Desculpa pela demora, meninas. Meu Wattpad se atualizou e eu havia esquecido completamente da senha. Levei quase dois dias para conseguir recuperar. Em todo caso, cá está o capítulo de terça-feira e no sábado terá outro. Porém, se haver muita interação, postarei dois de uma vez!
•••LUA ASTRID
DIAS ATUAIS.
Quando minhas pálpebras se ergueram pela satisfação completa do descanso noturno, o maior entre os astros já estava encravado e regozijado no céu azulado lá fora. Os raios de sol tocaram minha pele através do vidro transparente na janela com as cortinas pistaches encostadas numa lateral, fazendo–me concluir que já passou da hora de levantar dessa cama.
Vasculhei o ambiente com um olhar desvelado em minha primeira intuição após o bocejo e como cogitei, não respinga qualquer vestígio da presença de Angeline pelo nosso quarto.
Procedi para arrumação do leito numa mecanização rotineira. Sorri sem graça para o grande espelho acima do lavabo após escovar meus dentes, tomei banho de água fria para aproveitar que ainda estamos no verão nesse país tipicamente frio e gélido. Um vestido tomara que caia com superfície branca e de comprimento rodado até ao calcanhar escorregou para cobrir e adornar minha estrutura minúscula com alguma agilidade de modo a ir a tempo de ajudar Angeline na orientação dos serviços do casarão.
Invariavelmente foi esclarecido que não tinha qualquer dever de mover um único dedo para ajudar no que quer que esteja relacionado a fazenda, porém gostava muito de fazê-lo, uma vez que essa foi a única solução que descobri para não me deixar atormentar pela sensação de inutilidade constante, encaixando–me um pouco nesse padrão de vida.
Contudo, ainda existem os dias em que meu âmago se torce e fragmenta em apertos e sufocamentos infindáveis. Questiono internamente se realmente mereço viver nessa fartura e comodismo enquanto tantas pessoas tiverem que morrer por minha causa ao longo dos anos.
Enquanto a mulher que me gerou das suas próprias entranhas estava morta!
___ No que tanto está pensando, menina?
Em cima do balcão da cozinha, meu corpo sobressaltou levemente pelo impacto quando Angeline despertou meu foco para o seu interrogatório ao invadir o lugar. Ainda gostava de subir no mármore tanto quanto a adolescente assustada e suja de urina que chegou aqui há sete anos, porém seu olhar de reprovação deixou emergido sua opinião sobre o assunto; e é que eu deveria trucidar esse hábito antes que um dos irmãos me encontre algum dia e resulte em castigo!
Posso captar instantaneamente a voz da minha professora de etiqueta assentindo em concordância e reforçando que sou uma dama e devo agir como tal a tempo integral. Ainda bem que hoje é sábado e não verei a cara enjoativa da mulher!
Porém ela certa quando reforça que damas não sentam nos balcões da cozinha tendo uma mesa de madeira da lei ao centro com dez lugares disponíveis para acomodações confortáveis e realização das refeições.
___Em nada, madrinha.___ Suspirei, escorregando minha bunda para fora do local proibido, ajeitando a saia do meu vestido na sequência.
___ Não sei como consegue subir ali sendo tão alto.
Não respondi, tinha os meus próprios segredos.
Quando alcancei o cômodo, nem Angeline ou qualquer outra funcionária estavam pelo ambiente. O cheiro saboroso da comida sendo confeccionada nas panelas no fogo mínimo fez companhia a mim enquanto esperava por alguém que pudesse me dar informações mais concisas. Presumi que estava realmente muito atrasada e que elas já haviam se dispersado e ido fazer todo o trabalho doméstico. Entretanto, não contive minha surpresa quando busquei pelo relógio suspenso na parede depois da porta de entrada e percebi que faltava menos de um quarto para o meio dia.
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SALOMON CALE
RomanceSINOPSE PROVISÓRIA : A noite estava sombria e lúgubre quando o olhar sádico de Salomon encontrou-a pela primeira vez: Pálida pelo frio e fome. Ferida. E emanando um medo que fez a escuridão na alma do homem borbulhar em êxtase. Era deturp...