Sanemi acordou com os primeiros raios de sol entrando pela janela do seu apartamento em Tóquio. A luz suave da manhã iluminava seu espaço, organizado e funcional. Ele se espreguiçou, preparando-se para mais um dia de aulas. Ensinar havia se tornado sua paixão, uma maneira de canalizar sua energia e encontrar significado após o término com Tomioka.
A escola onde Sanemi trabalhava era um refúgio de aprendizado e crescimento. Ele era conhecido por ser um professor rigoroso, mas justo, e seus alunos o respeitavam profundamente. Entre seus alunos, havia alguns que ocupavam um lugar especial em seu coração.
Genya, seu irmão mais novo, era um dos motivos pelos quais Sanemi decidiu seguir a carreira de professor. Ele queria ser um exemplo positivo para Genya, mostrando-lhe que a educação era um caminho para um futuro melhor. Genya era um jovem determinado, com uma forte vontade de provar seu valor, tanto para si mesmo quanto para seu irmão mais velho.
Muichiro, um dos alunos mais talentosos de Sanemi, era uma presença serena na sala de aula. Sanemi admirava a inteligência e a dedicação de Muichiro, sem saber que ele também era um modelo para Tomioka. Esse detalhe permanecia desconhecido para Sanemi, criando uma conexão invisível entre eles.
Kanao, irmã de Kanae e Shinobu, era uma aluna quieta e introspectiva. Sua determinação silenciosa e habilidades acadêmicas impressionavam Sanemi, que via nela um potencial imenso. Kanao era uma estudante exemplar, sempre atenta e dedicada.
Tanjiro, Inosuke e Zenitsu formavam um trio inseparável. Tanjiro era gentil e trabalhador, sempre disposto a ajudar os colegas. Inosuke, com sua energia indomável e espírito competitivo, desafiava Sanemi a encontrar novas maneiras de mantê-lo focado. Zenitsu, apesar de sua natureza ansiosa, tinha uma inteligência surpreendente e um coração de ouro. Inosuke, assim como Muichiro, também era modelo para Tomioka, mas Sanemi não fazia ideia.
Sanemi se preparou para o dia, vestindo seu uniforme e pegando sua pasta de lições. Ao chegar à escola, ele foi recebido pelo barulho animado dos estudantes nos corredores. Ele entrou na sala de aula, e os alunos rapidamente se aquietaram, prontos para aprender.
"Bom dia, classe," Sanemi cumprimentou, sua voz firme e autoritária. "Hoje vamos continuar com nosso estudo sobre literatura clássica japonesa."
Os alunos ouviram atentamente enquanto Sanemi explicava os conceitos e discutia as obras literárias com paixão e conhecimento. Ele sempre tentava envolver os alunos, incentivando-os a pensar criticamente e a expressar suas próprias opiniões.
Após a aula, Genya se aproximou de Sanemi. "Niisan, você tem um minuto?" ele perguntou, hesitante.
Sanemi sorriu, uma expressão rara, mas sincera. "Claro, Genya. O que houve?"
"Eu estava pensando em me inscrever no clube de literatura," Genya confessou. "Acho que seria uma boa maneira de melhorar minhas habilidades de escrita."
Sanemi assentiu, orgulhoso do progresso de seu irmão. "Acho uma excelente ideia, Genya. Vou falar com o responsável pelo clube e garantir que você seja bem-vindo."
Enquanto Sanemi caminhava pelo campus, ele encontrou Kanae, que estava conversando com alguns alunos. Ela sorriu ao vê-lo. "Sanemi, como estão as coisas?"
"Bem, Kanae. E com você?" ele respondeu.
"Ótimas. Tenho visto muito potencial em meus alunos ultimamente. Acho que estamos no caminho certo," ela disse, seus olhos brilhando de entusiasmo.
Sanemi concordou, sentindo-se grato por ter colegas de trabalho como Kanae. A educação era uma jornada compartilhada, e ele sabia que estava cercado por pessoas que compartilhavam seu compromisso com o aprendizado e o crescimento dos alunos.
Ao final do dia, Sanemi retornou ao seu apartamento, exausto, mas satisfeito. Ele se sentou na varanda, observando o pôr do sol enquanto refletia sobre os desafios e as recompensas de ser professor. A dor do passado ainda estava lá, mas ele havia encontrado um novo propósito, uma nova maneira de seguir em frente.
Enquanto a noite caía, Sanemi soube que, apesar das dificuldades, ele estava fazendo a diferença na vida de seus alunos. E isso, mais do que qualquer outra coisa, lhe dava forças para continuar.
