de dentro de mim! 

— Chega! Acho que você já conseguiu esvaziar toda essa raiva de dentro de você, está mais se divertindo do que se vingando. — Bufei audivelmente e puxei o travesseiro com força, fazendo-o cair em cima do meu corpo, com a bochecha bem pressionada em meu peito esquerdo. — Me escuta, tá legal? — Enrolei minhas pernas em suas coxas e joguei o travesseiro no chão. — Seja racional. Nada do que eu disse foi para tentar te prejudicar, na verdade, eu meio que sacrifiquei a minha reputação. — Respirei fundo, tentando acalmar minha respiração e relaxar meu corpo. — Eu não afirmei nada sobre sua sexualidade e não te envolvi em minha mentira. De quebra, fiz Yuna passar um constrangimento que ela jamais vai esquecer. Ao dizer que estou apaixonado por você, acabei arruinando todas as minhas possíveis futuras transas. 

— Como assim? — Seus olhos piscaram rapidamente, e um biquinho se formou em seus lábios, o deixando extremamente adorável. Merda! 

— Eu sou um dos caras mais legais e bonitos desse campus... — Me interrompi ao vê-lo revirar os olhos e em seguida me lançar um olhar de puro desprezo. — Aí, não estou entendendo essa cara! 

— O mais convencido também, hum? 

— Vou ignorar para conseguir dar continuidade ao meu raciocínio. — Raspei a garganta de forma teatral e abri um sorrisinho falso. — Alguns, assim como Yuna, querem um pedacinho de mim, mesmo sabendo que não vão conseguir muita coisa. Meu charme é esse. Meu charme é ser aquele cara bonito, jogador no time e nas relações. Ninguém me quer porque eu sou bonito, legal e bom de cama, todos me querem porque acham que são especiais ao ponto de me fazer cair de amores e agir como nunca agi antes. — Senti seu corpo relaxar e afrouxei meu aperto. — Pense nisso como um filme de romance adolescente em que eu sou o bad boy que todos acham que podem mudar. 

— Então você quer dizer que me fez um favor? — Arqueeou uma das sobrancelhas.

— E não fiz? — Franzi o cenho, me sentindo ofendido por sua insinuação. — Você estava sendo humilhado. Yuna estava conseguindo colar um rótulo bem no meio da sua testa. Não acredito que seja hétero, sendo muitíssimo sincero. Não é pelo seu jeito, roupas ou comportamentos, e sim porque eu senti você. — Sorri malicioso e segurei sua mão no ar, que já ia de encontro com o meu peito. Plantei um beijinho em um dos dedos e soltei uma risadinha, sabendo que o irritaria. — Ela fez isso porque sabe que não está preparado. Por mais que eu odeie você tanto quanto você me odeia, a odeio ainda mais. Odeio pessoas como ela.

— Está bem. Você até que está sendo coerente no seu ponto, irei considerar seus motivos e agradecer por sua ajuda. — Abriu um sorriso, que não parecia em nada sincero, e se levantou, ajeitando as próprias roupas e puxando a franja para trás.

— Perdão? — Arqueei uma sobrancelha e me sentei na ponta da cama.

— Está perdoado. — O assisti caminhar até o outro lado do quarto e segurar a maçaneta da porta do banheiro.

Intense And Chaotic | Versão Hyunho | EnemiesToLovers ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora