DESCULPE, IRMÃOZINHO
Já na manhã seguinte, tudo parecia correr bem. Um clima agradável, no céu apenas um sol radiante, transbordando todo o fogo e energia que todos na cidade precisariam para passar por mais um dia de batalha e possíveis conquistas. Especialmente, para ela, a empregada dos Collins.
— Recebeu alguma visita ontem, Scott? — indagou a mãe dele, enquanto permanecia sentada na cadeira tomando seu café da manhã junto de seu filho.
— Só a Scarlet, por quê? — respondeu ele, dando mais uma garfada no ovo mexido em seu prato.
— Hum... Nada, só para saber, já que eu não estava em casa ontem.
Não foi necessário mais nenhuma palavra, mas Scott deu uma rápida olhada para Rubi, que permanecia lavando a louça. Notou que ela lançou um olhar para trás, em sua direção. Ele não era bobo, sabia que aquele olhar questionava o porquê de estar mentindo para a própria mãe. Mas ele pouco se importou e tratou de comer o que sobrou de seu prato. Finalizou tomando o último gole de suco em seu copo, em seguida se levantou e levou o prato e o copo até a pia.
— Abre a boca, que amanhã vai acordar com a boca cheia de barata — sussurrou no pé do ouvido da ruiva, parando atrás dela enquanto colocou a louça suja dentro da pia para ela lavar.
Naquele instante, Rubi sentiu suas pernas tremerem, ao mesmo tempo em que sentia um calor subindo pelo seu corpo, com ele falando tão perto assim. Scott reparou naquilo e só revirou os olhos, voltando para trás e agora caminhando até sua mãe. Parou ao lado dela e depositou um beijo em sua testa, enquanto a mais velha fez um leve afago em suas mãos quando pousaram sobre seus ombros.
— Estou indo, mãe.
— Bom trabalho, filho — disse, enquanto ele ia se afastando dela. Observou ele caminhar até a porta, para poder ir embora. Ela então suspirou contente, colocando uma mão sobre o peito. — Meu bebê é perfeito, não é, Rubi?
— S-Sim, senhora... — respondeu baixo, mordendo o lábio inferior.
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— Ei, Mike — disse Scott, já dentro da limusine e vendo o motorista dar partida no carro — sobre o ocorrido de ontem, foi tudo resolvido?
— Senhor — o mais velho fez contato visual com o patrão pelo espelho de cima do carro — sim, senhor, não há com o que se preocupar. Não sobraram vestígios sobre o que ocorreu ontem.
— Ótimo, obrigado, Mike. Fico feliz que sempre posso contar com você — abriu um pequeno sorriso de canto, enquanto Mike só concordou com a cabeça e retornou a atenção para o trânsito.
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— Uou, você veio! — Alegre, Nicolas logo foi até a moça de pele escura e a abraçou. — Fico feliz que você veio! — esboçou um largo sorriso.
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Nosso Segredinho
General FictionNew Bordeaux, Estados Unidos, 2012. A história envolve Nicolas Miller e Scott Collins, o CEO de suas respectivas companhias, rivais há décadas, que acabam descobrindo um sentimento singular um pelo outro. Apesar de tentarem evitar, fugir ou correr...