Capítulo 5: Estranheza

170 21 8
                                    

Avisos:
-Alucinações visuais, olfativas e auditivas

⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Na manhã de terça, os cinco Black tomaram café em silêncio, o dia seria realmente cheio hoje, começando com as consultas que seriam uma seguida da outra, começando da mais velha para o mais novo, com Alphard sendo o primeiro antes de Andrômeda, Narcissa teria sua consulta quando recebesse alta hospitalar.

Depois haveria uma audiência para legalizar os documentos de tutela.

Mais tarde eles passarão para visitar Cissa e ver se ela já poderia ir para casa.

— Vocês estão ansiosos? — ele perguntou para os quatro calados, ninguém estava com bom humor naquele dia, afinal eles não estavam completos.

A situação deixou Alphard pensando em como deveria ser difícil para eles estarem separados na maior parte do ano, talvez deva ter algo que ele possa fazer quanto a isso.

— Olha, as consultas vão ser rápidas, eu não tenho certeza quanto a audiência, mas eu vou levar vocês para verem a Cissa assim que acabar ok? — isso fez com que os quatro olhassem para ele e concordassem. — Vamos então, não podemos nos atrasar. —

⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ ⭐️

— Olá Alph — Euphemia sorriu assim que ele entrou no consultório

— Euphemia Fawley? Meu Deus quanto tempo! — ele ficou surpreso.

— Sim, realmente muito tempo, sente-se! — ela queria muito se levantar e abraçá-lo, mas isso seria antiprofissional. — E aliás, é Euphemia Potter agora. —

— Nossa, não nos vemos a vinte anos né, eu nem percebi como sua ausência doeu, agora que parei pra pensar nisso! — Euphemia tinha sido uma de suas melhores amigas, junto de Minnie, Monty e...
ele balançou a cabeça, não ia pensar naquela pessoa agora.

— Sim, Bem, por que não me fala mais sobre como está sendo sua vida? — ela começou

— Ah, bem até! eu realizei meu sonho, fiz muita grana, conheci 16 países! Foi realmente incrível  — ele sorriu com o pensamento.

— Isso é bom! Muito bom! E como foi quando você realizou essas conquistas? Como você se sentiu —

— Eu me senti muito bem! Me sentia completo... quer dizer, quase, sempre tinha aquela sensação de que faltava alguma coisa... isso sempre me lembrava de vocês, a única família que eu já tive.... — ele se afundou na cadeira estofada e suspirou

— Hm, e você ainda se sente assim? —

Ele desviou o olhar.

— O tempo todo. —

— Entendo, e nesse momento você está se sentindo assim? —

— Olha, quando eu fui embora, meus irmãos já tinham morrido pra mim, meus pais morreram no meu coração muito antes disso e eu nunca soube que tinha sobrinhos.— ele a olhou nos olhos — Eu os conheci domingo. Anteontem! E agora eu meio que tenho que criar eles — ele passou a mão pelo rosto em desespero — não tá sobrando muito tempo pra eu me sentir solitário não, o que talvez, sei lá, seja uma coisa boa, entre tudo isso. —

— Talvez seja, mas só se isso não está fazendo você se esquecer de cuidar de si mesmo. — ela juntou as folhas espalhadas pela mesa em um monte e organizou

— Ah não, eu tenho uma rotina bastante rígida sobre isso, um tempo atrás eu tive um período de depressão muito feio, algo meio que me deu um gatilho sobre minha infância e isso afetou minha carreira e relações sociais, eu acabei me envolvendo com bebidas e foi tenso, uma amiga me incentivou a procurar ajuda e foi bom, eu me encontrei sabe? Me ajudou a parar com meus impulsos autodestrutivos e eu parei de beber, desde então me mantenho sóbrio, são cinco anos já — ele sorriu com a última parte, cada dia mais era um marco a ser comemorado

Blacks in the houseOnde histórias criam vida. Descubra agora