07/07/1990
Já se passaram horas, e nós ainda continuávamos a dançar como se aquilo fosse o que nos mantivesse em pé.
Saio do meio das pessoas que continuavam dançando me direcionando ao bar, no intuito de pegar um drink.
De longe observo meus amigos se divertindo, e isso trazia uma certa paz, uma sensação reconfortante, é incrível poder dizer em tão pouco tempo, que eles são minha família.
Noto de longe os olhares apaixonados trocados entre Samuel e Zoe, enquanto eles dançam abraçados, como podem ser tão fofos? Assim também vejo o Alecsander fazendo graça, tirando risadas sinceras da Gabi e do Sérgio, enquanto isso Hannah e Bento fofocam, aparentemente, pareciam até melhores amigos, rio com meus pensamento e continuo meu caminho até o bar.
Ao chegar noto a presença de dois homens sentados na bancada do bar, que assim que me viram chegar me olharam dos pés a cabeça, fazendo meu corpo estremecer, não sei o porque mas, eu no momento em que vi os mesmos senti algo estranho, como se algo ruim fosse acontecer. Mas ignoro meus pensamentos assim que o bartender veio em minha direção pegar meu pedido.
Faço meu pedido e fico ali esperando, mas algo ainda me deixava incomodada, eu não sabia porque, mas aqueles homens não paravam de me encarar, e cochichar um no ouvido do outro me deixando cada vez mais desconfortável com a situação.
O tempo parecia não passar, como se o bartender estivesse demorando uma eternidade para fazer o meu drink, talvez fosse apenas pelo desconforto que eu estava sentindo no momento.
Finalmente, penso assim que vejo o moço vindo em minha direção com o meu pedido, pego o mesmo agradecendo, e me viro, porém no que eu vou sair, sinto alguém segurando em meu braço.
Olho para trás rapidamente, assustada pois no fundo eu já sabia quem estava a segurar meu braço, olho pro rosto daqueles homens que me encaravam a alguns minutos, sem saber o que eles queria comigo, e então apenas espero que algum dos dois idiotas dissessem alguma coisa.
? - Tá cobrando quantos? - pergunta o homen alto dos cabelos pretos, e olhos fundos.
Mais uma vez sinto meu corpo estremecer, o que ele queria dizer com isso?, ou melhor o que eles estavam insinuando?
Sophia - Como é? - pergunto indignada mas um tanto curiosa em entender o que eles queria comigo.
?? - Qual é gatinha, não precisa se fazer da difícil com a gente, quantos que tá cobrando a hora? - diz o outro homem, um pouco mais baixo, musculoso, dos cabelos pretos cacheados.
Sophia - O que você pensa que está insinuando, me solta - digo já brava, puxando meu braço, escapando da mão daquele homem.
Eloisa - Algum problema aqui amiga? - pergunta aparecendo do nada.
Sophia - Só uns babacas fazendo o que eles sabem de melhor, serem inconvenientes, vamo embora daqui - falo pegando na mão da Eloisa, na intenção de sairmos dali.
? - Chegou a amiga, pra completar o bonde das vagabundas - diz rindo com uma risada sarcástica.
Eloisa - Como é seu idiota? - pergunta já brava também.
?? - Bom é que agora temos uma pra cada - fala rindo também, vindo em nossa direção.
Eu e Eloisa damos uns passos pra trás, mas eles são mais rápidos e seguram nossos braços.
Sophia - Me solta filho da puta - falo em um tom alto, seguida por Eloisa, que grita a mesma coisa.
? - Filho da puta??, até onde sei nem uma de vocês é minha mãe - fala e tira meu drink da minha mão, olhando pro lado - eai, ela é sua mãe cara? - pergunta com ironia pro amigo.
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O Guitarrista e eu - BENTO HINOTO
Fiksi PenggemarOnde Sophia se muda de sua pequena cidade natal para Guarulhos em busca dos seus sonhos, só não esperava encontrar outras coisas por lá, amores, amizades, brigas, sucesso...