3. Manobra ABC (Settahriphel)

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Inverno

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Inverno. Nove e meia da manhã. O dia de Aphelios está apenas começando e ele acorda levando um pequeno susto ao perceber a ausência de calor na cama. Sett e Ahri levantaram antes dele em um dia frio como esse? Só poderia ser alguma espécie de milagre, e acredite, isso mais o assustava do que lhe trazia felicidade, nas infinitas e criativas possibilidades de respostas para suas perguntas.

Pronto para erguer-se da cama e descobrir o paradeiro de seus companheiros, sua ação é interrompida pela chegada dos ditos cujos ao quarto, da forma barulhenta de sempre. Ambos ficaram presos na porta porque tentavam entrar ao mesmo tempo transportando alguma coisa que os olhos escuros de Aphelios logo identificaram como sendo uma bandeja de café-da-manhã super trabalhada.

Sett cozinhando não é nenhuma novidade, pois por incrível que pareça, o mestiço é muito bom e meticuloso nisso. Porém, é uma surpresa preocupante Ahri estar nessa história, afinal, ela é a pior na cozinha dentre os três.

— Bom dia, Phel! — o mais novo e musculoso entre eles se manifesta com bom humor depois de conseguir passar pela porta com a bandeja, ignorando os resmungos da mulher-raposa logo atrás.

"O que é tudo isso?", Aphelios apressou-se em sinalizar.

— Era pra ser uma entrada perfeita pra comemorar o dia dos namorados, mas esse tonto não quer me deixar fazer nada! — reclamou Ahri.

— Eu que fiz o café, mereço levar o crédito até o final. — de modo infantil como de costume, Settrigh mostrou a língua para a morena, que revirou os olhos em retrospecto.

Um suspiro abandona os lábios de Aphelios antes de abrir um sorriso curto. Esses dois ficavam cada dia mais implicantes um com o outro, mas era compreensível. Desde que a pandemia veio à tona e trouxe com ela a quarentena, o desafio de viver encarcerado o tempo todo com as suas presenças inquietas provou-se maior que o esperado, contudo, não era tão ruim. Sabia que a intenção dos vastayeses era a de tornar o dia dos namorados especial, na medida do possível, pois desde que os três engataram num compromisso sério – algo que muitos de seus amigos e parentes desacreditam e, por vezes, confundem com "amizade colorida" ou um "relacionamento aberto e moderno" –, encontrar equilíbrio era um suplício em meio a tantos dias iguais.

Eles não moravam juntos antes da quarentena, Sett e Ahri se mudaram para o apartamento de Aphelios por culpa da saudade e do medo de ficarem "lelé da cuca" por estarem isolados e solitários, então tiveram de aprender a conviver uns com os outros na marra. Aphelios ainda brigava com Ahri por ela não tirar os cabelos e pelos do ralo do box depois do banho, ainda brigava com Sett por ele não respeitar a regra do abastecimento obrigatório de papel higiênico quando você termina de usar o último rolo, dentre vários outros problemas domésticos triviais. O próprio Aphelios também não era fácil, sempre preocupado com o seu trabalho de tradutor, agora home office por tempo indeterminado, e esquecendo passos básicos de uma sobrevivência saudável e decente como se alimentar direito, tomar banho antes que o tempo esfrie demais e ele fique com preguiça de se lavar, ou quando ele simplesmente se enfiava de cabeça no trabalho e esquecia de passar tempo com seus namorados carentes, horas e horas digitando no seu notebook sem ver que o céu mudou de cor.

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⏰ Última atualização: Jun 09 ⏰

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