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***Encontros e Desencontros***

Eu não sei como alguém acredita em alma gêmea ou em amor à primeira vista. Não é o coração que escolhe o amor, é a pessoa, e às vezes a escolha não dá certo. Eu mesmo acreditei em alma gêmea, e olha o que aconteceu: eu não estou mais vivo. Vou contar como isso aconteceu.

Era quinta-feira, por volta das 9:00 da noite. Eu estava em casa, no sofá, mexendo no celular e vendo vídeos na internet, quando recebi uma ligação do meu amigo Victor, um cara que conheci no trabalho. Ele estava me convidando para sair e ir a uma balada gay. Eu não estava com vontade de ir, pois no dia seguinte tinha trabalho, mas Victor insistiu tanto que resolvi ir. Me arrumei e esperei ele vir me buscar em casa. Ao chegarmos na balada, após descermos do carro, Victor perguntou se, a qualquer hora, eu quisesse ir embora, ele me levaria.

Na balada, eu e Victor aproveitamos muito, beijamos, bebemos e enchemos a cara. Estávamos muito loucos. Resolvi ir ao banheiro da balada, e foi quando conheci Benjamin, um cara lindo, fofo e simpático. Entrei no banheiro, fiz minha necessidade e lavei as mãos. Quando saí, Benjamin não estava mais lá, mas não me importei muito e voltei para a balada. Victor estava cercado de homens, muito louco, então resolvi ir para a pista de dança. Dançando um pouco na pista, encontrei Benjamin, o cara que vi no banheiro. Pedi desculpas a ele, mas ele não quis minhas desculpas. Percebi que ele queria um beijo meu. Ele não precisou falar nada, me apaixonei e o beijei. Benjamin beijava bem, além de ser bonito. Aproveitamos muito e fomos até o banheiro para transar. Ele era muito bom. Só lembro que, depois de transar com ele no banheiro, não gostamos, pois não tivemos privacidade. Voltei com ele, bebemos mais um pouco, e acordei na casa dele na manhã seguinte.

Ao acordar, vi que estava na casa dele, na cama dele, e nós dois estávamos nus. Me apavorei, pois nunca tinha dormido na casa de alguém antes, só na de Victor, mas foi para dormir e não para transar. Peguei meu celular e vi que estava atrasado para o trabalho. Me vesti rápido, não tomei café e corri pelas ruas em busca de um táxi. Benjamin ficou na cama, como se nada tivesse acontecido.

No trabalho, meu chefe Diego ficava falando no meu ouvido, dizendo que essa era a minha terceira vez atrasado. Minha cabeça já estava doendo, e com ele falando, parecia que ia explodir. Depois de muitos xingamentos, voltei a trabalhar.

Victor chegou perto de mim e perguntou como foi minha noite com Benjamin. Fiquei com raiva de Victor, pois por que ele não tinha me alertado sobre o trabalho? Após dizer isso para Victor, ele ficou confuso, dizendo que tinha falado para mim. Mas eu não me importei e fiquei xingando o chefe e o trabalho. Perguntei de novo por que ele não me esperou para eu não ir na casa de Benjamin, sabendo que eu não gosto e nunca dormi na casa de alguém. De novo ele disse que me avisou, mas eu disse para ele me deixar, pois eu queria ir para a casa de Benjamin. Fiquei confuso, tinha bebido muito para não me lembrar de tudo. Fiquei me perguntando.

Em casa, me acalmei, tomei banho, me relaxei e fui assistir a um filme. Foi quando as memórias começaram a surgir. Na balada, na noite anterior, eu e Benjamin: as bebidas, os beijos, nós transando, eu saindo, Victor me avisando. Percebi que eu queria, então a culpa era minha. Percebi que estava muito bêbado mesmo.

No outro dia de manhã, eu e Victor resolvemos sair. Ele me disse que poderia levar alguns amigos de infância, não me importei muito.

Estava na festa quando Victor chegou com seus amigos. Fui cumprimentá-los e reparei que um de seus amigos era Benjamin. Fiquei surpreso. Amigos de infância? Quer dizer que Victor e Benjamin se conheciam desde pequenos? No momento, não entendi nada, mas fiquei na minha. A festa estava ótima, todos se divertindo. Fui pegar uma bebida e Benjamin veio atrás de mim, pedindo a mesma bebida. Ele começou a puxar papo, começando com um "oi, como você está?". Respondi, começamos a conversar, e no meio da conversa, ele me agarrou e me beijou. Eu não consegui resistir e o beijei de volta. Continuamos nos beijando. Não sei o que acontecia comigo quando estava perto de Benjamin. Será que eu e ele fomos feitos um para o outro? Essa era a pergunta que vinha à minha cabeça quando o beijava...

Conversando com Benjamin, nós dois decidimos dar uma chance ao nosso relacionamento e começamos a namorar. Ele era muito fofo e carinhoso, me dava flores, me levava para sair... tudo parecia perfeito, como outra pessoa gostaria de ter.

Namoramos por um ano. Benjamin e eu achávamos que nos conhecíamos bem, então resolvemos morar juntos. Vendi minha casa, meus móveis, tudo. Deixei minhas roupas e coisas que usava e fui morar com ele. No primeiro dia, passamos a noite juntos, transando. Aproveitamos muito a noite. Tudo parecia ótimo, tudo perfeito.

Mas algo inesperado surgiu no nosso caminho. Um tal de Alexander apareceu, dizendo ser amante de Benjamin há mais de um ano. Ele afirmava que os dois se conheceram em uma balada gay. Eu não entendi nada. Todo esse tempo eu fui traído? Tudo que vivi com Benjamin, ele também vivia com outro enquanto estávamos juntos?

Eu não sabia o que fazer com a minha vida. Minhas coisas, minha casa, tudo eu tinha vendido. Não queria mais ficar na casa de Benjamin, não queria mais namorar com ele. Decidi morar com Victor, meu amigo.

Benjamin ainda tentou me procurar, querendo conversar, querendo se explicar, mas eu não queria falar com ele. Victor não deixava Benjamin entrar.

Fiquei semanas sem ir ao trabalho e acabei sendo demitido. Vivíamos às custas do meu amigo. Victor ainda trabalhava, mas preferia sair e curtir do que ficar em casa. Ele me chamava, mas eu sempre recusava. Foi em uma dessas recusas que algo aconteceu. Depois de não querer sair, fiquei em casa. Estava dormindo quando ouvi um barulho. Pensei que era Victor, então continuei na cama e peguei no sono novamente.

Acordei com Benjamin me acariciando. Me assustei e fiz várias perguntas: como ele entrou? Quem deixou? O que ele queria? Pedi para ele ir embora, mas ele só me olhava. Tentei me levantar da cama, mas ele agarrou meu braço, me deixando preso na cama. Subiu em cima de mim e começou a beijar meu corpo, dizendo que eu não devia gritar ou algo ruim poderia acontecer. Ele se aproveitou de mim. Só sei disso porque desmaiei. Quando acordei, ele não estava mais lá, e Victor já estava em casa.

Perguntei a Victor se ele tinha visto algo suspeito, se tinha deixado a porta destrancada. Ele percebeu que eu estava nervoso e preocupado. Contei a ele o que havia acontecido, mas Victor disse que quando chegou não havia nada de suspeito e que eu estava dormindo tranquilamente. Após essa conversa, me perguntei se tudo não era coisa da minha cabeça. Será que era muita saudade de Benjamin? Era isso que passava pela minha cabeça o dia inteiro...(CONTINUAM)

OBCECADO POR VOCÊ  (ROMANCE GAY)🏳️‍🌈Onde histórias criam vida. Descubra agora