Arackniss encostou uma das mãos no queixo enquanto admirava a visão da janela do quarto, não tinha muito o que fazer no resto do dia além de Descansar, fazer os próprios pontos e provavelmente assistir alguma merda que estivesse passando na tv enquanto polia alguma de suas armas.... Ele não desgostava daquela folga, claro ele não era acostumado a tê-las então tinha que aproveitar... Mais, a situação era divergente, seu pai tinha um novo sócio potencialmente perigoso e que poderia foder todo o esquema de corrupção que ele próprio deu tanto duro pra manter, não era de todo mal sua preocupação... Mais Crimson estava endividado até os ossos! Porra! Heroin não tinha ninguém pior pra fazer uma aliança!?
A pequena aranha bufou irritada enquanto se retirava de onde estava, andou até um espelho de chão e observou o próprio corpo ensanguentado, metade do sangue não era seu obviamente, e apenas manteve todo aquele líquido em si pra ter uma desculpa de ir pra casa mais cedo, caso contrário seria obrigado a ficar horas e horas encima de algum prédio vigiando a porra de um maníaco qualquer pra enfim dar cabo nele. O moreno respirou fundo enquanto tirava as próprias roupas, ficando de frente ao espelho desnudo era ainda mais fácil odiar aquela aparência. Pequeno, frágil e qualquer outro adjetivo pejorativo que você quiser aderir a sua pequena lista de martirização pessoal que já percorrem por mais ou menos 105 anos...
- 105 anos... - a aranha murmurou enquanto observava sua aparência, era praticamente a mesma de quando ainda era um adolescente. Seu rosto agora era redondo e peludo o que o deixava parecendo ainda mais jovem, diferente de seu eu antigo, suas mãos eram finas e pequenas diferentes das antigas que eram grossas e raspentas, seus olhos eram vermelhos carmesim... Diferente dos antigos... Não era por mal mais sentia falta dos mínimos detalhes que o tornavam humano. - e como se eu finalmente tivesse virado um monstro por completo... - a aranha respirou fundo em amargura enquanto balançava a cabeça tentando afastar tais pensamentos deprimentes. - Pelo menos... Eu ainda sou eu... Certo?... - pra quem ao certo ele perguntava nem ele próprio sabia, era como se seu coração apertasse a cada segundo, sentia-se que não era ele ali, mais... Quando ele já foi ele mesmo?
Com o olhar deprimente Arackniss respirou fundo pegando uma garrafa de whisky logo virou a mesma tomando um grande gole, apesar do queimar da bebida descendo por sua garganta, ele não excitou logo tomando mais um gole. Com os olhos agora tendo dificuldade de manter-se abertos e a mente dançando na própria sobriedade ele enfim riu alto enquanto encarava o espelho mais uma vez. O mesmo tocou o que seria a bochecha do reflexo e riu ainda mais alto sem saber o por que, talvez estivesse apenas indignado consigo mesmo... Talvez.
- Porra! - a aranha continuou rindo até que suas pernas falharam e lágrimas comeram a descer, a garrafa caiu de sua mão já fraca e espatifou no chão, seus joelhos quando de encontro aos cacos de vidro pareceram arder mais não fazia diferença, estava entorpecido pela bebida e só Deus saberia quando voltaria a consciência da própria dor. - Eu fiz tudo... Eu sempre faço tudo... - Arackniss socou fracamente o espelho enquanto os cabelos negros cobriam seus olhos chorosos. - POR QUE EU NÃO POSSO VIVER!? - o mesmo gritou enquanto socava o espelho com toda a pouca força que ainda tinha, após isso ele se encolheu, não importava se o vidro da garrafa ou o do espelho iriam estar lhe ferruando a pele, ele só queria chorar, ele nunca foi "ele" mais também... Quem era ele? Ele era apenas o que criaram pra ser, o que chutaram e maltrataram até se tornar cegamente obediente. Ele só era a desgraça da família e só estava naquela posição na família por que Anthony abdicou quando foi pego aos amassos com um cara aos 14. - papai tem razão...eu não devia ter nascido...
