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𝐏𝐀𝐑𝐓 𝐈𝐈𝐈; 𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑧𝑒𝑛𝑜𝑣𝑒  ✞ ˚  ·   

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𝐏𝐀𝐑𝐓 𝐈𝐈𝐈; 𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑧𝑒𝑛𝑜𝑣𝑒
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𝐏𝐀𝐑𝐓 𝐈𝐈𝐈; 𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒𝑧𝑒𝑛𝑜𝑣𝑒  ✞ ˚  ·   

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O cabelo negro como ébano está espalhado pela cama como uma cascata.

A pele clara, pálida como uma manhã de inverno nevoso, se destaca em meio ao cobertor escuro, ressaltando as marcas traçadas por minha boca durante a madrugada.

A luz do sol invade meramente pela pequena janela, iluminando o rosto de expressão pacífica, adormecida no leito de sua tensão, quebrada pelo calor dos meus beijos.

O corpo nu está coberto pelos lençóis, mas guardo em meu palmo a textura da pele perfeita, de cada canto macio que chamei de meu e de cada extremidade tocada no deleito de nosso prazer.

E a observo pela última vez, admirado a beleza angelical que se estende por cada vestígio que a completa, fadada a beleza infinita cravada mesmo nos mínimos detalhes que a envolvem.

E no silêncio da manhã estarrecida, me questiono quando ela esquecerá o gosto dos meus lábios ou quando seu coração estilhaçado será curado, se talvez outra pessoa tome a missão de juntar cada pedaço que eu quebrei de si enquanto só tinha olhos para mim mesmo.

Mas só de pensar na mínima possibilidade de ter outro ao seu lado meu âmago se enche de uma raiva incessante.

E é quando noto que a partir daqui terei que deixar Winter ir por completo. Que não poderei cuidar dela de longe ou a visitar na calada de uma noite fria, apenas para que meus olhos não se esqueçam da sensação de a ter como a mais perfeita paisagem.

Porque não aguentarei a libertar de mim e burlarei todas as minhas próprias regras.

A única coisa que deixarei para trás são minhas marcas em sua pele, que lentamente sumirão como cada vestígio de minha existência.

Aos poucos tudo será tomado como névoa de sua cabeça e ela parará de se lembrar com exatidão de todos esses anos que só a fizeram sofrer.

Parará de se lembrar de mim e essa será a sua maior salvação.

𝐑𝐞𝐟𝐥𝐞𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬, 𝑺𝒖𝒈𝒖𝒓𝒖 𝑮𝒆𝒕𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora