capitulo 43

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Faltavam apenas um dia para o casamento,quando Yoongi, no seu quarto, terminou de ler o último livro. "Acabei", murmurou para si mesmo, fechando o livro com cuidado. Sua mente, porém, estava longe dali, preocupada com o destino de Emily.

Sem hesitar, Yoongi saiu correndo até o quarto de Taehyung, onde encontrou seu irmão . "Taehyung, eu sei de tudo", anunciou Yoongi, sua expressão carregada de preocupação.

"Me conte tudo", Taehyung pediu, sua voz séria enquanto observava Yoongi, pronto para ouvir o que o irmão  tinha a dizer.

"Vou te contar em forma de história", disse Yoongi, tomando fôlego antes de começar a narrar os eventos que o levaram à descoberta do perigo iminente que rondava Emily.

(História que o yoongi tá contando)

Em uma época distante, o Deus do Tempo, uma entidade fria desprovida de qualquer vestígio de amor.

"Park Lisa, sua hora chegou", anunciou ele, quebrando seu relógio sem hesitação.

No mundo dos mortais, uma jovem chamada Lisa partiu desta vida.

"Senhor, haverá mais uma reunião no Olimpo", informou um serviçal.

"Ok", respondeu ele, com sua habitual frieza.

Reuniões no Olimpo sempre foram tortuosas, um fardo que eu sempre detestei.

"O Deus do Tempo sempre se atrasa", comentou Hera.

"E a deusa do casamento e da família é uma corna", acrescentou ele, com um sorriso sarcástico, provocando uma risada de Atena antes que Hera cerrasse os lábios.

"Vamos começar logo com isso", interveio Apolo.

O Deus do Tempo sempre foi gélido, exceto por uma pessoa que conseguia aquecer seu coração... Afrodite.

"Olá", saudou Afrodite, sua beleza exalando encanto, impossível não se apaixonar.

Eles tiveram sua reunião como de costume e o Deus do Tempo estava prestes a partir.

"Chronos", chamou aquela voz suave.

"Afrodite", respondeu o Deus do Tempo, sem emoção.

"Você está partindo já?" questionou Afrodite.

"Creio que sim", respondeu Chronos.

"Sempre percebo seus olhares sobre mim", confessou Afrodite.

O Deus do Tempo permaneceu em silêncio.

"Eu tenho sentimentos por você", declarou Afrodite. "Eu quero ser sua esposa."

"Então case-se comigo", respondeu ele, simplesmente.

Após essa conversa inesperada, eles se encontraram cada vez mais apaixonados.

Os deuses não aceitavam esse relacionamento, especialmente Zeus, que desejava Afrodite para si.

"Meu amor, gostaria que os humanos tivessem o presente de encontrar sua alma gêmea", disse Afrodite. "Eu tenho um espelho, que tal um espelho que eles possam usar para encontrar sua alma gêmea?"

"Um espelho que os leve através do tempo", ponderou Chronos.

Afrodite beijou seu amado, e assim eles criaram o espelho. Funcionaria de tal forma que a pessoa que o atravessasse encontraria sua alma gêmea.

Zeus, ao saber disso, ficou furioso. Ele enfeitiçou Chronos e o fez matar Afrodite.

No dia seguinte, Chronos acordou, lembrando-se de tudo, do assassinato de sua amada. Ele não tinha controle sobre suas ações, só pôde passar dois meses com seu amor antes de ser separado dela.

"Eu não tive o direito de amar... então ninguém terá", declarou Chronos. "Eu amaldiçoo este espelho. Quem o atravessar conhecerá sua alma gêmea, mas morrerá após dois anos."

Chronos ainda demonstrava misericórdia.

Chronos nunca mais amou outra mulher.

"Zeus, você pagará por seus crimes!", proclamou Chronos, sua voz ecoando pelos corredores do Olimpo.

"O que é isso, Chronos?!", respondeu Zeus, sua voz trovejante ecoando ainda mais alto. "Você ousa desafiar o rei dos deuses?"

"Eu não apenas desafio, Zeus. Eu venho reivindicar justiça!", retrucou Chronos, seu olhar penetrante refletindo séculos de mágoa e determinação.

"Você não tem poder sobre mim, Chronos. Sou o senhor do Olimpo!", declarou Zeus, erguendo-se em toda a sua imponência.

"Seu reinado de tirania está prestes a acabar, Zeus. Os deuses estão cansados de suas injustiças e arrogância!", respondeu Chronos, seus olhos cintilando com uma energia antiga e poderosa.

"Vocês todos são fracos e invejosos! Não passam de marionetes nas mãos de um deus do tempo ressentido!", retrucou Zeus, sua voz carregada de desprezo.

"Você se engana, Zeus. Não sou eu quem manipula os eventos, mas sim você, com sua sede insaciável de poder e controle!", respondeu Chronos, sua voz ressoando com autoridade.

A tensão entre os dois deuses era palpável, e o Olimpo parecia aguardar em silêncio o desenrolar dos eventos que moldariam o destino dos deuses.

"Chega de suas mentiras, Chronos! Você não passa de um deus ressentido, incapaz de aceitar a grandeza do meu reinado!", trovejou Zeus, seu punho cerrado em um gesto de desafio.

"Se isso é verdade, então por que tantos deuses se voltam contra você, Zeus? Por que tantos clamam por justiça e igualdade?", questionou Chronos, sua voz ecoando com uma autoridade que fez até mesmo o próprio Zeus hesitar por um momento.

"Eu sou o soberano do Olimpo, Chronos. Meu poder é absoluto e inquestionável!", declarou Zeus, tentando recuperar sua postura dominante.

"Seu poder pode ser grande, Zeus, mas não é eterno. Chegará o dia em que você será julgado pelos seus crimes e punido por sua arrogância", respondeu Chronos, sua voz ecoando como um aviso solene.

Enquanto os dois deuses continuavam seu embate verbal, os outros deuses do Olimpo observavam em silêncio, cada vez mais conscientes das fissuras que se formavam nas fundações do reino divino. E à medida que a tensão crescia, todos sabiam que o destino dos deuses estava prestes a ser decidido em uma batalha que transcenderia os próprios limites do tempo.

Num gesto de desespero e fúria, Chronos desencadeou o poder do tempo de uma maneira nunca antes vista. Uma tempestade temporal irrompeu sobre o Olimpo, envolvendo os deuses em um turbilhão de caos e destruição.

Enquanto o mundo dos deuses tremia sob o poder de Chronos, Zeus percebeu tarde demais a verdadeira extensão do perigo que enfrentavam. Com um último olhar de desafio para Chronos, ele tentou reunir suas forças divinas para enfrentar a tempestade que se aproximava.

Mas antes que Zeus pudesse agir, Chronos desencadeou o poder final de seu ataque. Um raio de energia temporal se projetou do coração de Chronos em direção a Zeus, envolvendo-o em uma aura de distorção temporal.

E então, diante dos olhos chocados dos outros deuses, Zeus começou a desaparecer. Não em uma explosão de luz ou fogo, como era típico dos deuses, mas sim em um lento e agonizante desvanecer-se no tecido do tempo.

Em poucos segundos, Zeus não passava de uma lembrança distante, um eco perdido nos anais da história divina. E Chronos, consumido pela dor e pela raiva, ergueu-se como o único governante dos deuses, seu domínio sobre o tempo absoluto e incontestável.

E assim, a era dos deuses mudou para sempre, com Chronos reinando supremo sobre o Olimpo, uma figura temida e respeitada por todos os que habitavam os reinos celestiais. E a memória de Zeus, uma vez poderoso rei dos deuses, tornou-se apenas um ponto de discussão nos contos do passado distante.

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