Roubando Morangos 16

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Comecei a preparar o café da manhã. Leite, ovos, manteiga, farinha, uma pitada de sal, açúcar, fermento. Misturei tudo com um fuet, até formar um creme homogêneo. Coloquei um pouco de manteiga na frigideira e esperei derreter, antes de colocar um pouco da massa. Esperei a massa ficar dourada do lado de baixo, antes de virar-la, com a espátula para o outro lado.

Fiz um pouco de café e um pouco de suco de laranja, para Eloise, já que ela não é muito fã do café, enquanto preparava as panquecas.

Coloquei a mesa e joguei um pouco de mel, por cima das panquecas, ainda quente. Caminhei até a geladeira para pegar os morangos e não encontrei nenhum sequer, que não é para menos, já que eu não comprei a fruta em questão.

— Que merda... Eloise vai tentar arrancar a minha cabeça fora. — Suspirei.

Em toda a minha vida, nunca encontrei alguém que fosse tão lunática por morangos, como a Eloise. Um certo dia, ele me fez acordar no meio da noite, somente para cozinhar uma torta de morango para ele, ela também já me fez andar vários quarteirões para comprar a fruta e teve uma vez também que ela, inventou de fazer sorvete de morango e acabou sujando toda a cozinha, me lembro que deu um baita trabalho para limpar todo o local, no final, o sorvete dela não deu certo e ela me fez ir no supermercado, comprar sorvete de morango.

— O cheiro está ótimo, mas cadê os meus morangos.

Estremeci ao ouvir a voz dela logo atrás de mim, fechei a geladeira e me virei para ela.

— Esqueci de comprar os morangos. — Falei, e no mesmo instante ela me olhou como se eu tivesse cometido o pior crime do mundo.

— Como você pode me sequestrar e esquecer de comprar os morangos? Que tipo de sequestrador você é? Não lembra nem dos morangos. — Falou ao se sentar à mesa.

— Não sabia que para sequestrar alguém, comprar morangos era um requisito. — Me sentei à mesa, de frente para ela.

— É um requisito, quando se trata de mim. — Falou sem olhar para mim.

Eloise, cortou um pouco das panquecas no seu prato, antes de levá-las à boca.

— Entendo, vossa majestade, rainha Eloise. — Ela me olhou com os olhos quase pegando fogo, praticando me alertando para não mexer com ela, se não ela voaria no meu pescoço.

— Insolente... — Falou depois de terminar de mastigar.

Sorri, vendo ela toda brava, mesmo chateada ela ainda consegue ser fofa, se bem que nesse momento ela está mais sexy, do que fofa.

Já que eu não tive tempo de preparar roupas para ela vestir, ela está vestida novamente com as minhas roupas.

— Você vai me levar de volta, depois do café da manhã? — Ela perguntou.

— Se é isso que você deseja, eu farei. Respondi.

— Certo, preciso que você me empreste novamente o celular, vou ligar para uma das meninas pegar a minha chave na casa da minha mãe. — Ela continuou. — Já que eu não quero ter que aparecer na casa dos meus pais, vestida somente com as suas roupas.

— Tudo bem, mas, só para constar, você fica muito sexy com a minha camisa, e saber que você está vestida com a minha cueca boxer, por debaixo dela, me deixa excitado. — A provoquei, e o olhar furioso dela novamente valeu a pena.

— Se você continuar com as suas gracinhas, eu vou jogar esse copo de suco na sua cabeça, e não vou nem me importo em fazer um curativo nela. — Eloise me ameaçou.

— Certo, certo, vou parar, anjinho bravo. — Brinquei.

— Estou avisando Kilian...

Sorri para ela em resposta e ela apenas me ignorou.

Seduzindo O meu Demônio Onde histórias criam vida. Descubra agora