A/N: O que começou como uma ideia, acabou como outra... e a culpa é toda da @minogay e seu gosto perfeito para filmes!!
1. Ritinha, peço perdão por pegar sua ideia e deturpá-la.
2. Carol, agradeço imensamente por me deixar *pick your brain*.
Essa é pra vocês <3
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Deixando um rastro de roupas pela casa, Natália tem toda a atenção de Carol à medida em que elas se dirigem com urgência para o quarto. Tudo que importa para elas agora é sentir os lençóis macios, pontas dos dedos traçando caminhos imaginários na pele, provocando arrepios de prazer que as invadem por completo. A sensação do contato com sua pele quente é tão avassaladora que Natália não consegue evitar de apertar suavemente os dentes no lábio inferior em uma mordida de paixão, enquanto um movimento quase instintivo de sua pélvis pressiona a de Carol.
A vontade de senti-la ainda mais intimamente leva a mão de Natália até os quadris de Carol, ela aperta sua carne, depois encontra a textura de sua calcinha, a necessidade de sentir seu calor e excitação entre seus dedos a domina completamente.
Um barulho abafado as perturba e Natália faz o seu melhor para ignorar, insinuando a mão entre as pernas de Carol enquanto interrompe brevemente o beijo, "Não é nada, amor, é só deixar", mas logo percebe que a outra não está prestando atenção em nada e vai de volta à procura de seus lábios.
Mais barulhos, ensurdecedores, desta vez ela não consegue ignorá-los e pula com raiva: "Porra, Pedro, o que você quer?"
Natália arregala os olhos, irritada com a luz entrando pelas cortinas. Ela se vê deitada de bruços numa postura estranha, o rosto meio pressionado contra o travesseiro e meio contra uma camiseta de Carol. Porra, ela xinga para si mesma antes de perceber o que a tirou de seu sonho.
"Minha irmã, só queria te avisar que estamos saindo de casa, e você pediu que eu te ligasse antes de sairmos", ela escuta Pedro pelo autofalante do celular. "Bem, estamos saindo. Te amo e até já."
Assim que ela escuta Pedro desligar, cobre o rosto com as duas mãos, pensando na experiência que acabou de ter no sonho. Ela ainda sente o calor e a excitação persistente entre as pernas, vira o rosto em direção ao travesseiro, procurando o cheiro de Carol, que está desaparecendo, mas ainda é vagamente perceptível. Eu estava tão perto, ela toca o tecido perfumado com a ponta dos dedos.
Sua mão se move entre as pernas e ela sente a viscosidade que aquele sonho deixou nela e quase se arrepende de ter se tocado. Sob as pálpebras, o rosto de Carol é tão tangível que ainda pode sentir seu calor, ela se lembra do toque da língua entre os lábios, imagina que são os dedos de Carol que a acariciam e, em algumas pinceladas delicadas, se vê com falta de ar, presa nos sobressaltos do prazer.
Lentamente, ela recupera o ritmo natural de sua respiração. "Como é possível que essa mulher ainda me deixa completamente maluca", murmura para si mesma.
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O amor pode ser uma verdade inconveniente, mas é a coisa mais honesta que Carol já encontrou. E nada que vale a pena ter é fácil.
Aqui estava uma mulher com esperanças e sonhos, olhos grandes e curiosos de criança, uma mulher que trabalhava arduamente e precisava de férias. Não era apenas seu corpo, mas a essência dela que estava presente, e ela estava perdida não no desejo apenas de ser conhecida, mas em conhecer. Estava impressionada com a qualidade o mundo de outra pessoa. Mantinha-se tão perdida no desejo de ser vista que quase tornou-se cega.
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Entre nós, uma rua
FanfictionO amor pode ser uma verdade inconveniente, mas é a coisa mais honesta que Carol já encontrou. E nada que vale a pena ter é fácil.