Capítulo 9

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Harry apertou as pernas ao redor da cintura de Snape e os braços ao redor de seu pescoço, surpreso com sua força sem esforço. Suas mãos voltaram para os cabelos de Snape, adorando a sensação dos fios sedosos em suas mãos. Como a seda podia parecer oleosa? Não que ele realmente pensasse em seu cabelo como oleoso há algum tempo, mas ainda assim. Os boatos eram ridículos. Harry usou a força para puxar Snape para baixo para outro beijo. Ele era viciante, o formigamento se espalhava de seus lábios e o inundava, inclusive em lugares que provavelmente não deveriam.

Mas, por outro lado, o modo como Snape o beijava e como as mãos dele apertavam seus quadris sugeriam que aquilo não só estava bem como era ativamente encorajado. Assim que cruzaram a soleira do quarto, Snape fechou a porta com um chute e os virou, empurrando Harry contra a porta. O beijo se intensificou, o que Harry não imaginava ser possível, mas claramente estava errado. Ele não conseguia respirar e nem mesmo retribuir o beijo, não de verdade, não com a maneira como Snape estava assumindo o controle da situação. Harry estava mais do que feliz com isso, embora houvesse uma vozinha no fundo de sua mente lembrando-o de que ele provavelmente deveria estar provando alguma coisa.

Mas isso não era possível, Snape era extraordinário demais. Sua língua dançava e mapeava, e seus lábios eram vertiginosos. As mãos de Snape acariciavam seus quadris por entre as roupas e, quando ele foi pressionado com mais firmeza contra a porta e as mãos de Snape ficaram livres para passear, elas passearam. Dedos longos e seguros moviam-se por baixo da camisa, primeiro explorando as costas e depois indo para o peito. Harry estava se transformando em uma bagunça derretida, não fazendo muito mais do que tentar respirar e tremer contra Snape. As mãos de Harry permaneceram enterradas em seu cabelo, acariciando-o sem entusiasmo, enquanto os dedos de Snape dançavam em seu peito, passando pelas costelas, acariciando em vez de fazer cócegas. Quando chegaram aos mamilos, Harry soltou um gemido baixo, rompendo o beijo e enterrando o rosto no ombro dele. Ele se contorceu, tentando fazer com que Snape não sentisse sua ereção crescente. Dedos gentis se tornaram afiados, raspando uma unha em um mamilo e beliscando levemente o outro. Harry soltou um suspiro agudo e depois outro gemido, muito mais alto.

— Você gosta disso? — Snape respirou, raspando as unhas na lateral de Harry.

Harry estremeceu e avançou incontrolavelmente. Isso estava além, muito além de qualquer coisa que ele tivesse feito antes, e o pouco controle que ele tinha estava se esvaindo rapidamente. Quando deu um solavanco para a frente, sua ereção, já vestida, roçou em Snape, e ele gemeu novamente.

Snape sorriu, com os lábios encostados em seu pescoço.

— Evidentemente que sim.

Harry corou de vergonha. Uma coisa era imaginar fazer essas coisas, outra bem diferente era estar no meio delas. Não era que ele quisesse parar, nada poderia estar mais longe da verdade, mas suas reações eram, sem dúvida, exageradas e precoces.

— Severus — suspirou ele, incapaz de impedir que seus quadris se movessem. — Espere, espere.

Snape se mexeu e, de repente, Harry pôde sentir que não era o único afetado pela posição deles. Snape passou a mão por baixo da camisa dele até sua bochecha, virando-o gentilmente para que ficassem frente a frente.

— Harry — disse ele em voz baixa, e Harry ficou surpreso com a reação de seu corpo apenas ao ouvir seu nome. — Harry, essa é sua primeira vez?

O rubor de Harry se aprofundou e ele teria se afastado se Snape não o estivesse segurando com tanta firmeza.

— Sim.

A expressão de Snape mudou de pura luxúria para algo próximo de afeição?

— Sinto muito — disse ele, desenrolando Harry de si mesmo e colocando-o no chão. — Eu não deveria - você deveria voltar para o seu quarto.

Starched Cuffs | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora