Capítulo 2

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Última revisão (31/05/2024)


O menor não pode evitar as lágrimas que mais uma vez molharam seu rostinho por enquanto ele costurava as peças de roupa de seus tios á luz de uma vela, com frio e em um colchão que as vezes parecia pior que o chão.


Lavagem?


O sol já se encontrava nascendo quando o pequeno ser adormecido foi acordado com os passos de seu tio descendo as escadas, por ser um homem de peso avantajado quando o homem passava pela escada derrubava uma cortina de poeira no moreninho.


Por ter passado a maior parte da noite costurando as roupas o garotinho resolveu apenas ignorar e voltar a dormir, seus olhinhos marcados por bolsas escuras causadas pela falta de descanso, os dedos nem se fala, estavam avermelhados, inchados e com algumas gotas de sangue coagulado saindo dos furinhos em sua pele sensível.


O café da manhã cheirava, a barriga de Harry roncava, seus olhos pesavam, seus dedos latejavam e seu tio comentava alto alguma coisa que ele leu no jornal do dia, o garoto realmente não poderia se sentir pio do que já estava, o menor se encontrava sonhando acordado com seu pratinho matinal de pão dormido com suco que ninguém mais poderia distinguir o sabor de tantos sabores misturados, mas esse pratinho não chegou, bom se chegou ele não percebeu pois acabou caindo novamente no sono pesado.


Ao acordar o cheiro de comida permanecia, sua tia estava servindo o almoço, sabia disso por conta da conversa animada de seu primo, sua barriga deu sinal de vida e ele olhou ao seu redor a procura de sua comido, e lá estava, o prato com o pão duro e o copo com o suco de uma cor meio alaranjada, mas o que surpreendeu o garoto foi a bandeja também pousada em seu chão, nela tinha um suco de laranja, torrada, cookie de chocolate e um sanduiche, além disso também tinha um pratinho de comida, bife acebolado, frango assado, ovo frito, batata frita, cenoura cozida, macarrão, purê de batata, arroz, feijão e farofa de carne de sol, acompanhando tudo isso tinha uma latinha de coca, eles nunca tinha recebido um prato tão recheado e acima de tudo, nunca tinha recebido comida na hora do almoço, seus horários de alimentação era de manhã ao acordar e de noite antes de se deitar.


O menino se entupiu o máximo que conseguiu de comida, estava realmente muito bom, ele guardou uma maçã que veio também para comer depois, por incrível que pareça havia a quantidade exata que seu estômago atrofiado aguentava em uma única refeição.


Ele também estava contente pois foi permitido dormir até tarde, conhecendo seus tios ele seria obrigado a se levantar apenas para pegar o jornal para seu tio, ou então deveria ser acordado por sua tia ao receber o café da manhã, mas o mais provável que não aconteceu, ele deveria ser acordado para entregar as roupas costuradas e refazer o trabalho se sua tia não gostasse do resultado, mas ali estava ele, tinha acabado de acordar e tinha se empanturrado de comida. Uma comida muito muito muito boa.


Apesar de pouco tempo depois sua tia abrir a porta do armário ele não se deixou desanimar, esse tinha sido o melhor dia de sua curta vida afinal.


A mulher pegou a pilha de roupas que o menor a entregou sentou-se no sofá e analisou costura por costura por enquanto Harry a olhava ansiosamente ao lado do móvel. No fim ela lhe entregou as roupas de novo, o que deixou o menor confuso.

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