25- Na casa da Charlotte

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   Charlotte Austin:

Dirijo o carro até a casa de Faye, o que foi uma tarefa difícil, pois ela não conseguia me dizer o caminho certo, estava ocupada demais brincando com a pontinha do cabelo da Yoko e cochichando coisas no ouvido da menor. Olho para o lado, onde Engfa estava sentada, era bom vê-la perto de mim de novo.

Desço do carro, Faye segura o braço da Yoko, puxando-a para dentro da casa.

Charlotte: Cuidado vocês duas!

Faye: Muito obrigada Char.

Yoko: Foi um prazer te conhecer senhorita Austin.

Elas se afastam, Faye passa um braço em volta da Yoko de forma protetora. Elas combinavam muito, mas eu não sabia se seria algo bom se elas começassem um relacionamento. Yoko ainda era uma estreante, ter um romance com sua parceira de cena na estreia não seria positivo para sua carreira, muito menos para sua saúde mental, as coisas poderiam ficar intensas demais, e talvez ela não aguentaria.

Sinto dois braço rodeando minha cintura por trás e um grande peso se apoiando em meu corpo, olho para trás e vejo Engfa me encarando, com seus olhos brilhantes à centímetros de distância dos meus. Suspiro e me viro de frente para ela, sua bochecha corada denunciava seu estado de embriaguez.

Engfa: Por que você está parada aqui fora encarando a porta até agora?

Charlotte: Ah... -suspiro- O que você acha disso Engfa? Da Faye e Yoko?

Engfa: Qual o problema? -ela ajeita uma mecha do meu cabelo que estava solta na frente de meu rosto, completamente focada em mim, sem dar muita bola para o que eu estava falando.

Charlotte: Eu não sei, só acho que a Yoko não está vendo as coisas à longo prazo. Não é uma boa ideia ela tentar se envolver com a Faye logo já no começo da carreira dela. -Engfa junta seu corpo no meu, escondendo a cabeça entre meu pescoço e ombro- Acho que ela está apenas vivendo o momento.

Engfa: Ah sim... -ela sussurra com a boca muito perto da minha pele, mordo meu lábio inferior- Mas porque ao invés de nos preocuparmos com elas... -ela roça o nariz gelado no meu pescoço- A gente não se preocupa uma com nós mesmas?

Charlotte: É isso que você quer?

Engfa: Uhum.

Ela beija meu pescoço, sinto um arrepio percorrendo meu corpo inteiro, no lugar de seus lábios eu sinto uma mordida fraca e sensual sendo seguida de uma risada gostosa dela. Afasto ela, encarando Engfa nos olhos, olhos sensuais, com um brilho de divertimento.

Charlotte: Engfa...

Engfa: Char... para de ser má!

Charlotte: Eu não sou má, é que a gente está no meio da calça e são 1:43 da manhã.

Engfa: Você me deve Charlotte. -ela me puxa pela cintura, chocando nossos corpos. -Depois de tudo o que aconteceu esses últimos meses... Você me deve mais do que um beijo no pescoço.

Sinto uma pontada no ventre seguido de um desconforto em minha intimidade, respiro fundo, tentando manter minha sanidade, eu queria tanto a boca dela pelo meu corpo inteiro, fazendo coisas que minha cabeça não conseguia imaginar. Mas eu estava responsável por ela, tinha que leva-la até em casa e cuidar dela, não seria certo me aproveitar da Engfa embriagada.

Charlotte: Vai para o carro Engfa.

Engfa: Oh... claro.

Ela me obedece e entra de volta no carro, faço e mesmo e dou partida, tentando ao máximo não olhar para o lado e contar contas vezes eu ainda vou me sentir boba admirando Engfa até me acostumar. Para o meu azar (ou sorte) a mais velha solta o cinto de segurança e se aproxima do meu corpo, repousando a mão na minha coxa.

Charlotte: Engfa, põe o cinto de segurança!

Engfa: Não tem ninguém nas ruas Char, deixa de ser chata.

Charlotte: Eu não sou chata, só me preocupo com -paro de falar quando sinto a mão dela apertar a parte interna da minha coxa, centímetros de distância da minha intimidade- Porra Engfa, para com isso.

Engfa: Qual vai ser a graça se eu parar? -tiro a mão direita do volante e tento afastar o braço dela de perto de mim. -mão no volante Charlotte, senão você vai bater o carro. -ela sussurra no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha.

Charlotte: Você é terrível Engfa.

Engfa: Mas você ama esse meu jeito, não?

Fico calada, era verdade. Eu amava esse jeito divertido e provocante dela.

Charlotte: Amo, mas não quando eu estou tentando dirigir meu carro, as 2:00 da madrugada, com você bêbada no meu carro tentando me deixar mais excitada do que eu já estou. -ela sorri satisfeita e orgulhosa consigo mesma. Tira a mão da minha coxa, se sentando direito novamente e colocando o cinto de segurança.

Engfa: Se eu me comportar você deixa eu continuar? Quando a gente chegar na sua casa?

Charlotte: Deixo.

Depois de longos e tortuoso 5 minutos eu estaciono meu carro na minha garagem, sentindo um alívio por estar em casa. Engfa desce e se aproxima, sem desviar os olhos de mim.

Engfa: Pronto. Agora você não tem mais escapatória Charlotte.

Ela me prensa contra a parede, com um sorrio fofo e ao mesmo tempo sensual, prendo minha respiração, pensando se seria certo transar com a Engfa sabendo que ela estava bêbada. A mais velha segura meu rosto e o puxa para junto do seu, iniciando um beijo quente e necessitado.

Charlotte: Engfa... você está bêbada.

Engfa: E daí?

Charlotte: Quantas leis será que eu infrinjo se nós transarmos?

Engfa ri, pegando minha mão e me puxando para dentro da casa, sigo ela até a sala de estar, onde se aproxima de mim, me jogando suavemente no sofá, se ajoelhando de frente para mim, seu peito estava centímetros do meu rosto.

Engfa: Eu nem estou tão bêbada assim, se você for presa eu vou junto.

Charlotte: Eu estou falando sério, e se você acordar amanhã e me odiar para sempre?

Engfa: Eu estou consciente ainda Char, qualquer coisa você fala que eu te obriguei, eu com certeza vou acreditar.

Charlotte: Não sei se devo.

Engfa: Mesmo que você tivesse consciência que não deve... -ela se senta no meu colo, beijando meu pescoço, suspiro e roço minhas pernas, tentando me aliviar de algum modo, ela percebe e sorri- Será que você conseguiria se conter? Se privar de algo que você necessita?

Deixo um gemido escapar quando sinto os dedos Engfa apertarem meu seio direito, beijo ela desesperadamente, não ligava mais para o que poderia acontecer no dia seguinte, aquilo era o que eu precisava, Engfa tinha razão, eu não conseguiria me conter.

Engfa: Mas se você não quiser mesmo eu vou te respeitar, afinal, nós teremos muito tempo, não?

Charlotte: Foda-se então, eu quero você agora.


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Vai ter "Na casa da Faye" também, só esperem um pouquinho☺

Termino de narrar essa noite ou passo direto para Fayoko? Vocês escolhem, porque eu não sei se devo focar muito da história da Engfa e da Charlotte ou se vocês preferem que eu continue detalhando. 


My Type -Blank the seriesOnde histórias criam vida. Descubra agora