Capitulo 8.

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deu trabalho então sejam caridosos

Olívia Rubio

atualmente ..

Era uma manhã normal e eu estava a caminho do trabalho, sempre tentando afastar os pensamentos ruins que tentavam invadir a minha cabeça.

Entre todos os meus negócios e a morte de um dos meus homens, eu não sabia com o que me preocupar mais.

A cidade estava viva, barulhenta, como sempre em Miami, e isso geralmente me ajudava a distrair.

Ao me aproximar do prédio, senti um arrepio na espinha. Ao olhar para o lado direito, lá estava ele, o mesmo homem que arruinou minha vida, mas também o mesmo que me ajudou a me tornar a Olivia que sou hoje.

Meu coração acelerou, mas dessa vez não era por medo, era por raiva. Eu tinha mudado, não era mais a garota assustada de anos atrás.

- Olivia, que coincidência te encontrar aqui - ele disse, atravessando a rua e vindo ao meu encontro, com aquele sorriso nojento que me dava ânsia de vômito só de lembrar.

- O que você está fazendo aqui? - perguntei.

- Tenho uma reunião no prédio do lado. Pensei em passar para ver como estava a minha ex-nora. Afinal, faz tempo que não tenho notícias suas - ele respondeu, como se nada tivesse acontecido.

Eu não me intimidei, cruzei os braços e olhei diretamente nos olhos dele.

- Fique longe de mim - eu disse, com uma força que nem sabia que tinha. - Achei que já tinha deixado claro que não queria mais te ver.

Ele apenas sorriu e então tirou algo do bolso. Meu sangue gelou quando vi o que era: fotos, fotos minhas, daquele dia. Aquele filho da puta esteve filmando o tempo todo.

- Você vai querer que essas fotos cheguem às mãos erradas? - ele disse, a voz transbordando de malícia.

Eu não deixei a surpresa me abalar, mas tenho certeza de que ele percebeu o ódio nos meus olhos, porque logo em seguida ele disse:

- Oli, você continua extremamente bonita, agora você é uma mulher.

- Você acha que me assusta com isso? - perguntei desafiando-o. - Não tenho medo de você e, se pensa que com essas fotos vai conseguir alguma coisa de mim, está completamente errado, seu abusador de merda.

Ele hesitou por um momento e então chegou mais perto.

- Eu tenho saudades de você, Oli, do seu corpo perto de mim e de estar completamente dentro de você - ele me dava nojo.

- Sabe do que mais eu tenho saudades? - sussurrei em seu ouvido. - De ver você em extremo choque, vendo do que eu sou capaz de fazer para me proteger - disse. - Não se aproxime mais de mim e não me chame de "Oli".

- Você pode se achar a fodona, mas não passa de uma garotinha indefesa que, se ficar sozinha, não vai conseguir se defender.

- E você não passa de um abusador que merecia ter o pau cortado fora - digo animada.

No mesmo instante que minha boca se fecha, sinto uma mão tocar meu ombro e, quando viro meu rosto para ver quem era, encaro Simon sorrindo para mim.

- Vim te visitar - ele disse. - Podemos conversar?

- Claro, amor, vai indo para o meu escritório, já já vou também - pisco para ele entender o sinal.

À medida que vejo Simon se afastar, o sorriso em meu rosto se fecha e então digo:

- Se não desaparecer da minha vida, eu vou dar um jeito de fazer isso por você... e não será agradável.

Ao virar as costas para ele, só escuto ele dizendo:

- Até amanhã, Olivia - e então ele grita - A GENTE NÃO ACABOU A CONVERSA.

Para mim, aquilo era apenas um problema dele. Minha conversa com ele acabou no mesmo dia em que ele abusou de mim no mesmo sofá onde o filho dele cuidava de mim...

Enquanto me dirigia para a empresa, eu tentava esquecer aquela conversa perturbadora, tentando manter a compostura.

Ao entrar na empresa, respirei fundo, ajustando a postura. Precisava deixar aquilo para trás, pelo menos por enquanto.

Caminhei até o meu escritório enquanto Simon esperava por mim.

- Você está bem? - ele perguntou, a preocupação evidente em seus olhos.

- Agora estou - respondi, tentando sorrir, mas sentindo que meu esforço era em vão.

- O que aquele cara queria com você? - ele insistiu, visivelmente curioso e preocupado. - Era seu pai?

Meu coração apertou por um momento, mas eu sabia que não podia deixar Simon se envolver nisso.

- Apenas um fantasma do passado. Nada com que se preocupar - tentei minimizar, embora soubesse que Simon não se contentaria com essa resposta.

Ele se aproximou, pegando minhas mãos nas dele.

- Oli, eu quero protejer você de todos os fantasmas que você tiver - ele diz.

Eu assenti, sentindo a sinceridade nas palavras dele.

Havia algo em Simon que me fazia querer confiar, mesmo que minha natureza desconfiada gritasse para eu manter minhas defesas.

Afinal..

Regra número 3: se um homem te machucou, faça o mesmo com todos os outros.

Essa regra eu nao sei se vou conseguir cumprir, Simon despertou algo em mim e eu estou adorando ter ele por perto.

- Sabe, eu amei o jantar na casa da sua mãe - comentei enquanto ele me olhava.

Simon sorriu e disse:

- Fico feliz que tenha gostado. Minha mãe também gostou. Acho que ela te quer adotar.

Ri, apreciando a leveza do momento.

- Acho que você estava querendo me testar com esse almoço, né?

- Com certeza, e você passou... mas ainda temos outros testes.

Ergui uma sobrancelha, entrando no jogo dele.

- Ah é? Que testes seriam?

- Vamos ver... - Simon fingiu pensar, seus olhos brilhando com diversão. - Talvez um jantar a dois, só nós dois. Nada de família para atrapalhar.

Sorri, sentindo um clima entre nós.

- Você quer um jantar romântico? Está se arriscando. Pode ser que se apaixone - disse, provocando.

- Pode ser que eu esteja apaixonado desde o dia que te conheci.

Esse homem me fez corar por cima e chorar por baixo.

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