[EM ANDAMENTO]
"Abra seu coração para um amor que te faça sentir como se estivesse sonhando, um amor que te deixe sem fôlego."
Park Jimin acha que encontrou a mulher perfeita para ser sua esposa. Ela é médica, assim como ele. Ela é brilhante, assim...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Out there I'm a sharp knife Are you that blue light? Are you?" — Blue Light, Mitski
J E O N G Y E H A J E O N
🎨
— Hanie?
Dedos finos estalaram freneticamente à frente do meu rosto. Piscando brevemente, subi meu olhar para onde suas mãos delicadas, com as unhas cobertas por um esmalte vermelho mesmerizante, seguravam uma xícara de chá em minha direção.
— Obrigada — sussurrei para a secretária de Dana assim que ela se retirou.
Dana sentou-se em sua cadeira imponente, cruzando as mãos sobre os papéis que estavam em cima da mesa.
Seu escritório poderia ser resumido por uma única palavra: elegante; era inteiramente coberto por superfícies brancas ou cinzas.
— Você tá bem? — ela perguntou, puxando a minha atenção de volta para si.
— Eu tô legal. É só que eu passei a manhã conversando com universitários sobre o quão incrível é ser eu. — Forcei uma risada, que soou muito mais lamentável do que eu esperava.
— Talvez isso melhore um pouco o seu dia. — Seus dedos compridos deslizaram um documento para mim. — A única coisa que falta é a sua assinatura, então você estará livre do contrato. Eles concordaram com todos os nossos termos e até aumentaram a sua indenização... Por que você não parece feliz?
Não havia percebido que segurava minha respiração até Dana falar comigo diretamente. Inspirei profundamente e depois expirei com calma, deixando a xícara em cima de sua mesa para segurar a caneta.
— Tudo o que eu preciso fazer é assinar aqui, né? — perguntei, lendo uma parte do papel.
— Sim, eles já assinaram. — Quando ela dizia "eles", queria dizer "ele".
Cravei a caneta bem no centro do documento e, logo em seguida, arrastei até o final do papel, rasgando-o pela metade.
— O que você tá fazendo?!
— Eu fiz alguma coisa errada? — questionei seriamente.
— O quê?
— Eu fiz algo de errado? Porque eu acho que não. Então por que sou eu que tô fugindo? Por que parece que eu sou a "outra mulher", sendo paga pra calar a boca; pra só aceitar o dinheiro e sumir?
— Hanie—
— Quanto tempo ainda falta pro contrato acabar?
— Cinco meses, mas, Hanie—
— Eu vou continuar até o último dia, e só aí vou sair. Então ligue pra ele e diga que eu vou esperar pelo próximo projeto. — Me levantei da cadeira confortável, pegando minhas coisas.
