14- Tentando entender

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Faye Peraya:

Ainda me sentia um pouco mal pelo que a Yoko teve que passar, não pude evitar de me sentir responsável, porque fui eu quem havia chamado a Ploy para almoçar com a gente.

Mas ao perceber que a Yoko estava preocupada comigo eu não consegui manter qualquer compostura, como era possível alguém como ela existir? Mesmo quando humilhada ela não perdia a cabeça, e continuava a ser tão gentil e preocupada com todo mundo.

Depois de explicar tudo para Yoko nós voltamos para o restaurante, eu já tinha perdido toda a vontade de comer, então falo para as meninas que iria tomar um ar, percebo o olhar esquisito que a Yoko lança para mim, mas eu ignoro.

Saio da empresa e entro no meu carro, como nós teríamos 1 hora para almoçar, daria tempo para eu sair um pouco, minha cabeça estava uma bagunça, e a responsável por isso era a Yoko, tudo estava acontecendo tão rápido que eu não tinha tido tempo para pensar sobre nada.

Mando mensagem para Engfa, eu precisava da ajuda dela agora, talvez ela tivesse algum conselho para me dar. Vou até a praça central que ficava a apenas alguns minutos dali. Estaciono o carro e fico esperando até minha amiga chegar, penso em um jeito de perguntar para ela, porque na realidade nem eu sabia exatamente o que eu queria perguntar.

Desde que eu conheci a Yoko eu me apaixonei pela personalidade e carisma dela, nos demos muito bem logo de cara e eu fiquei superfeliz com isso, até porque muitas vezes nós não nos conectamos com nosso parceiro de cena. Mas com o passar dos dias eu fui me interessando mais por ela, e eu quero sempre estar perto e conversar com a garota.

Isso não é um problema, mas quando eu percebi o quanto eu havia ficado irritada por ouvir alguém desprezando a Yo, eu não me reconheci. Se fosse com qualquer outra pessoa ou até comigo mesma eu não iria me importar tanto, mas quando se tratou da Yoko eu fiquei muito irritada.

Vejo o carro da Engfa estacionar perto do meu, e a menina caminhou em minha direção. Ela parecia bem mais feliz desde a última vez que eu a tinha visto.

Engfa: A senhora não deveria estar no estúdio hoje?

Faye: Eu estava, mas eu quis dar uma pausa no trabalho, para falar com você.

Engfa: O que aconteceu? -me segura pelo braço e me puxa para um banco próximo, nos sentamos lá- Parece sério.

Faye: Não é tão sério assim, eu só... queria sua opinião sobre algo.

Engfa: Pode falar.

Faye: você me conhece muito bem, então acho que poderia me ajudar. Desde que eu conheci a Yoko nós nos conectamos muito, cada vez mais sabe? E eu sei que faz muito pouco tempo, mas eu não consigo evitar de... não sei como explicar.

Engfa: Vai você consegue, eu acredito.

Faye: Eu estou falando sério, para de brincar comigo. -a mais nova ria de mim e eu reviro os olhos de brincadeira- Bom se você me deixar falar eu falo.

Engfa: Está bom, parei, pode falar.

Faye: Eu não consigo parar de pensar nela, eu estou toda hora checando o que ela está fazendo, e me perguntando como ela está se sentindo, e... eu não o porquê -Olho para ela, Engfa me encarava com uma cara de sínica- Eu sei, é meio óbvio que eu estou meio a fim dela, mas... é tão estranho o jeito que isso me muda.

Engfa: E qual é esse jeito de que você está falando?

Faye: Hoje eu convidei uma amiga minha para se sentar na mesa em que eu e a Yoko estávamos, e então essa mulher, que se seja Ploy, falou umas coisas insensíveis para a Yo, desprezando a carreira dela, por ser uma estreante sabe.

My Type -Blank the seriesOnde histórias criam vida. Descubra agora