𝙐𝙈 𝘾𝙊𝙇𝙄𝙉 𝘿𝙀𝙎𝙀𝙎𝙋𝙀𝙍𝘼𝘿𝙊

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Crônicas da Sociedade por Lady Whistledown
Londres, 11 de maio de 1816

Oh, estimados leitores, como é divertido observar o intrincado balé das paixões e dos escândalos que permeiam nossa sociedade! Cada passo em falso, cada palavra mal escolhida, é uma delícia para os olhos atentos de quem, como eu, aprecia o espetáculo da vida alheia.

Eis que o amor, essa entidade caprichosa e imprevisível, volta a aprontar das suas. Aparentemente, alguns de nossos ilustres cidadãos acreditam que o coração é uma peça de xadrez, onde cada movimento deve ser calculado com precisão matemática. Pobres tolos! Mal sabem que o amor prefere a desordem ao método, o caos ao controle.

Vejam, por exemplo, os adoráveis desastres sentimentais de nossos nobres vizinhos. Oh, como é encantador testemunhar suas tentativas patéticas de ocultar sentimentos inconfessáveis por trás de um véu de palavras vazias e sorrisos forçados. Como se as fachadas cuidadosamente construídas pudessem esconder o ardor de um coração apaixonado!

E que dizer dos desastrados que acreditam que o silêncio é a resposta para todas as perguntas do coração? Ah, o silêncio! Essa arma de dois gumes que, nas mãos de amadores, se transforma em um barril de pólvora prestes a explodir. Pois saibam, queridos leitores, que a ausência de palavras muitas vezes fala mais alto do que um soneto apaixonado.

Mas o que seria de mim sem essas deliciosas trapalhadas para relatar? Continuem, caros amigos, a jogar este jogo insensato, a tropeçar em seus próprios passos, a confundir desejo com devoção e a fazer promessas que jamais poderão cumprir. Afinal, cada escândalo, cada deslize, é um capítulo adicional na crônica social que tanto nos entretém.

E assim, enquanto nossos bravos jogadores se atrapalham em suas danças descoordenadas, deixo-vos com esta reflexão: não seria a vida muito mais tediosa se todos soubessem realmente como jogar o jogo do amor?

Com malícia e um toque de escárnio,
Lady Whistledown

CAPÍTULO DOIS
UM COLIN DESESPERADO

Há três dias, Colin Bridgerton retornara a Londres, mas esses três dias e noites pareceram uma eternidade sem notícias de Penélope Featherington, sua amiga mais querida

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Há três dias, Colin Bridgerton retornara a Londres, mas esses três dias e noites pareceram uma eternidade sem notícias de Penélope Featherington, sua amiga mais querida. A ausência dela afetou profundamente seu humor, e até seu apetite, famoso por ser insaciável, fora comprometido. Sua família, especialmente sua mãe, a Viscondessa Viúva, estava preocupada. O mau humor de Colin não surgiu do nada; foi um processo gradual que se intensificou, tornando-se evidente até mesmo para os criados da casa Bridgerton.

Desde o momento em que voltou de sua última turnê pelo mundo, Colin não conseguia afastar a ansiedade. Ele lançava olhares constantes para a casa do outro lado da rua, esperando um sinal, qualquer coisa que indicasse a presença de Penélope. No início, seus gestos eram sutis, mas logo toda a família percebeu que Colin usava qualquer desculpa para se aproximar das janelas. Ele pulava a cada toque da campainha, apenas para se desanimar em seguida.

𝗔𝗭𝗨𝗟, 𝗩𝗘𝗥𝗠𝗘𝗟𝗛𝗢 𝗘 𝗔𝗠𝗔𝗥𝗘𝗟𝗢  - polin fanfiction Onde histórias criam vida. Descubra agora