III- Blue eyes

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O novo dia trouxe apenas mais preocupações para Dean. Castiel parecia estar regredindo, sua condição piorando a cada hora que passava. A febre alta voltou, e com ela, uma tosse violenta e um cansaço extremo que deixava Cas ainda mais fraco.

"Dean... sinto que algo está muito errado," disse Castiel, sua voz quase inaudível.

Dean olhou para Cas, a preocupação evidente em seu rosto. "Precisamos descobrir o que está acontecendo, Cas. Não podemos continuar assim."

Depois de um tempo, quando a febre e a tosse de Castiel pareciam não ceder, Dean decidiu que precisava agir. Ele ajudou Cas a se deitar novamente e saiu rapidamente do quarto, indo direto para a pequena biblioteca do bunker.

Dean vasculhou livros e antigos diários de caçadores, tentando encontrar algo que pudesse explicar os sintomas de Castiel. Depois de horas de busca, ele encontrou uma referência a uma condição que ex-anjo poderia desenvolver ao perder sua graça: uma série de doenças que afetavam o corpo humano de sua casca, doenças que haviam sido mantidas sob controle pela graça angelical, mas agora estavam se manifestando de forma violenta.

Dean voltou para o seu quarto onde Castiel estava, decidido a levá-lo ao médico, mas já sabendo que não seria fácil.

"Cas, acho que descobri o que você tem," começou Dean, tentando manter a calma. "Você precisa de tratamento médico, só precisamos de documentos e-"

Castiel olhou para Dean, seu rosto pálido e cansado. "Dean, eu não posso... eu não posso ir ao hospital."

"Cas, você não está melhorando. Está piorando!" Dean explodiu, a frustração evidente em sua voz. "Precisamos de ajuda profissional!"

"Não, Dean," insistiu Castiel, a voz firme apesar da fraqueza. "Não posso voltar a um hospital. Não depois do que aconteceu da última vez."

"Mas Cas..." Dean começou, mas foi interrompido.

"Por favor, Dean," disse Castiel, seus olhos azuis implorando por compreensão. "Eu não conseguiria. Eu não posso passar por isso de novo."

Dean respirou fundo, sua raiva lentamente se dissipando diante da vulnerabilidade de Castiel. "Tudo bem, Cas. Eu entendo. Não vamos ao hospital."

***

Mais tarde, enquanto Sam saiu para buscar alguns medicamentos alternativos, Dean e Castiel ficaram no quarto. Castiel começou a se sentir pior, uma crise de dor e febre tomando conta de seu corpo.

Dean estava deitado ao lado de Castiel, tentando acalmá-lo, quando percebeu algo que sempre soubera, mas nunca admitira para si mesmo.

Ele amava Castiel.

Dean observou os olhos azuis de Cas, mesmo quando estavam fechados de dor. Aqueles olhos que tantas vezes o olharam com compaixão, compreensão e uma lealdade inabalável. Ele sempre soubera que havia algo especial entre eles, algo além da amizade e da camaradagem de caçadores.

"Você vai ficar bem, Cas," murmurou Dean, mais para si mesmo do que para Castiel. "Eu não vou deixar você ir."

A crise de Castiel não passava, e Dean estava desesperado. O ex-anjo tossia violentamente, e cada tosse parecia roubar mais de sua força. Dean se aproximou ainda mais, envolveu Castiel em um abraço firme, tentando transmitir alguma força através do contato.

"Cas, por favor," Dean sussurrou, a voz embargada pela preocupação. Ele sentia uma pressão crescente no peito, uma mistura de medo e sentimentos reprimidos.

Sem pensar muito, guiado pelo desespero e pela necessidade de acalmar Castiel, Dean se inclinou e beijou os lábios de Cas.

Ele disse a si mesmo que estava fazendo isso para ajudar a crise de tosse a passar, para acalmar Castiel. Mesmo que não fosse bem verdade...

Para sua surpresa, a tosse de Castiel começou a diminuir. Ele relaxou nos braços de Dean, a respiração tornando-se mais regular. Quando finalmente se afastaram, Castiel olhou para Dean com surpresa, seus olhos azuis brilhando à luz fraca do quarto.

"Dean..." começou Castiel, sua voz ainda fraca, mas agora com uma nota de algo que Dean não podia identificar completamente.

"Desculpe, Cas," disse Dean rapidamente, tentando esconder o tumulto de emoções dentro dele. "Eu... pensei que isso pudesse ajudar."

Castiel não disse nada por um momento, apenas observou Dean, seus olhos azuis fixos nos de Dean. Havia uma mistura de compreensão, gratidão e algo mais que Dean não conseguia identificar.

"Obrigado, Dean," disse Castiel finalmente, sua voz suave e sincera. "Você sempre sabe o que fazer."

Castiel não sabia Oque dizer, ele ainda sentia os lábios de Dean nos seus

"Descanse agora, Cas," disse Dean, segurando a mão de Castiel. "Estou aqui com você. Sempre estarei."

Enquanto Castiel fechava os olhos e tentava relaxar, Dean não conseguia afastar os pensamentos que o atormentavam. Ele só conseguia pensar em beijar Castiel novamente, mesmo achando que era errado ou que algo assim não deveria acontecer entre eles. Mas a sensação dos lábios de Cas contra os seus ainda estava fresca, e a necessidade de sentir isso novamente era quase irresistível.

O silêncio do quarto foi quebrado abruptamente quando a porta se abriu com um rangido suave, revelando Sam com uma sacola cheia de medicamentos e suprimentos. "Consegui os remédios," disse Sam, entrando, mas parou ao perceber a tensão no ar.

Antes que Dean ou Castiel pudessem reagir, Castiel, em um impulso repentino, puxou Dean para mais perto. Dean, pego de surpresa, não resistiu, e os lábios deles se encontraram novamente. O beijo era urgente, cheio de emoção e uma necessidade que ambos mal compreendiam.

Sam parou na porta, seus olhos arregalados enquanto observava a cena diante dele. "Uh, pessoal...?"

Dean e Castiel se separaram rapidamente, ambos ofegantes. Dean olhou para Sam, tentando entender o que acabara de acontecer. "Mais que droga Sammy! isso... não é o que parece."

Sam levantou as mãos em um gesto de rendição. "Ei, não estou julgando. Só estou aqui para entregar os remédios."

Castiel olhou para Sam com um leve sorriso, ainda segurando a mão de Dean. "Obrigado, Sam. Dean estava cuidando de mim."

Sam entregou a sacola de medicamentos a Dean, que a pegou com uma mão, a outra ainda entrelaçada com a de Castiel. "Certifique-se de dar a ele isso conforme as instruções. E, Dean... cuida bem dele."

Dean assentiu, seu olhar ainda preso nos olhos azuis de Castiel. "Eu vou, Sam. Eu vou."

Sam sorriu levemente e saiu do quarto, fechando a porta atrás dele. E o silêncio voltou.

Dean voltou a se concentrar em Castiel, pegando um dos medicamentos e lendo as instruções. "Vamos cuidar disso agora, Cas."

Castiel observou Dean. "Eu sei que vai, Dean. Eu confio em você."

Enquanto Dean ajudava Castiel a tomar os medicamentos, ele não podia deixar de pensar no que havia acontecido...

Enquanto Dean ajudava Castiel a tomar os medicamentos, ele não podia deixar de pensar no que havia acontecido

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Oioii!
Espero que estejam gostando da fic!
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 𝑰 𝒅𝒐𝒏'𝒕 𝒘𝒂𝒏𝒕 𝒕𝒐 𝒃𝒆 𝒂𝒍𝒐𝒏𝒆 𝒂𝒏𝒚𝒎𝒐𝒓𝒆 || 𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora