𝑰 𝒅𝒐𝒏'𝒕 𝒘𝒂𝒏𝒕 𝒕𝒐 𝒃𝒆 𝒂𝒍𝒐𝒏𝒆 𝒂𝒏𝒚𝒎𝒐𝒓𝒆 || 𝑫𝒆𝒔𝒕𝒊𝒆𝒍

XIII- Just don't leave me here

A luz fraca da manhã filtrava-se pelas cortinas pesadas do bunker, lançando sombras suaves nas paredes de pedra. Dean se mexeu na cama, sentindo o corpo pesado e dolorido. O quarto estava quente, mas ele sentia um calafrio percorrer sua espinha. Seus músculos doíam, e a cabeça parecia prestes a explodir.

Castiel estava sentado ao lado da cama, observando cada movimento de Dean com uma preocupação silenciosa. Quando Dean abriu os olhos, a visão de Cas foi a primeira coisa que viu.

"Hey, como você está se sentindo?" Cas perguntou suavemente, inclinando-se para mais perto.

Dean tentou responder, mas sua voz saiu fraca e rouca. "Parece que fui atropelado por um caminhão," ele finalmente conseguiu dizer, tentando forçar um sorriso.

Cas franziu a testa, seus olhos azuis cheios de preocupação. "Você perdeu muito sangue, Dean. Eu consegui fechar os ferimentos, mas vai levar um tempo para você se recuperar completamente."

Dean tentou se sentar, mas uma onda de tontura o fez cair de volta nos travesseiros. "Whoa... mundo girando..."

Cas estendeu a mão e colocou-a suavemente no ombro de Dean. "Não se esforce. Sua pressão arterial está baixa por causa da perda de sangue rápida. Você precisa descansar."

Dean suspirou, fechando os olhos por um momento. "Isso é só maravilhoso. Agora eu sou um peso morto."

"Não diga isso," Cas respondeu firmemente. "Você é tudo menos um peso morto. Eu estou aqui para cuidar de você."

Dean abriu os olhos novamente e encontrou o olhar firme de Cas. "Obrigado, Cas. Sério. Eu não sei o que faria sem você."

Cas deu um pequeno sorriso, uma mistura de alívio e carinho em seu olhar. "Você faria o mesmo por mim, Dean."

"Sim, mas... eu estou cansado de sempre precisar ser salvo," Dean murmurou, a frustração evidente em sua voz.

Cas segurou a mão de Dean, apertando-a levemente. "Não se trata de ser salvo. Se trata de estarmos aqui um para o outro. Você nunca está sozinho, Dean."

Dean olhou para Cas, sentindo uma onda de gratidão misturada com algo mais profundo. "Eu sei, Cas. E isso significa muito."

Cas segurou o olhar de Dean por um longo momento, parecendo querer dizer algo mais, mas optou por ficar em silêncio. Ele se levantou da cadeira e ajustou os cobertores ao redor de Dean, certificando-se de que ele estivesse confortável.

"Você quer um pouco de água?" Cas perguntou, sua voz suave e cuidadosa.

Dean assentiu lentamente. "Sim, obrigado."

Cas pegou o copo de água na mesinha ao lado da cama e ajudou Dean a beber, segurando-o com cuidado enquanto Dean tomava pequenos goles. Quando Dean terminou, Cas colocou o copo de volta e sentou-se novamente.

"Dean," Cas começou, sua voz hesitante. "Você sabe que eu faria qualquer coisa por você, certo?"

Dean olhou para Cas, surpreso pela intensidade das palavras. "Sim, eu sei. E eu faria o mesmo por você, Cas. Mas às vezes... às vezes é difícil aceitar ajuda. Eu sempre fui aquele que cuida dos outros, e agora..."

"Agora você precisa ser cuidado," Cas completou suavemente. "E não há nada de errado nisso. Todos precisamos de ajuda às vezes, Dean. Você não precisa carregar o peso do mundo sozinho."

Dean suspirou, sentindo a verdade nas palavras de Cas. "Eu sei. Eu só... não quero ser um fardo."

Cas balançou a cabeça, seu olhar firme. "Você nunca será um fardo para mim, Dean. Nunca. Eu estou aqui porque eu quero estar, porque você significa muito para mim."