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      一 Vamos Eleanor! 一  Exclamou Mag

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      一 Vamos Eleanor! 一  Exclamou Mag.

     Eleanor entrou na cozinha e encontrou Rob, bebendo café e comendo puddings da noite passada. Ela bagunçou o cabelo que  havia alguns fios brancos e deu um beijo na sua cabeça e sentou ao seu lado. Por um instante sentiu vontade de vomitar, ao observar o café e o doce inglês pela manhã cedo. Sabia da onde Dylan é viciado. Comeu panquecas, morangos, bebeu suco de laranja e caminhou para o carro. Encarou as suas olheiras no espelho e fez uma expressão de tédio. Revirando os olhos.

     Mag entrou no carro e deu partida. Beaufort até então nevava, mas não tanto quanto no começo do mês. Mal esperava pra esse semestre acabar e, se mudar, quem sabe, se mudar para o Texas. Mag estacionou o carro em frente ao campus, Eleanor escutou toques no vidro, abaixou a janela e, observou Helay, que estava de braços cruzados e sobrancelhas para cima, e tinha um olhar sério, decerto buscava a alma de Eleanor, por chegar atrasada como sempre.

    一 Oh, meu Deus! 一 Eleanor esbravejou.

     一 É, de novo! 一 descruzou os braços 一 Já faz uma semana.

     一 Eleanor não esqueça que depois do Doc, venha me ajudar na floricultura. 一  Mag lembrou, e fechou a porta do carro depois que Eleanor descera.

    一 Tchau Sra. Miller! 一 Despediu Helay quando o carro já não se vira do seu campo de visão.

     Os corredores pessoas circulavam. Helay não dizera outra coisa além da festa para os calouros no final de semana e insistia para Eleanor ir, com Dylan. Pensar em Dylan em uma festa com cigarros e cervejas era a pior coisa a se pensar pela manhã cedo, então Eleanor parou. Andou ao seu armário e guardou os quatros livros para as duas aulas seguintes.

    一 Brandon me chamou para ir na festa, mas não sei. Talvez eu não vá, afinal quem quer ficar com ele?

   一 Helay! 一 Eleanor esbravejou, fechou os olhos e respirou 一  Cala a boca! É, tipo, agora, por favor.一  Pediu, pegou a bolsa e o casaco e fechou o armário. 

    一 Lia e o Dylan estão te deixando como a minha avó. Eleanor isso é nojento 一  Disse.

一 Tá, o que vai ficar fazendo o final de semana todo?          一 Helay perguntou. Eleanor encarou o relógio que estava à sua frente, ao fim do corredor e andou mais depressa.

   Entrou na sala e encarou o chão, sentou na penúltima cadeira, perto da janela. Sr. Durant, devagar e lento, geralmente os alunos dormiam e até babavam na sua aula, Eleanor não sabera como passavam nos seus exames. Olhou para Helay, que sustentara o braço na cadeira, a mão segurando a sua bochecha no momento em que ouvia a tediosa explicação.

一 Estrelas, você é maluca, já tentou um psiquiatra? 一 Helay perguntou.

   一 Não vou para uma festa que só tem bêbados 一 Eleanor encerrou, por fim.

  一 Bêbados bonitos 一  Helay disse e sorriu.

   一 Bêbados que têm barrigas de cervejas 一 Eleanor continuou e bebeu um pouco do seu chá gelado.

  一 Agora eu entendo por que você está solteira 一  Helay admitiu 一 vou chamar Lia.

   一 Não chame a Lia

   一 Por quê?

    一 Porque é a Lia… 一 Ergueu as sobrancelhas.

     Eleanor jogou o copo de plástico no lixo, e sentou na grama ao lado de fora do campus embaixo de uma árvore. Helay sentou ao seu lado e colocou os fones de ouvidos, certamente escutara Spaspice girls, wannabe, o volume alto a acusava. Encarou o céu, que estava azul e sem nuvens, o sol decidiu aparecer para esquentar as mãos e as bochechas de Eleanor. Abriu a sua bolsa e encontrou um papel, e abriu. Porventura um mistério jamais encontrado ou apenas notações das compras do mercado.

   “Dy, você é o melhor irmão do universo, mas às vezes eu não gosto de quando você rouba o meu sorvete no parque, ou risca as minhas bonecas com canetinhas azuis. Hoje não é dia do irmão, acho que não existe isso, seria legal se existisse… queria falar que eu amo você, cabeça de cocô! Ah! eu que chego no banheiro primeiro, mas você sempre ganha não é justo!

Elle”

Eleanor queria chorar, mas riu, mais do que pensara. Não se recordava dessa carta, tampouco como foi parar na sua mochila, talvez Dylan tenha a colocado lá de propósito, talvez não. Era verão e Dylan e Eleanor brigavam, foram para os quartos e permaneceram dentro dele até o anoitecer, Eleanor entregou a carta, Dylan se desculpou e a abraçou.

   Os erros de gramática eram indesculpáveis e sangravam os olhos de Eleanor. Mas, eu só tinha 7 anos, pensou.

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