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Aquele lugar era enorme, incrivelmente enorme! Pessoas de todos os gêneros e tons de pele circulavam por ali, carregando pesadas caixas, dirigindo caminhões, recepcionando investidores... Tudo acontecia por ali. Antony ainda se recuperava da enxaqueca dos pós remédios, tudo girava, ainda associando tudo o que estava acontecendo, estava lento. De repente, duas figuras desconhecidas e Valentino invadiram sua casa, rastrearam suas chamadas telefônicas e sua caixa postal, mexeram em seu guarda-roupa e ainda o tiraram de sua cama para ir à um lugar completamente desconhecido e mais afastado do centro. Tentou deduzir um pouco do que poderia acontecer no evento, sabia de um fato: de um jeito ou de outro, estava filiado com Valentino, então teria de ficar ao seu lado a suposta festa ou confraternização ou o que diabos seria o grande evento. Apenas implorava a qualquer deus, santo ou criatura que o escutasse, "que eu não seja vendido para outro maluco! Que eu não seja traficado ou algo pior!" pensou Antony, era tudo o que pedia, pelo menos uma migalha de sorte! Uma luz em sua vida uma única vez! Seus lamentos foram interrompidos por um grito feminino, Valentino o mandou prevalecer no carro enquanto acertava o débito de algumas novas compras com Vox. Observou pela janela, vendo Vellvet e uma provável funcionária, com uma prancheta em mãos, cabelos bagunçados e o rosto choroso.
- Mas senhora! Eu já refiz esta lista mais de dez vezes! A senhora não pode dar uma olhada?! - Ela corria atrás da moça dos cabelos vermelhos, quase de joelhos.
- Não enche minha paciência, cretina! Qual seu nome mesmo? Carla? -
- Camille! Senhora eu trabalho a seis anos com você! -
- E? Acha que eu tenho a obrigação de decorar o nome da princesinha? - Virou-se com a pose impotente de sempre, cabeça erguida e braços cruzados.
- Senhora! Me escute! Temos pouquíssimo tempo, o senhora tem que assinar a ideia para que possamos vende-la! - A garota ajeitou os óculos, as mãos trêmulas e desajeitadas tiravam os cabelos do rosto.
- Não vou colocar meu nome em um trapo desses! - Virou o rosto novamente, com uma expressão ranzinza.
- Senhora, este é o décimo segundo modelo! -
- Coloca no currículo! Ta demitida! - Apontou para fora, dando a entender que a mulher tinha de ir embora.
Antony se interessou pela rivalidade criada ali, parando entretido para assistir a mulher de aproximadamente um metro e cinquenta mandando e desmandando em todos do local. Assistiu a garota chorando correr do local. Vellvet suspirou pesadamente, com raiva, e gritou aos ventos:
- Não se fazem mais boas estilistas! Com um pingo de noção do quão brega seus estilos são! - Puxou um pobre garçom pela manga do uniforme, o mesmo que tremeu com o impulso. Vellvet tomou a bebida que o mesmo carregava na bandeja. - Tecido nylon? É sério? Hu! Rídiculo! Sai daqui sai! - E jogou o rapaz no chão.
Ouviu uma porta se abrir, reconheceu o cheiro de colônia, era Val... O mesmo sentou ao seu lado, e como de costume corriqueiro, colocou uma de suas mãos em sua coxa, acariciando de cima para baixo. Sentiu nojo, desconforto e medo do que viria.
- Val... - Antony tentou proferir, mas foi calado com um beijo raivoso.
- Antony... - Ele proferiu antes de ataca-lo. Com beijos violentos, movendo seu corpo até que conseguisse ficar entre suas pernas. - Tenho uma grande surpresa para você hoje...
- O que? - Perguntou temeroso da ideia que Val tinha
- Hoje a noite, teremos um enorme evento neste lugar, eu lhe trouxe por que vai me fazer uma... boa companhia, se é que me entende... - Val puxou Antony para seu colo, com cada perna em um lado dos quadris.
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Nos teus braços
Fiksi Penggemar𓍢ִ໋ Huskerdust ୭ ˚. ᵎᵎ · - - - - - - · - Em meio a conflitos consigo mesmo, junto com a procura de paz interior e exterior, em uma noite fria num bar cheio no auge da noite, eles se encontram. Uma simples palavra resulta em um simples diálogo, que...