• [Por que você me ama?] ~ Lyney

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- WHY DO YOU LOVE ME? -

   - Não me curvarei a você, com todo o devido respeito. - A pequena garota branca, que ficava ainda mais pálida naquele cenário gélido olhava com seriedade para a mulher em sua frente.

- Eu entendo seus motivos. Ainda ressente a morte de seus pais, não é? - Com um pequeno sorriso, se aproximou e passou a mão na cabeça da garotinha.

- Não... Toque em mim...! - Retirou a mão gelada da mulher de seus cabelos.

Um dos guardas ali presentes olhou feio para a criança.

- Guardas, podem nos dar licença? - A mulher pediu com autoridade, e eles sem reclamar fizeram isso.

- Como sabe que não vou tentar te atacar? - Perguntou.

- Mesmo se tentasse, não conseguiria. Sei que você sabe disso, é uma garotinha inteligente. - Sorriu.

- ...

- Não espero agradecimentos de você, Lie. Só espero que saiba que não sou sua inimiga. - Se abaixou na altura dela.

- ...Mas também não é minha amiga, não é? - A mulher deu uma risada pela frase da pequena.

- Bom, eu te salvei. E salvaria outras vezes, porque eu lhe devo muitas coisas, por tudo que te fiz, pequena. - Uma expressão irritada pode ser vista da garota de cabelos negros. - Não faça essa cara. Não estou mentindo aqui.

- Mas você não salvou meus pais. Por que me salvou?

- ...Bom, os seus pais descobriram coisas que não deveriam... - Suspirou. - Eu não pedi para que os matassem.

- Mas não impediu.

A mulher se levantou e andou até seu trono, sentando-se.

A menina também se aproximou, encarando-a.

- Deuses sentem remorso, Tsaritsa?

- Você não iria querer saber isso. - Cruzou as pernas.

- ...Talvez você tenha razão. - Suspirou. - Você pode me prometer uma última coisa?

- Claro. Mas, cuidado, promessas são grandes pactos de sangue. - Brincou, meramente.

- Quero que prometa que nada de ruim vai acontecer com Lyney, Lynette e Freminet. - Olhou para ela com um olhar severo.

- Hmm... Tudo bem. Conversarei com a serva. - Sorriu. - Temos uma promessa, Lie.

Alguns se matariam após a arconte cryo lhe pegar olhando-a com desprezo, mas não é o caso de Amelie.

Ela não tem medo de Tsaritsa, e a arconte sabe disso.

É mútuo.

.  .  .

Dês de aquela conversa, alguns anos se passaram, e Amelie não fala com Tsaritsa dês de então.

Mas está satisfeita que a arconte manteu sua promessa. Pelo menos isso.

Ela nunca se perdoaria se fosse embora e algo acontecesse com as únicas pessoas que ela amava.

As únicas pessoas que ela tinha naquela época.

Melie não sentia falta de conversar com Tsaritsa. Mas algumas vezes sonhava com aquelas mãos gélidas a tocando. Aquela voz suave falando com ela e os olhos frios a olhando.

A vida ainda era confusa para a garota, ela teria que descobrir-se aos poucos.

Era noite em Fontaine. Amelie andava sem preocupações, pois sabia que não teria perigos por conta de sua afiliação antiga.