Sea Of Dreams

O contrato com um diabo

Desde o dia em que minha mãe sumiu quando eu tinha 11 anos, a minha vida virou de cabeça pra baixo, por várias vezes eu tentei fugir da ilha para ir atrás da minha mãe porém agradeço ao meu avô, que em todas as vezes teve a santa paciência de acabar com o meu surto e me fazer voltar a pensar direito, mesmo eu sendo muito nova eu queria sair dali, já não fazia mais sentido ficar naquela ilha, claro que eu amava meu avô e abandonar ele seria doloroso mas...nada ali fazia mais sentido sem ela, eu sentia que precisava ir embora para me manter estável mentalmente.

Com 12 anos disse ao meu avô que queria ir embora, ele ficou muito triste e pediu para que esperasse ao menos que completasse 14 anos, dizia ele que queria aproveitar mais um pouco sua unica neta.

Os anos seguintes eu permaneci fazendo as mesmas coisas monótonas de sempre, cantar nos bares, ganhar dinheiro para ajudar o vovô, e no dia seguinte fazer a mesma coisa, isso pesou para mim um pouco...era muito difícil fazer qualquer coisa sem ela e não importava quanto tempo passase, eu nunca conseguia esquecer dela e me conformar com seu sumisso repentino, o que levou ela a tomar essa decisão?

Bom aos 14 anos no dia seguinte ao meu aniversário, eu peguei o barco que meu avô havia me dado de presente e fui seguir a minha jornada, na primeira ilha em que parei tive que dormir no barco pois não tinha dinheiro para alugar um hotel, ou eu comia ou dormia em um lugar mais seguro e confortável, a ilha era pequena e só tinha 1 bar, eu fiz um acordo com o dono e cantei lá, meu primeiro bar sem ser os da minha ilha, meu medo estava claro pois talvez as pessoas pudessem não gostar de minha voz e odiar as músicas de minha mãe porém deu tudo certo, os aplausos e gritos de felicidade me deixaram feliz e bem, eu adorei a sensação da fama por mais mínima que fosse então, continuei em busca!

Meu nome atualmente circula pelas ilhas de East Blue como uma cantora jovem, porém dona de uma voz e passos angelicais (pelas poucas apresentações de dança), por mais que queira está fama eu penso...ela viria atrás de mim se soubesse que estou famosa? Viria se soubesse que estou sozinha por este mar? Ela em algum momento da minha vida viria?

.....

— Devo admitir que foi uma bela apresentação - sou tirada dos meus pensamentos por uma voz grossa

— Muito obrigada! - eu digo desviando meu olhar do meu copo para o homem que sentou-se ao meu lado no bar

— Sou o Dylan prazer, você deve ser a Miwa certo? - ele dizia me olhando

Por um tempo me perco em meus pensamentos olhando em seu rosto, sinto que o conheço de algum lugar

— S-sim...sou eu mesma - sua boca começa a se mexer porém eu não ouço nada sair dela, de onde eu já vi aquele rosto...

De repente a minha visão se desfoca para uma parede atrás dele onde tinha alguns cartazes antigos de shichibukais