A Estranha
A ansiedade de Winter estava a atacar, a cabeça dela não silenciava com todas as informações que podia encontrar na pasta que se encontrava dentro da sua mala, o medo de todos os "e se?" era horrível, e se ela não gostar das informações, e se elas não forem boas, e se os pais ainda estiverem vivos?
Que parvoíce, os pais de Winter haviam morrido quando ela tinha seis anos, não? Seria tudo o que lhe haviam contado mentira? Ou seria apenas mais doloroso que fosse verdade e ela viesse a conhecer os pais? Mas, se eles estivessem vivos, isso quereria dizer que a haviam abandonado, certo? Mas eles deviam ter uma boa razão para isso, não é? Quer dizer, que pais abandonariam a própria filha?
De repente o cérebro de Winter silênciou, mas não porque ela tinha chegado a uma grande conclusão, e sim pelo silêncio que estava nesta rua, a hora do jantar, principalmente nesta rua, já daria para ouvir o barulho de fundo da sua família.
Mas o silêncio.
Aquele silêncio.
Fez o coração de Winter bater a um novo ritmo.Não, Winter não tinha tempo para isso, pegou no canivete da sua mala, para precaução, e decidiu que ia investigar, desse no que fosse.
A porta da casa estava entre aberta, e Winter sentiu algo peganhento no sapato quando deu o primeiro passo para dentro da casa, então olhou para baixo e com a pouca iluminação que vinha dos candeeiros da rua Winter notou que era sangue, o que a fez ter ainda mais medo pela sua querida e preciosa família e decidiu adentrar a casa para encontrar quase toda a sua família deitada no chão, com sangue a escorrer dos corpos, com as mãos tremulas Winter verificou os sinais vitais deles todos e era fatal como o destino, estavam todos mortos.
Winter não conseguia pensar direito, o que uma pessoa responsável faria naquela situação? Quer dizer Winter só tinha 16 anos, estaria ela preparada para uma situação destas? Estaria alguém preparado para uma situação destas?
O silêncio foi novamente cortado, mas desta vez não pelos pensamentos de Winter, mas por um som, um som real, muito, mas mesmo muito real, o som de algo a ser atirado contra a parede, então Winter seguiu o rasto até á sala onde parecia ser a fonte do som, para encontrar um homem a segurar, o que parecia ser uma rapariga mais ou menos do seu tamanho, pelo pescoço, na sala, amarrados a cadeiras, Winter conseguiu distinguir as figuras da sua tia Mags e do seu priminho Aragor.
- Vou repetir mais uma vez, mas mais devagar para entenderes as minhas palavras - o homem parecia estar a conter toda a sua raiva para não matar a rapariga - O que raios estás aqui a fazer?
- Já te disse, estou a trabalhar - a voz da rapariga parecia muito normal para quem estava a ser levantada do chão, literalmente, pelo pescoço - Porque perguntas? Estás com ciúmes? É que se estás eu ainda não acabei com eles, podes fazer a parte pesada que eu sei que tu gostas.
Winter apenas estava na porta da sala a ver toda aquela cena se desenrolar, ela não se conseguia mexer para ajudar a rapariga, nem conseguia usar a voz para fazer perguntas aos seus invasores, parecia que todo o seu corpo havia deixado de saber como funcionar, ou pelo menos era isso que Winter achava, até que, após um momento em que parecia que o homem misterioso estava a discutir com a rapariga mentalmente, ele se virou e deparou com Winter na porta e apesar de ele ser o invasor, ele parecia tão inprecionado de a ver, como se ela fosse uma miragem, ou um ser raro, e depois ele apenas sussurrou uma palavra.
" Tu "
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Almas Perdidas
FantasyHá muito tempo uma terrível maldição foi lançada, prendendo quatro almas num lup, todos sabem as lendas, as histórias daquelas terras, dos seus deuses, acham que sabem a verdade sobre as quatro almas, mas será tal coisa verdade? Saberão os seus por...