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Gaby 🧸

Senti um alívio tão grande na hora que ele segurou minha barriga, mas logo passou assim que ele soltou.

Mandei ele ficar na sala enquanto fazia a comida ,mas teimoso quis ficar comigo.

Durante uns vinte minutos parei pra pensar em tudo, literalmente tudo.

E se fosse tudo diferente? E se eu não tivesse vindo naquele baile, esse eu nunca conhecesse o Coringa.

Eu não queria que fosse diferente, pra mim está ótimo essa vida que eu estou vivendo.

Mas as vezes eu queria que fosse, só pra mim ter o meu pai de volta.

Não tenho muitas lembranças dele, mas amo ouvir de outras pessoas que ele era um cara de família e que não me largava por nada.

Coringa: eu achei que você não fosse fazer comida.

Gaby: não, hoje eu estou boazinha, percebi que você está cheio de problemas pra resolver- coloquei o prato dele e o meu na mesa.

Coringa: pior que tô mermo, mil coisas pra resolver - respirou fundo.

Gaby: olha, eu sei que você não vai poder comparecer no parto- ele concordou de cabeça baixa- por dois motivos, não pode ficar de bobeira se não te prende e que tu vai ter essa missão aí.

Coringa: sim, mas quando eu voltar de lá eu vou ficar fora por um tempo. Quero curtir meu pivete- sorri.

Gaby: amo você.

Coringa: te amo também minha negah.

Fiquei sim meia pra baixo quando ele disse que iria ter que fazer uma missão, eu queria ter ele no momento onde eu mais vou precisar.

Ele compareceu nas últimas consultas, e amanhã eu tenho que ir lá novamente checar o bebê.

Terminei de comer e o Coringa ficou encarregado de lavar e secar a louça, eu fui pra sala.

Tava morrendo de sono, meu olho está um pouco inchado, eu fiquei chorando umas meia hora. Só de pensar que eu vou ter que dividir o meu neném.

Mas como o Diogo disse, não vou poder deixar ele aqui dentro, então vou trancar ele no quarto aí eu não preciso dividir ele com ninguém.

Acabei capotando no sofá, só senti o Diogo me segurando e me colocando na cama.

Dia seguinte...

Tô me arrumando para ir na Obstetra, que eu me lembre essa vai ser a penúltima vez que vou ir la , porque depois disso é o parto.

Por mim seria parto normal mas eu sei que dói pra uma porra então vai ser cesariana.

Mais se Deus quiser e se meu filho pedir por um irmãozinho, eu opto por um parto normal.

Terminei de colocar meu vestido e coloquei uma sandália básica, passei um perfume e desci.

E pelo que eu vi o Coringa também vai, é meio perigoso pra ele mas ele disse que quer estar pelo menos nas ultrassons.

Gaby: tô pronta, vamos - me aproximei dele ,que se levantou e pegou na minha mão e logo saímos de casa.

Entramos no carro e ele estava em ligação novamente com alguém no telefone, era o rico.

Coringa: papo reto, tô com um monte de fita pra resolver mas eu do uma passada lá. Qualquer coisa chama, vou levar a mulher pra ver meu pivete, fé pa tu- desligou o telefone e colocou no painel.

Gaby: ele falou o que ? Se não puder ir só me deixa lá que eu chamo um Uber pra voltar.

Coringa: não , ele chamou nós pra ir com ele lá pro centrinho, falei que qualquer coisa nois vai la- concordei com a cabeça e coloquei uma música.

A primeira dama Onde histórias criam vida. Descubra agora