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Eu olhei de novo para conferir, e sim, haviam muitas páginas em branco.

–Você não vê? Está tudo em branco!–folheei o livro.

–Ta tudo bem, Ripley? Está tudo normal com o livro... Não estou te entendendo.

Eu tô ficando maluca?
Só eu tô vendo que esses livros basicamente não existem?

Sinto minha pressão baixando. Última coisa que me lembro são dos olhos de Henry preocupados comigo.

Preto. Tudo preto.
Foi como um piscar de olhos para mim.

Acordo com uma terrível dor de cabeça. Eu estava na enfermaria do colégio. De longe pude ouvir a voz de Henry conversando com a enfermeira.
Não pude entender o que diziam mas sabia que o tom dele não era feliz.

–Ahm... Aí.

Gemendo, reclamo da dor intensa que se instaurou na minha cabeça.

Acho que fui alta o suficiente para chamar a atenção dos dois.

–Ripley! Finalmente você acordou, como está??–Henry colocava sua mão sobre a minha enquanto falava preocupado.

–O que aconteceu?– Pergunto meio perdida.

–Você passou mal, eu acho.

–A senhorita teve uma queda na pressão, o que levou ao desmaio, acredito eu. – A enfermeira explica.

–Foram os 42 minutos mais aterrorizantes do meu mês. – Henry ri.

–Nossa, pra mim foi como piscar os olhos...–falo.

Após uma última checagem na pressão, a enfermeira me libera, contanto que eu fosse para casa descansar, Henry ficou como meu acompanhante para garantir meu bem estar.

Durante o caminho até a Bugigangas Henry fica meio tenso.

–Viu, a enfermeira mencionou que esse tipo de coisa acontece quando temos muito esforço físico sem nos alimentarmos direito... Você anda se exercitando bastante com o Schwoz, não acha que seja melhor dar uma pausinha?

Ou talvez seja das leves pancadas que eu tomei na noite passada.

–Ah, eu não pensei sobre isso... Talvez eu devesse pegar mais leve.

–Talvez não. Você deve.

–Ok ok, pegarei mais leve nos treinos.–Levanto as mãos como um gesto de rendição.

Sorrimos um para o outro e andamos mais um pouco até a porta.

–Você vai voltar pra escola?–Pergunto.

–Nah...–Ele expressa nojo– acho que vou ficar um pouco aqui te fazendo companhia.

Ele esboça um sorriso simpático.

Um puta sorriso lindo.

Nos direcionamos até o elevador maldito. Na descida acabo segurando a ponta da jaqueta de Henry para não cair.

Entro e me deito no sofá. Henry vai até a cozinha e volta com um copo de água e um remédio para dor.

–Toma, vai se sentir melhor.

–Obrigada.–Falo me sentando.

Schwoz entra no cômodo e nos olha confuso.

–Vocês não deviam estar na escola?

–É, devíamos.–Respondo.

Ele esboça um “tanfo faz” com o rosto e volta a focar no que precisava.

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⏰ Última atualização: Jun 05 ⏰

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[🧃]𝑪𝒐𝒏𝒅𝒆𝒏𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒂 𝒏𝒐𝒔 𝒂𝒇𝒂𝒔𝒕𝒂𝒓𝒎𝒐𝒔; 𝑯𝒆𝒏𝒓𝒚 𝑫𝒂𝒏𝒈𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora