Capítulo 2: Bella Rossi

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"Aparta-o de mim,
Sou uma bomba relógio,
E quero explodir.
Voarão cacos de mim, como pedaços de vidro quebrado.
Saiam de perto de mim.
Aparta-o de mim. "


Capítulo 2: Bella Rossi: Final Não Feliz.

Alguns anos atrás:

- E quem é esta? - Pergunta o homem de terno preto, havia uma fileira de mulheres, entre elas Também haviam crianças e idosas. Eu não sabia direito o porque o destino cruel me levou até ali, ou por qual pecado eu estaria pagando, eu era apenas uma criança.

Mas eu tinha guardado comigo uma lembranca bonita que se transformaria em um pesadelo. Estava ao lado dos meus pais em um parque de diversões, naquele dia eu era a criança mais mimada do mundo, era meu aniversário, e eu cantarolava no carrocel planemente feliz e despreocupada.

Mas um segundo de distração dos meus pais foi o suficiente, para dois homens estranhos me levarem dali, e mais um segundo para me jogarem num carro preto.

O fato de ser tão pequena, não me impedia de entender bem o que eles estavam fazendo, mas o que eu faria afinal? Não tinha nem a metade da força deles e mesmo que eu gritasse e tentasse fugir, eles me batiam ainda mais. Estava com a boca presa a uma fita e em minhas pequenas mãos haviam me amarrado uma corda que cortando minha circulação, eu mantinha meu olhar abaixado com medo, confusa... Eles me levaram a um lugar com varias outras mulheres que compartilhavam o mesmo terror que o meu.

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O homem de cabelos negros passava de uma a uma escolhendo seu destino; as velhas eram descartadas e as doentes ou "inválidas" iam juntos á elas, já as mulheres e crianças, eram deportadas de acordo com a beleza da cada uma, a medida que chega mais perto de mim eu tremia com medo, incapaz de correr ou me mover pelo terror doque poderia me acontecer, eu só pensava em meus pais, esperando a qualquer momento que eles vinhessem me buscar.

Mas minha vez já tinha chegado.

- Esta é Bella Rossi, senhor, 12 anos - diz outro homem que me obriga a dar dois passos a frente quando chegando a minha hora. Sua mão era fria e grosseira me puxando pelo ombro.

- Perdon? Doze? Mas já parece uma mulher... - diz o moreno, que anotava algo em sua prancheta com um sotaque italiano, o que estava ao seu lado me puchou bruscemente começando tirar o o vestido branco que obrigavam todas as meninas a usar. No tempo certo eu saberia que era um meio de saber quais eram virgens e logo, as mais caras.

Fico nua, estava envergonhada com o olhar baixo, meu corpo tremia de medo, e minhas mãos suavam frio pela incapacidade se lutar, enquanto sentia sua mão suja em meu corpo me obrigando a girar para me olharem bem, eu estava inerte, paralisada, sentia que podia morrer a qualquer movimento brusco que tentasse.

- Ela esta muito magra, mas tem corpo, vamos alimentar ela e mandar para Henrique com as demais. - balbucia me dando uma outra boa olhada. Eles me colocaram a roupa denovo, e tiraram a fita de minha boca.

...

- Você é muda garota? Por que não fala?

- Ela não é daqui, a familia aparentava estava de visita no pais, ela é russa.

- Interessante, uma... Putinha russa? - ria nojento, eu me estremeci segurando o choro, minha cabeça turbulenta. Infelizmente eu entendia muito bel o que eles falavam.

Sussurros Na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora