Tudo por você (Fizzarolli x Asmodeus)

As motivações de Asmodeus

 O sol do amanhecer entrando pelas cortinas, a cama de algodão cheia de travesseiros, o cobertor quentinho estampado com corações. Deitado na cama, Asmodeus. Um som de alarme ecoa pelo quarto, sinalizando a hora de levantar-se. Eram 6h da manhã. Não gostava de acordar cedo, portanto resmungou mentalmente um pouco antes de criar coragem de levantar-se, mas não pôde passar tanto tempo procrastinando na cama. Possuía deveres a cumprir.

Diferente de outros da realeza, não gostava que os funcionários cozinhem suas comidas, ou acordem-o. Levanta-se e coloca seu roupão vermelho, que deixava suas plumas à mostra e era amarrado com um cordão na cintura. Vestia-o só para ficar em casa. Precisava vestir algo, uma vez que vários imps andavam pelos corredores e nem durante seu café da manhã tinha garantido que teria paz. Era muito comum estar tranquilamente bebendo seu café e entrar um imp com alguma emergência aleatória.

Enquanto preparava seu café da manhã, viu no jornal sobre como Fizz esteve pela torre dele durante dois dias seguidos. Quando leu revirou seus olhos e colocou a mão em sua face. Isso era incômodo ao Ozzie, séculos passam-se e não tinha se acostumado com sua vida constantemente sendo datada e espalhada. Ele nunca tinha nenhuma privacidade. No fim eram as "partes ruins" do seu cargo, que ele era impossibilitado de sequer abrir mão. Especulava-se quais os planos do famoso palhaço Fizzarolli visitando a fábrica de produtos sexuais.

Jogou o jornal no lixo. Que dor de cabeça que ele tinha se metido.

Terminou seu café da manhã, vestiu seu terno padrão e foi ao seu escritório, onde já estava um funcionário com sua agenda, pronto para falar todos os afazeres do seu dia. Eram muitos.

Já no Anel da Ganância, às 5h da manhã, o sol nascendo fazia o aspecto verde musgo da cidade ficar ainda mais forte, o barulho das fábricas já poderiam ser ouvidos e as ruas com já indícios de movimento de imps saindo para trabalhar.

— FIZZAROLLI! — Dois imps gritaram enquanto batiam na porta da casa de Fizz.

Ele levantou, colocou um chapéu rapidamente e abriu, mas estava com um mau humor. Ainda sonolento. Quando abriu a porta, os dois imps, vestidos com uma roupa preta com cifrões amarelos, estavam com as sobrancelhas franzidas e com um rosto antipático. O da direita imediatamente fala:

— Vai se fuder! — Aponta o dedo na cara de Fizz — Como que você simplesmente nos abandona e deixa a gente pra organizar uma caralhada de robôs. Você por acaso já precisou programar vibradores? Não né? E que tal ter que ficar olhando pra um monte de boneco esquisito seu? Agora a gente vai ter esse trabalho de merda porque você simplesmente decidiu ir trabalhar com aquele galo azul pomposo!

Fizz era medroso, nunca gostou de brigar. Atualmente costumava sentir-se meio inseguro perto de possíveis brigas, pois em toda sua infância teve seu ex melhor amigo, Blitzø, para protegê-lo.

— Calma, calma aí, Dante..., eu nunca pedi por isso, ele simplesmente me comprou. Eu fui vendido como uma simples mercadoria. Você sabe que o Mammon não liga pra nada contanto que esteja dando dinheiro.

O da esquerda agora que falou.

— Esses merdinhas da realeza sempre sentem que podem simplesmente comprar e vender a gente como se nós fôssemos simples mercadorias...

— Ah... — O da direita colocou a mão na testa. — Então foi isso... que merda. Você deve estar pior que a gente então — Fizz sempre esteve pior que eles, só possuía prestígio — É. Boa sorte. Acho que prefiro empacotar dildos.

Os dois foram embora deixando-o em paz. Ainda existia uma pequena rede de apoio entre os imps, que se sentiam sempre inferiores à realeza. Depois dessa, tinha até perdido o sono. Embora esteja de certa forma acostumado a acordar ouvindo ameaças. Mammon fazia isso sempre.