Capitulo 27 - Uma noite aterrorizante

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07/07/1990

Já se passaram horas, e nós ainda continuávamos a dançar como se aquilo fosse o que nos mantivesse em pé.

Saio do meio das pessoas que continuavam dançando me direcionando ao bar, no intuito de pegar um drink.

De longe observo meus amigos se divertindo, e isso trazia uma certa paz, uma sensação reconfortante, é incrível poder dizer em tão pouco tempo, que eles são minha família.

Noto de longe os olhares apaixonados trocados entre Samuel e Zoe, enquanto eles dançam abraçados, como podem ser tão fofos? Assim também vejo o Alecsander fazendo graça, tirando risadas sinceras da Gabi e do Sérgio, enquanto isso Hannah e Bento fofocam, aparentemente, pareciam até melhores amigos, rio com meus pensamento e continuo meu caminho até o bar.

Ao chegar noto a presença de dois homens sentados na bancada do bar, que assim que me viram chegar me olharam dos pés a cabeça, fazendo meu corpo estremecer, não sei o porque mas, eu no momento em que vi os mesmos senti algo estranho, como se algo ruim fosse acontecer. Mas ignoro meus pensamentos assim que o bartender veio em minha direção pegar meu pedido.

Faço meu pedido e fico ali esperando, mas algo ainda me deixava incomodada, eu não sabia porque, mas aqueles homens não paravam de me encarar, e cochichar um no ouvido do outro me deixando cada vez mais desconfortável com a situação.

O tempo parecia não passar, como se o bartender estivesse demorando uma eternidade para fazer o meu drink, talvez fosse apenas pelo desconforto que eu estava sentindo no momento.

Finalmente, penso assim que vejo o moço vindo em minha direção com o meu pedido, pego o mesmo agradecendo, e me viro, porém no que eu vou sair, sinto alguém segurando em meu braço.

Olho para trás rapidamente, assustada pois no fundo eu já sabia quem estava a segurar meu braço, olho pro rosto daqueles homens que me encaravam a alguns minutos, sem saber o que eles queria comigo, e então apenas espero que algum dos dois idiotas dissessem alguma coisa.

? - Tá cobrando quantos? - pergunta o homen alto dos cabelos pretos, e olhos fundos.

Mais uma vez sinto meu corpo estremecer, o que ele queria dizer com isso?, ou melhor o que eles estavam insinuando?

Sophia - Como é? - pergunto indignada mas um tanto curiosa em entender o que eles queria comigo.

?? - Qual é gatinha, não precisa se fazer da difícil com a gente, quantos que tá cobrando a hora? - diz o outro homem, um pouco mais baixo, musculoso, dos cabelos pretos cacheados.

Sophia - O que você pensa que está insinuando, me solta - digo já brava, puxando meu braço, escapando da mão daquele homem.

Eloisa - Algum problema aqui amiga? - pergunta aparecendo do nada.

Sophia - Só uns babacas fazendo o que eles sabem de melhor, serem inconvenientes, vamo embora daqui - falo pegando na mão da Eloisa, na intenção de sairmos dali.

? - Chegou a amiga, pra completar o bonde das vagabundas - diz rindo com uma risada sarcástica.

Eloisa - Como é seu idiota? - pergunta já brava também.

?? - Bom é que agora temos uma pra cada - fala rindo também, vindo em nossa direção.

Eu e Eloisa damos uns passos pra trás, mas eles são mais rápidos e seguram nossos braços.

Sophia - Me solta filho da puta - falo em um tom alto, seguida por Eloisa, que grita a mesma coisa.

? - Filho da puta??, até onde sei nem uma de vocês é minha mãe - fala e tira meu drink da minha mão, olhando pro lado - eai, ela é sua mãe cara? - pergunta com ironia pro amigo.

O Guitarrista e eu - BENTO HINOTOOnde histórias criam vida. Descubra agora