Arackniss jogou a cabeça pra trás e repuxou os fios de cabelo em pesar, pequenas lágrimas escorreram mais uma vez enquanto ele mesmo ignorava o sangue manchando seu pelo, a aranha logo começou a chorar e gritar enquanto tentava por tudo que sentia pra fora, seus vizinhos já estavam bem acostumados então nem se importavam mais. A pequena aranha se deitou por fim no chão gelado ainda choroso, seus pensamentos corriam apenas pela dor de ser tão fodidamente obediente, quantos tiros ele não tomou pelo pai? Quantos ossos ele não fraturou em nome da "família"?... O gosto amargo veio a sua boca e mais uma vez Jonathan se encolheu abraçando o próprio corpo, por alguma razão ele sentia frio e apesar do sangue quente manchar seu pelo parecia que aquilo não ia fazia nada além de piorar seus tremores involuntários.
[Pentious}
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.Sir pentious foi um engenheiro famoso em vida, ele era alguém incrível claro com o ego ridiculamente inflado, não que ele não fosse bom no seu trabalho mais as vezes o egoísmos próprio atrapalhavam e muito sua relação com outras pessoas. Na verdade ele preferia as máquinas do que as pessoas, era muito mais fácil entender a engenharia do que uma pessoa, ele amava devagar sobre máquinas e suas invenções na verdade era seu passatempo favorito apesar que... Só podia falar com seus Homunculus sobre, afinal... Quem mais iria ficar perdendo tempo com um fracassado igual a ele?
Pentious respirou fundo, ainda estava machucado da batalha anterior contra Cherri bomb, seu corpo serpentário era resistente se comparar com os demais demônio, e normalmente ele conseguia se regenerar. Então não era novidade estar como novo em algumas horas, o mesmo suspirou dolorido. Teria uma maldita reunião com alguns mafiosos que desejavam comprar armamento seu, ele não era como Carmilla Carmine que tinha um arsenal de ferro sagrado a disposição mais ele também não estava despreparado e por conta de suas inúmeras invenções era natural conseguir dinheiro vendendo-as. Seus olhos vermelhos encararam o casco do seu amado dirigível, mesmo com todo os ajustes ele ainda foi quase que inteiramente destruído pela maldita puta-bomb. Pentious rastejou por seu civil logo parando em uma sala na qual já estavam a sua espera. O mesmo sorriu orgulhoso enquanto ajeitava sua postura.
- Ssenhores! - pentious sibilou animado logo se virou pra cumprimentar Heroin e seus convidados, Pentious não queria admitir mais ficou com medo daqueles homens. Eles pareciam hostis e perigosos afinal mesmo com seu ego grande ele sabia bem que com alguns inimigos e mais inteligente ser cauteloso. - Vejo que essstão adiantados. Fico imensurávelmente agradecido pela vosssssa pontualidade. - pentious afirmou de maneira a qual sem querer acabava puxando o s nas palavras, por um tempo ele odiava isso e céus ele se amaldiçoava todas as vezes que sibilava como uma serpente, mais ao passar dos anos ele se acostumou com aquela maldita característica infeliz a um ponto em que começou até a gostar disso.
- Hm, você é um homem inteligente pentious. - Heroin começou e logo a serpente se sentiu muito mais animado ao receber esse elogio. - eu aprecio suas habilidades com invenções que não estão ligadas a você sabe quem. - ah, claro, Heroin apenas foi até si por conta de sua rixa estúpida com um dos V'ees, não que pentious entendesse o homen até por que pra si os V'ees eram um grupo de demônios com incrível habilidade e sinceramente ele admirava profundamente Vox por todas as invenções e o respeito que ele conquistou. - Por conta disso, eu venho lhe fazer uma oferta. - o demônio tarântula disse sorrindo de maneira macabra, pentious sabia que aquele sorriso não significava coisa boa, e o imp sentado ao lado de Heroin pareceu rir da suas reações enquanto tragava um charuto.
[Continua....]
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Amargo veneno - Pentniss
FanfictionAmar e agridoce, pode ser difícil e doloroso ou também pode ser doce e simples. Infelizmente pra si não foi como o de todos, afinal não e uma história sobre um doce e prazeroso néctar efêmero que desceu dos céus pra curar sua vida cheia de amargura...